Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
03
Fev 16
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

Com que idade é que se aprende a ser honesto?

 

É a questão que colocamos, em especial aos calões que desde 2008 (praticamente até Março de 2015), desde então, muito pouco tempo a seguir à publicação do nosso trabalho sobre Monserrate, resolveram fazer negra a vida alheia. Como se não houvesse outras cores, muito menos obscuras - e sobretudo bem mais bonitas - do que aquelas que resolveram aplicar nas suas obras?

Já havia esboços de uma certa negritude desde 2001, que aliás nos levaram à Fac. de Letras de Lisboa e aos estudos que aí pudemos concretizar. Estudos que depois, tal o sucesso que daí retirámos, nos mudaram francamente a vida, embora houvesse esses tais muito desonestos (e recém-chegados), que pretendiam que fosse exactamente o contrário.

Diz o povo que "quem está mal que se mude", ou ainda -"quem tem calos não se mete em apertos".

Mas nenhum desses é ou foi o nosso caso: pois foi quem se mudou para onde já estávamos (25-20 anos antes), que chegou para tomar o lugar, e resolveu incomodar: passar a reclamar direitos que não tinha, construindo artificialmente graus académicos sem bases, apenas "pour épater..."*. Ora esses burgueses, melhor dizendo, verdadeiros burgessos sem substância e espessura, julgam que ser doutor e sentarem-se em cátedras, é algo que se obtém a pontapé, ou como «por dá cá aquela palha»: sem nunca sequer atingirem a destreza e habilidade de um óptimo surfista, que até pode deslizar na perfeição à superfície, mas não vai às raízes de nada...

Ser doutor, e ainda por cima catedrático, começa por exigir uma honestidade radical: i. e., desde a raiz, profunda e coerentemente. Por isso aqui está a resposta colocada em título: Não será do berço, com meses, mas aos 6-10 anos já se tem a noção perfeita e exacta, do que é bem e do que é mal!

E para isso nem é preciso ir à tropa...

Acontece que a Arquitectura, sempre foi um tropo moral: o modelo que levou muitos (e leva ainda hoje) a usarem a palavra edificante.

Por aqui ficamos, lembrando quem nos ensinou a usar (e a pensar com) a palavra tropo

E, ao hiper desonesto que nos obrigou a estas e tantas outras linhas de protesto deseja-se que construa uma mansão cheia de relvas** e arrebiques pirosos, vazios (de significado ou conteúdo, como é); que se rodeie de molduras e portais que lhe confiram a aura científica com que sonha "épater" todos os pobres que, como nós, apenas ambicionam vidinhas normais. Sobretudo que nos dispense das suas Gálas e Glamours, não imponha «musts», onde sonhou «Lounges Preto & Prata»!  

~~~~~~~~~~~~

*E assim auferir aquilo que nunca mereceria, se fizesse os caminhos normais e honestos, que por acaso são bastante mais lentos, pois ninguém honesto se faz catedrático num pufarete (dado o cheirete)...

**Muitas Relvas e mais Relvas à volta, em honra da qualidade dos graus académicos que andou a «tirar»: bónus de detergente...


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