É verdade, há quem diga e repita que existe na Baixa de Lisboa, um ÂNGULO de 17º entre o eixo Restauradores-Av. da Liberdade, e o eixo Rossio-Rua Augusta, e que esse ângulo, assim desenhado, é um Simbolismo que ficou inscrito na topografia urbana (!).
É uma ideia que achamos muitíssimo curiosa, mas, dir-se-ia também, «sem pés nem cabeça»!
A cidade está encaixada, nasceu (ou foi configurada?), sobre a base natural, as colinas pré-existentes. Que, é sabido, não tomam a decisão de formar ângulos de 17º!
Ou, menos ainda, as ditas colinas ou a orografia, não decidiram, previamente, o sistema de medição de ângulos que alguns humanos iriam adoptar.
Se o número 17 é um nº primo, ou um número que, por exemplo, para os arquitectos não dá muito jeito, visto que não tem outros divisores (dificultando por isso as subdivisões em partes iguais quando se quer fazer uma composição), a verdade é que podemos usar outras escalas de medida. Medem-se ângulos em radianos, e em grados, que são alternativas como escala de medida, e aí já não dará o susto que é, para alguns, o número 17!
De facto, quanto a «simbolismos de gatos pretos e outros que tais», aconselhamos que leiam Umberto Eco, ou Hegel, em passagens muito específicas que poderemos referir com mais detalhe, assim como, o que pensamos sobre as mesmas.
Símbolo, como nos apercebemos, é um articulado essencial do cristianismo, foi redigido (e ainda se lê): o dos Apóstolos e o de Niceia-Constantinopla.
Depois, houve uma quase infinidade de objectos naturais e de formas geométricas, que foram reunidas de diferentes maneiras, durante séculos, para (visualmente) reconstituírem esse Símbolo da Fé dos cristãos.