Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
22
Jan 15
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

O Post anterior precisava de ser tornado mais claro, e assim aconteceu, acrescentando-se: 

 

"... há o direito de ensinar História - da Arte ou da Arquitectura - assim? Claro que assim não admira que um trabalho (e uma postura como a nossa) seja escondido... Pôr em causa metodologias obsoletas, ou as evidências que entram pelos olhos dentro - como esta em que o rei vai nu - é muito complicado!"

Foi o que fizemos e continuamos a fazer, apesar de expulsos (ou eufemisticamente apenas desvinculada...) da Unidade de Investigação do IADE, que, deveria corporizar - pela nossa ligação à instituição desde 1976 - a verdadeira instituição de acolhimento: por ser aquela a que naturalmente deveríamos pertencer**.

Claro que pomos a nu esta maneira de investigar (?), em que, e exactamente por ter havido resultados muito positivos, é entendido superiormente que se devem esconder. E assim a FCT pode dizer que "esta é a geração melhor preparada": sem que aliás se saiba qual, onde começa e onde acaba essa geração (que só pode ser um imenso gerar de equívocos?). 

E assim, até outros podem querer concretizar «renovações geracionais», de modo a que não sobre, nem sequer fique o mais pequeno resquício, do que eram saberes antigos...***.

Pois como somos obrigados a ver, hoje o que vale é a ignorância, que, claro, «não dá na televisão». É que seria politicamente incorrecto, mas está óbvio, e descaradamente à vista, em instituições a que o MEC concede (grátis, sem inspecções) toda a autonomia.  

NunoCrato-p.174.jpg

NunoCrato-p.175.jpg

(clic para legenda e ver melhor)

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*Por várias razões. Talvez a primeira seja a negação da transdisciplinaridade? Ou seja, o querer desconhecer os saberes e os conhecimentos contemporâneos das Obras de Arte; i. e., do tempo em que as mesmas foram realizadas. E essa nudez tem que nos lembrar a Professora Orientadora de Mestrado que repetidamente ainda nos disse - quando o trabalho já estava feito e não se ia deitar fora, para ir fazer de novo uma qualquer fantasia que agradasse aos seus superiores (o que foi dito exactamente há 10 anos, e não há 100...): "Esconda, esconda, ponha para trás"!

Lá «se escondeu» e pôs mais atrás, mas, desse modo a valorizar o conjunto sequencial de imagens - que, como já se sabia, falam por si. Tal é a evidência/existência e a força do conhecimento visual! Desse modo conseguiu-se que fosse apresentado com muito mais lógica - e a poder notar-se pelo desenho geométrico dos ornamentos (que os historiadores de arte não entendem) - a evolução, também temporal, que houve.

**Hoje é o CIEBA e o Instituto Francisco de Holanda que «nos dão guarida», e também notícias fantásticas - "deo gratias!".

Note-se enfim como a força das nossa ideias não tem sido em vão: Não exactamente pela aquisição do grau de doutor - que há muito se dispensa (que fique para os «doutoramentos combinados») -, mas sobretudo pelo reconhecimento da validade das ideias que defendemos...!  

***Que Nuno Crato, "tant bien que mal" (mas nem sempre da melhor forma) tem defendido


06
Jun 11
publicado por primaluce, às 14:00link do post | comentar

Já foram muitos os posts dedicados  a este tema, mas hoje, e sem mais*, deixamos o link de uma entrevista realizada há uma semana pela Rádio Renascença, a alguém cujo trabalho não teríamos conhecido (ou pelo menos tão cedo), se não fosse o Prémio que o Vaticano lhe concedeu.

Um trabalho que constitui uma interessante novidade, e onde se percebe, exactamente como nos aconteceu, que o facto de se dominarem vários conhecimentos - ditos «de Ciências e de Letras» em simultâneo - isso constitui, logo à partida, uma importantíssima base científica. Pois a mesma permite ao investigador uma postura transversal: mais rica, e proporcionando uma melhor compreensão, e a reconstituição, daquilo que foi o passado.

Pode-se dizer que ela permite «o atravessar» dos limites de uma série de Ciências (e respectivos conhecimentos), que têm sido espartilhadas e compartimentadas. Quando, pelo contrário, deveriam ser vistas de modos muito mais inteiros: o Homem e a sua história, pode estudar-se de diferentes ângulos e perspectivas, mas os seus comportamentos continuam sempre a ser mais amplos, e maiores, do que as inúmeras divisões criadas, e de como o quiseram "analisar" e retratar.       

Ouvir entrevista de Luís Esteves Casimiro em "A Terra Prometida"

sábado dia 28 de Maio, às 23h 30m.

http://rr.sapo.pt/programas_detalhe.aspx?fid=26&did=158105

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*Este «sem mais» é muito relativo, já que no nosso trabalho dedicado ao Palácio de Monserrate (ver nas pp. 36 a 45) mostramos que a representação do Espírito Santo nem sempre se fez por uma Pomba, ou pelas Línguas de Fogo, mas pela Geometria: a base de uma linguagem visual, que alguns (mas são raros) entendem muitíssimo bem. Este ano, numa tentativa de ganhar tempo que falta às aulas, recorremos com frequência ao trabalho de Luís Veiga da Cunha, autor que refere - logo nas primeiras páginas do seu trabalho dedicado ao Desenho Técnico (ver op. cit., p. 24) - a importância da Geometria como base, ou a gramática, das «línguas» que se expressam visual e iconologicamente.


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