Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
23
Out 16
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

... por tanta bondade. Genuína (mesmo sem ironia!) e na sua melhor expressão.

 

Quem sabe como se forma a palavra símbolo, e depois simbolicamente - o advérbio de modo; então esse alguém também sabe de diálogos e de diacronias. Do que se diferencia e agita, e parece querer baralhar exprimindo-se por um simples di, ou dia (feito prefixo há séculos ou há milénios?).

Ou seja, o diabo (diábolo, diabinhos, etc.) não existe. E se há muitos - tantos ou imensas pessoas (o que é um número e uma óptima questão para ser definida pelo «sujeitinho« da quantidade de informação!); é que se há inúmeras pessoas que nas suas vidas vão tentando encontrar, e procurando Deus, mais as provas físicas e positivas da sua existência, então (mas isto é para nós) faz ainda menor sentido que haja quem queira expulsar demónios, ou fazer exorcismos...

É assim que pensamos, à luz de primaluce: para nós diabo é um prefixo, acrescentado a um bolo. Um prefixo que significa a falta de convergência, a des-sintonia, a divisão, a baralhação... (como acontece com sincronia e diacronia).

E se existe a vontade de alguém em criar tudo isso, pode não ser apenas uma pessoa, mas um conjunto bem orquestrado (por quem?).

Veja-se Maria João Baptista Neto a publicar livros com base no nosso Monserrate, a cuja génese mais do que assistiu, pois guiou, intrometeu-se como lhe competia, e aqui e ali fez bem. E também fez mal, e teve dores (no fundo do braço), querendo continuar a fazer o maior mal.

Que continue, deseja-se imenso êxito!

Fernando António Baptista Pereira, idem aspas, fez imenso bem, pôs-nos questões interessantes e óptimas, e também fez questão de se portar vergonhosamente.

Dele temos vária correspondência, onde ressalta, nas últimas mensagens de 2012 a promessa que iria ler o nosso trabalho: diferentes, porém convergentes (quantos?) documentos que lhe fomos entregando desde 2006 (e que segundo afirmou em 2012, ainda não tinha tido tempo para ler...) Desde ou a partir de 2006, quando 30 anos depois regressámos a Belas-Artes, que entretanto deixara de se chamar Escola Superior - a que frequentámos até Dez. 1976, quando acabámos a licenciatura, e que passou depois a ser Faculdade.

Temos depois o IADE, a nossa instituição a cujos quadros pertencemos desde 1976. E onde em 2008, por isso mesmo, por razões que sempre soubemos serem mais afectivas do que de ordem racional; em Junho de 2008 - e, SIMBOLICAMENTE, a coincidir com o dia em que deixou de estar presente, e foi substituída, a primeira administração: que tinha fundado o IADE! Nesse belo dia, que o foi como bem nos lembramos, a editora Livros Horizonte lançava o nosso estudo sobre Monserrate, com o titulo uma Nova História.

Titulo que resultou de várias conversas com Rogério Mendes de Moura, o editor que me deu o imenso prazer de publicar o meu estudo, praticamente sem alterações, mas acrescido das «revisões» (que não eram fáceis) mas tiveram a máxima qualidade.

Diabinhos é da nossa gíria - pois não há que acreditar no diabo. Aqui há antes um Deo Gratias como está no título, embora haja e continue a haver uma «maltosa concertada», cada um deles com os seus objectivos, a retirar do nosso trabalho:

Maria João Neto, a aproveitar e a reciclar ao máximo, tudo o que ficou no IHA da FLUL, julgando que eu morri? E como se faz na Cortiça ou no Porco, a não querer desperdiçar um só mg!

Fernando António Baptista Pereira, sempre sem tempo, terá tido pavor que fizéssemos uma História da Arte como (graças a Deus nos disse várias vezes e) repetiu vezes sem conta... Só ele sabe do que vai na sua mente! Por mim, os elogios, de me dizer que estava a querer fazer uma História da Arte, acho que já ficaram agradecidos?

