Quando se vêem várias imagens da obra de Manuel Lima (no site da Amazon), e algumas dessas são medievais, muito semelhantes, ou iguais a outras que estão na Arquitectura antiga e tradicional. Então é que nos lembramos de uma «discussão» entre Émile Mâle e André Grabar...
Uma discussão é modo de dizer, porque se trata de algo que é ilustrativo da ideia de M. Lima: a sua noção de que se pode ver/visualizar o Conhecimento. Claro, qualquer mapa é isso.
Porém, acontece que aquilo a que geralmente se chama Arte, também o pode ter sido, um registo ou expressão do Conhecimento (embora actualmente já não seja visto desse modo).
De qualquer forma - e voltando a Émile Mâle e a André Grabar (para informação dos nossos leitores) - nalguns documentos é referido como o primeiro desses autores disse que na Arquitectura Medieval estava registado todo o saber antigo; e o segundo - André Grabar, disse que não: que essa hipótese era completamente impossível.
Assim, por termos percebido como a Arte registou/materializou o Conhecimento e o Saber, também pudemos compreender Émile Mâle (e percebemos igualmente a enorme confusão ou incompreensão que essa noção causou a André Grabar).
Por nós, isto que pode parecer uma questão enterrada e esquecida, não deixa de ser interessantíssima, relevando informações que andam perdidas.
Depois, mais uma vez se confirma o quanto estamos certos:
Como a Arte Medieval se destinou a - Visualizar o Conhecimento - e, acrescenta-se, o Conhecimento de Deus: que foi confundido com a Natureza, o Mundo e o Universo, que, em geral acreditamos foi criado por Deus...