Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
17
Ago 13
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

Nadar contra a corrente é nadar em águas mais frescas: é nadar em boas companhias; é aprender com aqueles que têm ideias semelhantes às nossas.

 

Se António Filipe Pimentel e outros, em 2002-2003 nos ajudaram a abrir portas - embora, dizemo-lo com ironia... - não compreendam a Iconografia dessas mesmas portas*, no entanto há arquitectos contemporâneos, e muitos sendo bastante experientes em matéria de desenho dessas mesmas portas (como é o caso Robert Adam**), que dão o correspondente valor à religião. Isto é, ao seu poder para a definição, ou a «designação muito específica» das formas arquitectónicas. Já escrevemos sobre o que Robert Adam chama "faith-based architectural styles".

E sobre o Nominalismo que a Idade Média - séc. XII, na Universidade de Paris*** - discutiu, e deixou marcas... Sobre ele, parece-nos (?) que não era indiferente, de todo, o desenho ou a forma que davam (ou dariam) às coisas?

Nomes, Designações e Configurações -

segundo S. Freud, e G. Hersey que o cita

- estão na mente, no mesmo "deep-lying point of agreement"

A corrente do Douro, em hora de maré-cheia (clic na imagem para legenda completa)

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*As Portas das edificações, e as Capas dos livros (ou as da Bíblia), a que os Espanhóis chamam "Portadas", estas relações e analogias constituem uma imensa fonte de informações, explicando o desenho de muitas Portas.E vários posts podem ser feitos (algum dia) sobre estes temas...

**Revisitem (ou visitem) o que já escrevemos: http://primaluce.blogs.sapo.pt/138291.html

***Nominalismo: na Internet encontram-se inúmeras informações. Destacamos esta:

A apropriação que o homem faz da realidade realiza-se pela linguagem — Através da linguagem o homem pode pensar o, mundo e configurá-lo de diferentes modos…”

Vindo de: http://portalsabedoria.org/index.php/ciencias-sociais2/filosofia/explicacao/teorias/91-os-universais

http://primaluce.blogs.sapo.pt/151260.html

Ver ainda:http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/53126.html

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/


22
Jan 11
publicado por primaluce, às 18:46link do post | comentar

Depois de ouvir uma investigadora de Univ. do Minho*, a comentar os jornais de um dia, que é dedicado à reflexão (sobre o futuro) - percebe-se como saber reflectir é essencial. Que importa lembrar como se pensa - com base nos ingredientes do pensamento - que são hoje, principalmente, as palavras (que exprimem ideias...). Ou, que importa pensar, claro, sempre, mas em especial quando se trata de prever dificuldades, ou de abrir caminhos que hão-de facilitar e tentar qualificar a sociedade, as suas condições de vida, os ambientes, etc. E isto, porque nem todos temos a mesma experiência, ou fomos confrontados com diferentes aspectos da governação, e da política**.   

Alguns admiram-se pela abordagem (ou sensibilidade?) ao problema da falta de água, pensando que não deve ser preocupação de um arquitecto. Porém, quando em geral, actualmente, a maioria dos adolescentes cresce alheada de várias questões, muitas delas básicas e fundamentais, no nosso caso percebemos cedo, e de perto, de que se ocupa a governação: entre vários exemplos, assistimos à resolução de uma pequena parte do problema da falta de água na Área Metropolitana de Lisboa, com a construção de uma albufeira, nas faldas da Serra de Sintra. 

Que os políticos que vamos escolher sejam menos adeptos das «cracias» a raiar a ilegalidade, ou até a falta de lógica...; e que pensem mais no serviço, em prol do bem-estar dos povos que governam. Que lhes ministrem - porque é este o sentido etimológico da palavra - o melhor das suas inteligências, e a disponibilidade pela qual são pagos.

Que tenham comportamentos verdadeiramente nobilitantes, como eram vistos os governantes das repúblicas italianas - por exemplo os Doges de Veneza - razão pela qual as fachadas das suas casas, e outras edificações que promoveram, estão marcadas com sinais dessa mesma nobreza.

E, já agora, para todos os que não têm pensado nestas questões, comecem a observar - pois podem vir a descobrir o interesse que existe numa temática que é enorme: como muitas das chamadas "Sobrevivências do Gótico"***, são obras que radicam naquilo que eram consideradas "Prerrogativas do Poder Real" (ou da nobreza).

Será que o Presidente da Republica, e as suas funções, são uma réstia, uma espécie de "Rex-Sacrorum", instituído nas repúblicas em que vivemos? Enquanto os governos, executivos, são como os Edis de Roma?

Continuando a reflectir (em cadeia, e apoiados na génese latina das palavras) iríamos chegar à conclusão que esse Edil, as funções e sua denominação, provêm da raiz "aedi", que deu depois o verbo edificar.

Ficamos por aqui - porque são infindáveis as "catenae" (de que escreveu Mary Carruthers), que também originaram a «polissemia visual» - lembrando a razão porque alguns, ainda hoje, fazem questão de «serem construtivos»...

  

Fachadas de Palazzos de Itália

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* Felisbela Lopes

**Que é o fazer da Polis: "Politeia" = cidade e sociedade.

***Ver a distinção que fizemos - para alguns o grande contributo do trabalho - em Monserrate, uma nova história, entre Gothic Survival e Gothic Revival; enquanto Batty Langley e outros (referido logo na Introdução, e depois uma dezena de vezes ao longo do trabalho), tentaram criar um estilo "Gothick". A questão é enorme, havendo muitas sobreposições, que, não ajudam a uma fácil compreensão. Muito menos instantânea, ou sem longas reflexões...


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