No IADE - o  Carlos Duarte, sabendo do «valor imenso» das suas teses, como elas são lógicas e evidentes; também dos nossos anos de casa e a experiência profissional que temos, fez então o favor de também ter os seus (dele) «pavores»:

Que conseguíssemos acabar o Doutoramento! Que depois de um Mestrado para o qual o IADE nos deu a correspondente dispensa sabática, completássemos um Doutoramento que - e depois de publicado o mestrado, se aquilo só é/era um mestrado - então obviamente esse nosso Doutoramento tinha que ser por todos os meios*, impedida de o conseguir concretizar/terminar...

E aqui terminamos nós este post, a exprimir a nossa fé na não existência do Diabo!

Com a certeza de que o que há são palermas medíocres: tão tão tão medíocres (que nem para badalo de sino algum dia eles dariam!).

Palermas iguais aos Secretários de Estado, aos Primeiros Ministros, e aos Ministros-Adjuntos; ou iguais aos Donos de Bancos e Disto Tudo - que não lhes bastando o que têm, fazem o favor de vender a Alma, em público.

Nuínhos (como a Negra Fulô) e o mais despudoradamente que lhes fôr possível, para que se saiba aquilo que verdadeiramente os habita.

Embora sejam corpos e mentes horríveis, ainda bem - i. e., Deo Gratias - por toda a luz que nos deixa ver, e dá a capacidade para distinguir.

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*Diabolicamente?


07
Abr 16
publicado por primaluce, às 14:00link do post | comentar

:  "O que fazer com esta (imensa) indignação?"

 

E a seguir à pergunta vêm exemplos:

O primeiro 'Indignai-vos' de 2010 - de um herói da Resistência francesa…

Depois, em 2014 uma declaração de boas intenções do PM inglês:  

Last year David Cameron described corruption as “the cancer at the heart of so many of the world’s problems”, and promised transparency about business ownership in the UK. The extraordinary revelations in the Panama Papers have drawn attention to how little action there has been to match this rhetoric.” (a ler em)

Por nós temos a mesma resposta que vem desde 2010 (quando percebemos que não devíamos nunca dar descanso aos fraudulentos*); quando percebemos que à semelhança de Horace Walpole, havia uma «arma» que nos estava a ajudar a resolver uma série de questões.

Porque, evidentemente, entre muitas e várias outras soluções há que não deixar a indignação crescer dentro de si… pois só serve para tirar a saúde de qualquer um.

Mas, para agora, para este tão actualizado - o “que fazer com esta indignação?” - também poderemos sempre gritar como as gaivotas de Daphne Du Maurier, ou os pássaros de Alfred Hitchcock. Ou ainda, porque não, a preferir o tom irónico de um “Por Bem, Por Bem” das pegas de Sintra?

Acontece que os nossos pássaros são todos «orelhudos» de cerviz recta - como hiboux - portanto dirão, só, repetida e desalmadamente, gritando de gáudio, a onomatopeia que os baptizou**: UBI, UBI, UBI, UBI!

E assim se fica a saber que é lá na Serra, na Covilhã de preferência - ou em exclusivo -, que o dito pessoal sem alma e indigno (mas que quer ser doutor à força…) resolve as suas angústias existenciais.

NoMundoDasAvesDeRapina.png

*Embora os mesmos sábios continuem a crescer (vão 6 ou 7 - doutores devedores de favores - oh quanta independência vai na sua C'ência?), e a encontrar no interior longínquo e escondido, a resposta para as suas ânsias de serem Doutores: seja de que forma fôr? Não importa, mesmo sem qualquer pinga de dignidade, honra ou saber, porque ser Doutor, é aquela mobilidade, ascensão, elevador, porque sempre sonharam e tudo fizeram (para dizer, o melhor que podemos e sabemos - educada e lindamente):

e há-de, e há-de, e há-de..., e se houver, grande sorte!

