O que pode parecer hesitação no pronome - ser minha ou nossa? - não é senão propositado, uma preocupação com a concordância.
No singular porque há um sujeito que é só ele, no plural porque como explicou Umberto Eco é assim que se escreve uma tese. E claro que a postura que tive ao escrever a tese se mantém, em geral: esteja aqui ou na universidade, porque é o mesmo objectivo.
Mas então, afinal o que é a Pedra de Roseta? A Wiki diz.
Acontece que em 2001 quando Maria João Neto dizia ser essencial perceber "As Origens do Gótico para perceber Monserrate", alguém pôs-nos à frente dos olhos esta imagem:
E foi assim, que um desenho a retratar os Monumentos Sepulcrais de Egas Moniz e seus Filhos - integrante de uma publicação de Júlio de Castilho -, se veio a tornar (completado por muitas mais infos, e a imagem abaixo na qual já estávamos a pensar) na minha/nossa Pedra de Roseta.
Isto é, foi um auxiliar precioso para «a tradução» daquilo que para muitos constitui um símbolo ou um código (secreto*).
Interessantíssimo ainda, é que entretanto tenhamos podido saber que James S. Curl (que foi para nós um autor e fonte de informações extraordinário) escreveu este título, em 1991: The Art and Architecture of Freemasonry. An Introductory Study, como aqui se informa.
Por fim, uma ideia (muito gira!) de A. Quadros:
Queria que houvesse um Champollion para o que considerava ter sido uma escrita ibérica.
Escrita que é impossível não associar às informações de um dos nossos posts anteriores.
Acontece que há muitos mais posts, mas sempre nesta linha: por se ter a consciência que «rabiscos e gatafunhos», como hoje lhes podemos chamar**. Foram como mapeamentos a tentar explicar e exprimir (por esquemas) o Deus Cristão. Porque a noção de Unidade e Trindade - ao mesmo tempo - não é fácil de traduzir por palavras.
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*Secreto e emocionante, na acepção que Umberto Eco reconheceu (com ironia) estar nas palavras símbolo, código e outras semelhantes. Para ele, quem ouve estas palavras, de imediato lhe acorrem, mentalmente, as mais variadas teorias (da conspiração)...
**Ou, em alternativa, por esses esquemas se assemelharem a diagramas projectuais (arquitectónicos), alguns poderão dizer "dataflow diagrams". E o que é interessantíssimo na História da Arquitectura, por exemplo depois de Leonardo da Vinci, é poder perceber-se a evolução dos mais simples Diagramas Medievais, que eram para serem vistos sem distorções, ou em Alçado, a tornarem-se em formas muito mais complexas (e muitos mais ricas em todos os sentidos, inclusive numa tridimensionalidade que passa a ser perspéctica), imprimindo ao Maneirismo, e sobretudo depois ao Barroco, aquilo que vem a constituir, e é ainda agora assim considerada a sua principal característica!