Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
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Jul 23
publicado por primaluce, às 14:00link do post | comentar

«Barreiras científicas intransponíveis», que os professores nossos (des)orientadores, fizeram questão de tornar mais dogmáticas do que nunca... 

Porém, é muito evidente, vai ser o futuro - e a qualidade da Ciência que se vier a fazer sobre as IMAGENS e a CULTURA VISUAL - que irá ter a última palavra em toda esta problemática.

 

No post anterior referimos anéis de brasão e heráldica.

Releiam-no (aqui) porque encontrarão estes termos, aos quais desde há imensos anos passámos a estar atentos*.

Em Heráldica - em posts a escrever (e já escritos) - sabemos que também aí existem os Quadrifolios. Não os de «folhas» mais finas e esguias (que mais tarde os cistercienses adoptaram sendo comummente designados "culots") ; mas os quadrifoils que são, geometricamente, talvez os mais básicos (?), e os que correspondem, na arquitectura, a implantações de edifícios com quatro lados iguais, e portanto com 4 ábsides (semi-circulares que rematam cada um desses lados.

Em planta semi-círculos, que em alçados nos permitem ver superfícies cilíndricas...

Enfim, seria extensíssimo, porque, note-se este tema é imenso, e muito rico, necessitando por isso de algumas horas de escrita, e de desenho, que agora não se pretendem gastar. 

Para este post, que se quis fazer (mais dedicado a ourivesaria) para o associar ao anterior, trazemos desenhos que não são nossos (embora do mesmo tipo, semelhantes...), obtidos num livro de Aloïs Riegl, e referentes a trabalhos tardorromanos, da ourivesaria visigótica

A.Riegl-anéisVisigóticos-b.jpg

(ver ampliação)

A seta a encarnado assinala o Quadrifoil dentro de uma estrela de 6 pontas. E as setas a azul apontam para símbolos do Infinito, que (já agora) foram, como aliás temos aqui em Portalegre - em estuque nalgumas das paredes mais trabalhadas da Casa Amarela - alusivas a Deus. Como a nobreza sempre fez questão de o mencionar. Estão concretamente aqui, no nº 15 do Largo Cristóvão Falcão, onde acabámos de fotografar um dos exemplares.

Especificam-se todas estas informações, dado estarmos convictos/supõe-se, que a ala Sul desta Casa, tem vários elementos mais antigos (do século XVIII), como esta imagem é, sem dúvida, um dos melhores exemplos.

IMG_20230712_134141.jpg

Gostaríamos de a ter recuperado, mas, muito já se fez...

E logo que possível, acrescenta-se aqui o link da última lição de Fernando António Baptista Pereira (que foi em 6.07.2023). Prof. que várias vezes nos brindou com lições, bastante mais inovadoras do que esta sua última, embora neste caso (e/ou como habitualmente), tenha sido fascinante e empolgante!

Mas, verdade seja dita, também ele próprio recuou tudo, mais tarde, relativamente àquilo com que se comprometeu, connosco em 2006, e com a FCT em 2007, ao aceitar ser nosso orientador dos estudos para o doutoramento.

Aprendemos imenso, com um enorme prazer em tudo o que se ganhou, no entanto, para o objectivo inicial-formal com que um candidato se dispõe a estudar e a investigar num doutoramento, naturalmente para nós, os seus medos, tornaram-se claros em 2012,  e uma enorme desilusão...

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* Na bibliografia de José Mattoso encontrámos sinais rodados dos primeiros reis e rainhas de Portugal, como se pode verificar no nosso trabalho dedicado a Monserrate: Monserrate - Uma Nova História, Livros Horizonte, Lisboa 2008, ver p. 265.  


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