**E que finalmente, a essas AVES de RAPINA, a UBI os doutorou! Por isso o gáudio nos sons que emitem, e o resto despreza, ou já nem ouvem... 

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E porque será que temos a ideia da sabedoria do mocho?


publicado por primaluce, às 00:53link do post | comentar

E será que ainda se consegue que alguém use 2’ 59’’ para explicar como se lava, para aparecer bem limpinho, um «doutoramento combinado»?

 

Por nós, durante pelo menos 2 anos (há que o confessar) andámos enganados: tivemos muitas dúvidas. Mas em 2008, começou a tornar-se mais translúcido o que antes era bastante opaco.

Porém, sobre a passagem da luz de um meio para outro meio - translúcido, ainda não é transparente; ainda não permite seguir todos os contornos da imagem que está do outro lado!


03
Abr 16
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

…, mais o que elas nos fazem pensar, relacionar, num estilo que, sabemos, é sempre muito "crossing borders".

Também favorecedor de descobertas: «fazedor de silogismos», ideias (novas) antes invisíveis!

 

Este artigo que por um acaso encontrámos tem várias frases e expressões bem engraçadas, que nunca nos ocorreria usar, por isso ainda bem que a autora as usou. Como é esta:

Só faltam os bonecos para ser um formato perfeito, tão ao gosto desta vaga de explicações do mundo para totós.”*

Claro que vem a propósito de um país martirizado por todos - todo o tipo de agentes, políticos, chico-espertos armados em «donos disto tudo», doutorados de júris combinados... -, em resumo martirizado pelos que querem que as pessoas continuem patetas  (mais do que eles também são!), para que no meio da pateteira geral, haja sempre uns menos totós ou menos patetas que conseguem levam a melhor sobre os outros.

Enfim: gente que sabe das suas limitações para agir dentro do que seria normal, i. e., com inteligência.

E que, portanto, considerando-se incompetentes qb para fazer bem (e conseguir chegar à altura das ambições que têm - ou seja, perante o verbo latino augere, que é chegar ao auge), sabendo que é difícil, então optam logo por agir mal. São os incontáveis que por aí andam que preferem desde logo a desonestidade, sem nunca chegarem a tentar ser honestos!

Por nós continuaremos a tentar explicar, para os que tiverem alguma ambição de compreender, a parte que nos coube entender, do mundo em que estamos:

Fazemo-lo para os que considerarem que a opacidade não lhes serve. Para os que tiverem lido alguns dos nossos posts (incluindo as últimas palavras do post anterior);  para os que, com alguma frequência, nos querem associar ao seu Linked in. Fazemo-lo também, muito mais do que por uma questão de sobrevivência, pelos temas extraordinários (e respectivas provas) que não paramos de encontrar: bastante diferentes daquilo que se continua a ensinar nas universidades, qual blablabla que precise de se reproduzir ininterruptamente, por um qualquer instinto de sobrevivência que o dito blablabla tenha.

Fazemo-lo sim, para incomodar os que continuam a esconder os nossos trabalhos; fazemo-lo principalmente pelos que tendo pegado em Monserrate uma nova história se deram conta das muitas e variadas inovações que contém, e nos instilaram a máxima força para não desistir.

Como sucedeu na base dos convites que tivemos, para publicamente explicar esse nosso trabalho**.

W.Blaque-daInocênciaàExperiência.jpg

Páginas de um livro de William Blake que sem dúvida influenciou a época em que Monserrate se construiu, a arquitectura cristã da Londres oitocentista - a victorian city - como explica Tristram Hunt 

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* Ler em: http://sapo24.blogs.sapo.pt/nao-e-mau-e-pessimo-e-isto-e-piners-70181

