... inter-translatabilidade
Saberemos algum dia pronunciar esta palavra feita de partes significantes, aglutinadas, que remetem para aquilo que descobrimos em sucessivas «catadupas» desde 2002?
Em que - como nos ia dizendo a colega que mais nos impulsionou e nunca deixou de motivar para uma temática que em Portugal é absolutamente fora da caixa; em que como dizia ela, cada cavadela era uma minhoca; cada tiro um melro.
Será próprio duma Escola de Design, a melhor de Portugal, contrariar e querer-se manter absolutamente alheada das descobertas que fomos informando estar a conseguir; nas investigações que desenvolvemos, sobretudo em estudos de doutoramento que eram altamente complexos e promissores?
Será próprio da melhor Escola de Design, ignorar as informações de uma das suas docentes mais antigas?
Ou é apenas próprio de um carlos mínimo, mesquinho e indigno, que decidiu não aceitar que as imagens pudessem falar? Que só interessasse contá-las. Como quem conta batatas ou bolas, de olhos fechados: sem ver a cor, sem sentir a textura da pele, mas apenas a empurrar os volumes para um balde onde nada se distingue...
Mas numa Escola de Design interessa a alguém explorar ligações entre as imagens e as línguas? Ou as «falas»?
Interessa a alguém que uma Mensagem pudesse ser transmitida por Imagens? E não pelos caracteres gráficos que transformamos em sons (de escritas fonéticas)? Interessa a alguém que uma Imagem seja composta de Ideogramas, ou Pictogramas? Que a Arte seja, ou possa ser, Ideográfica?
Interessa a alguém, sobretudo numa Escola de Design, na melhor de Portugal, que em França, ou na China, se fale de ----»
Inter-translatabilidade? Que lhe façam um Colóquio?
Claro que nós sabemos que na melhor Escola de Design portuguesa, a preferência irá sempre para tudo o que for batatóide. É verdade, não estava nos seus genes... Mas depois contam-se as batatas, e isso é útil.
É ensino... Superior?
Quanto ao resto?, numa Europa que se auto destrói porque perdeu uma boa parte das suas referências - e não nos referimos às crenças, mas às imagens identitárias dos vários e diferentes grupos culturais que a constituem; interessará perceber que uma boa parte desta mesma Europa irá em breve festejar a Encarnação (Natal) já sem perceber nada do que as gerações anteriores lhe deixaram? Do que está num baú - que se chama Inconsciente Colectivo -, que resolveu ignorar?
Será que existem TEORIAS DE DESIGN? Interessa ensiná-las, ou ficamos na Ciência do nosso batatóide?
Por nós - batatas? - preferimos fritas e estaladiças
E que tal revisitar o Design, mais a sua pluridisciplinaridade?