O Post anterior precisava de ser tornado mais claro, e assim aconteceu, acrescentando-se:
"... há o direito de ensinar História - da Arte ou da Arquitectura - assim? Claro que assim não admira que um trabalho (e uma postura como a nossa) seja escondido... Pôr em causa metodologias obsoletas, ou as evidências que entram pelos olhos dentro - como esta em que o rei vai nu - é muito complicado!"
Foi o que fizemos e continuamos a fazer, apesar de expulsos (ou eufemisticamente apenas desvinculada...) da Unidade de Investigação do IADE, que, deveria corporizar - pela nossa ligação à instituição desde 1976 - a verdadeira instituição de acolhimento: por ser aquela a que naturalmente deveríamos pertencer**.
Claro que pomos a nu esta maneira de investigar (?), em que, e exactamente por ter havido resultados muito positivos, é entendido superiormente que se devem esconder. E assim a FCT pode dizer que "esta é a geração melhor preparada": sem que aliás se saiba qual, onde começa e onde acaba essa geração (que só pode ser um imenso gerar de equívocos?).
E assim, até outros podem querer concretizar «renovações geracionais», de modo a que não sobre, nem sequer fique o mais pequeno resquício, do que eram saberes antigos...***.
Pois como somos obrigados a ver, hoje o que vale é a ignorância, que, claro, «não dá na televisão». É que seria politicamente incorrecto, mas está óbvio, e descaradamente à vista, em instituições a que o MEC concede (grátis, sem inspecções) toda a autonomia.
(clic para legenda e ver melhor)
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*Por várias razões. Talvez a primeira seja a negação da transdisciplinaridade? Ou seja, o querer desconhecer os saberes e os conhecimentos contemporâneos das Obras de Arte; i. e., do tempo em que as mesmas foram realizadas. E essa nudez tem que nos lembrar a Professora Orientadora de Mestrado que repetidamente ainda nos disse - quando o trabalho já estava feito e não se ia deitar fora, para ir fazer de novo uma qualquer fantasia que agradasse aos seus superiores (o que foi dito exactamente há 10 anos, e não há 100...): "Esconda, esconda, ponha para trás"!
Lá «se escondeu» e pôs mais atrás, mas, desse modo a valorizar o conjunto sequencial de imagens - que, como já se sabia, falam por si. Tal é a evidência/existência e a força do conhecimento visual! Desse modo conseguiu-se que fosse apresentado com muito mais lógica - e a poder notar-se pelo desenho geométrico dos ornamentos (que os historiadores de arte não entendem) - a evolução, também temporal, que houve.
**Hoje é o CIEBA e o Instituto Francisco de Holanda que «nos dão guarida», e também notícias fantásticas - "deo gratias!".
***Que Nuno Crato, "tant bien que mal" (mas nem sempre da melhor forma) tem defendido