**Bem ao contrário da instituição onde estamos desde 1976, que tudo fez para esconder os referidos estudos. O trabalho é -  Monserrate uma nova história; autoria - Glória Azevedo Coutinho, editora Livros Horizonte, Lisboa 2008. Investigação que, como nos têm mostrado, não se adequa a um Ensino Superior que faz por se manter inferior e formar turmas e turmas, e mais turmas (quantas mais melhor!) repletas de muitos totós, cada vez mais incapazes de discernir o real e a fantasia; cada vez mais incapazes de interpretar e respeitar (amar?) "as construções culturais" em que estamos imersos: coisas verdadeiramente estranhíssimas, parecerá aos totós (?!), como a obra de William Blake, que alguém nos ofereceu. Extraordinária tradução de Jorge Vaz de Carvalho (acima, clic na imagem para legenda)


21
Mar 16
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

... por vezes de alguma coisa mais especial.

 

Começam por ser, rotineiramente, e logo de manhã, dia de dar graças por estar vivo, pela véspera, pela inspiração, pelos trabalhos feitos, pelo Sol e pela Chuva; até pelo Granizo, ou pelo Arco-íris (que lembra Aristóteles, como mnemónica); também pelo mal e o errado que «se conseguiu» não fazer*. Idem pelas dificuldades que nos foram colocadas e deram origem a mais e melhor compreensão de um qualquer tema: a muito mais criatividade.

Diríamos que hoje, mais do que o dia de início da Primavera, o dia da Árvore - que já foi em tempos, ou até o dia do IADE, hoje, declaramos, é o dia de um Recomeço! Não queremos dizer simplesmente que é dia da pá e da vassoura, de limpeza e de lavagens, do muito que tem sido sujo por «corruptos conhecidos» e protegidos pela chamada autonomia das instituições (conferida por um MEC MOUCO)...

Hoje, dia de tantas coisas, apetece-nos lembrar a Aristocracia, a verdadeira, a que sente dentro de si, genuinamente,  e se incomoda, deveras, com a sujidade e com a corrupção: com o mal que é infligido aos mais fracos.

Também com a destruição que as ambições desmedidas, as veleidades sem um sentido útil, ou bem planeado, levam a que muitos actuem por actuar, apenas para mostrarem o poder que detêm, num puro exibicionismo, da máxima futilidade que se vira para os querem menosprezar: já que não chegam a lado nenhum, apenas criam divisão, gastam energias sem sentido...

E porque também pode e deve haver Aristocracia na Ciência vamos fazê-lo, como evocação, da maneira mais bonita que conhecemos: i. e., lembrando um tecto de Sintra e o que sobre ele já se disse.

Lamentavelmente não se disse, que o saibamos - embora venha desde os tempos dos hebreus - como também a limpeza (ou uma suposta «pureza» dos nobres) está representada nesse tecto. Assim, leiam, gozem e divirtam-se (intelectualmente) - usando todas as vossas capacidades. Não apenas as sensoriais e imediatas (de quem lê), mas usando tudo o que, como leitores frequentes destes blogs sabemos, sem ironia, que têm «acumulado».

Por um único dia sejam aristocratas verdadeiros**,  saboreando um autor e um livro que FABP nos indicou***; pensando como tudo faz sentido e tudo está ligado, se verdadeiramente formos coerentes: se formos edificadores com as atitudes que são edificantes!

SalaDosBrasões.jpg

Acrescentando uma incursão pelo que A. Haupt escreveu e desenhou

Nicho-Gótico.jpg

(clic para ampliar e para legendas)

*Thanks God que se conseguiu evitar...

**Não de brasões ou de sangue azul (que isso são coisas passadas e arcaicas) mas, como tanto se tem ouvido nestes últimos dias, de um Nico, uma nobreza verdadeira... Esqueçam a mania do secreto que alguns têm, esqueçam uma parvoíce que se andou a badalar: de haver segredos subjacentes nos desenhos preparatórios de algumas pinturas. É/foi assunto de mente infectada ... Porém lembrem-se que para fazer bem é melhor ser preparado, já que só o plano ou a preparação permite que depois aconteça a performance: será no momento exacto que surge, durante o acto de pintar, a máxima habilidade de execução (dos melhores pintores).    

