Faltou um provérbio que no Brasil todos conhecem. Por vir do tempo de um país que fez da accção a sua maior força, e com imigrantes de todos os lados do mundo se autoconstruiu: "Quem sabe faz, quem não sabe ensina"! Na área em que estamos é o cruzamento do saber e do fazer - o tão badalado "know how" - que é essencial, e para o qual se chama a atenção. Não há «sabedoria teórica», apenas, e desligada da prática. O "know how" de que o país e as empresas estão carentes, é essa reunião: o levar o saber para as empresas; o trazer o fazer, para as universidades.
Mas ontem também faltou o que se segue e fica agora - como lista, a prolongar o tema da Cultura e do Conhecimento, transpostos para a construção.
Temos-lhe chamado materialização, e de facto foi isso: melhor, foram verdadeiras "máquinas falantes", como alguns autores se lhes referem*.
Vejam estes assuntos: Reabilitação Urbana e Valor Patrimonial das edificações. A importância da definição de critérios de intervenção. E, já agora, uma grande concordância nossa, relativamente às principais noções lançadas por Manuel Salgado: concretamente a divisão dos trabalhos por pequenas empresas, que são mais capazes de atender aos detalhes artesanais, e à preocupação de os refazer. Quer com técnicas actuais adequadas, ou, até, com as técnicas antigas; dando assim resposta para os trabalhos de conservação e restauro, necessários.
http://www.youtube.com/watch?v=6tZMsYc1kU8&feature=related
Portão de Monserrate, junto à casa.
Inclui-se esta imagem, uma referência a Monserrate, porque, nunca saberemos, nem é possível avaliá-lo (será que interessa?) qual o contributo que conseguimos dar, relativamente à recuperação de Monserrate. Aliás, este caso mostra bem (tal como os exemplos muito mais antigos vindos de Horace Walpole) como o marketing pode ajudar a levar a bom termo obras que são essenciais. Monserrate - casa e parque - está hoje em óptimas mãos. Em nossa opinião poderia ser mais difundido a nível universitário, não tendo tanto a preocupação de realizar visitas para as crianças das escolas básicas do arredores de Sintra, podendo, por exemplo (parece?), querer chegar a estudantes universitários, de Arquitectura Paisagista de todo o mundo (ou de onde vieram muitas das espécies botânicas que estão no parque - uma verdadeira estufa ao ar livre...)
Mas, considerando o estado deplorável em que chegou a estar (temos fotografias, arrepiantes), é hoje um óptimo exemplo!
Acontece que neste momento, há núcleos urbanos, na cidade capital, a Baixa Pombalina, até o Centro Histórico do Porto - que consta na Lista do Património Mundial - e inúmeras pequenas cidades e vilas, de todo o país, que deviam merecer a atenção de todos. Que haja marketing e publicidade, nesses casos, para alertar e ajudar a criar uma nova mentalidade, que é urgente passar a ter!
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*Neste ponto de fronteira, se dessemos mais informações ou as nossas fontes, estaríamos a dar os títulos dos capítulos e temas do doutoramento, que preservamos inda, claro, como exclusivamente nossos.