***Alguém que como MJN nos abriu portas fantásticas, mas depois, parece, também se arrependeu...?

Procurem a palavra "Régalien, reatem ligações - polissémicas - que sempre existiram... 

A que agora se acrescentam outras ideias:

1. Claro que no mundo de hoje a Ciência poderia ser uma área onde houvesse uma verdadeira aristocracia, mas o que por aqui há, é "...pouco mais do que propaganda." Segundo o Público de 21.03.2016 terá dito José Mariano Gago, ideia que é bastante compreensível...

2. A grande Utopia é que a honestidade - como a Justiça - exista:

É essencial ao Design, mais do que muito blábláblá e a dita propaganda inútil


12
Mar 16
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

E por este Reitor, rasca e completamente estrrragado**, andamos com uma norrrmal alerrrgia aos "rrrrr"!

 

Portanto, assim muito a custo, lembrrra-see como ele reprrrreende, ralha e enxovalha, ou em alternativa, adula e enche de louvaminhas.

Lembra-se também como é artificioso e hábil: não de belas-artes, como seria normal face ao contexto da suposta e necessária especialização; mas das malas-artes em que, qual malfazejo, o dito se «doutorou».

Habilidoso - como sucede sempre que (em público) as chefias estão a ser postas em causa, incluindo-se na crítica a destruição de valor que consegue concretizar; a desmobilização e o afastamento que consegue criar. Então, hábil, jactante e cheio de prosápia, é quando tira do bolso os maiores encómios e altos-aut'elogios. Arranca salvas de palmas, fala de prémios internacionais dos alunos, como se fossem às dezenas ou centenas, mérito e consequência directa da sua acção...

Mas já todos lhe topam as manhas, de personagem verdadeiramente inspirador de páginas de literatura realista, ou para as melhores imagens de pintura. Tão grande é a sua manhosice, mágico que é óptimo retrato do pior ilusionismo!

Aos que quer elogiar, ele empola e extrapola as mínimas qualidades, porque esses são os da sua equipa, os hiper-produtivos que nunca falham, os criadores do seu mérito...

Aos que quer destruir (e quiçá despedir***), a essoutros entrega tarefas nunca realizadas por uma só pessoa, sem equipa. A esses - a quem quer despromover e fazer com que tudo lhes corra mal - vai prometendo apoios que, diz, irão existir a rodos, e prontamente,"if and when"...

Enfim, dá-lhes todas as condições para ser a perfeita casca-de-banana, tarefas a fazer sem tempo, trabalhos que serão feitos «no joelho». Depois, exime-se, desaparece e «vapora-se», em escusas e alegações de quem nada tem a ver com o assunto... Nem sequer com os inevitáveis danos que tanto disparate origina na instituição que assim «trabalha».

Os méritos maiores - nacionais e internacionais - são seus e dos alunos (de quem imediatamente os recolhe, pondo as taças d'encher o olho na estante da sua sala). Aos visitantes convidados, professores das universidades estrangeiras (que normalmente desconhecem esta esperteza lusa) - como "rei vai nu" que é, e verdadeiro chico-esperto - a esses manda os servos receber com a indicação que o Rhetor e mestre-mor de Retórica - há-de chegar. Mas "...só se, e logo logo, quando por fim acabe d'alindar toda a aura e mais as vestes..."

Neste reino Sanctorum da actual D. Carlos-II um rol de confissões:

Falta-nos a picardia, o arrasar trocista de escarnecedor profissional; a pena d'Eça e todas as de Bordalo.

Falta sim, primeiro a Justiça, onde este caso se devia resolver. Depois porque o visado e os seus actos não merecem esta brandura...

Dia.DaRedenção.jpg

Clic para legenda "...ainda não é chegado o dia da redempção"

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*Não se pense que há pelo país muitos mais, pois como este deve ser raríssimo? Aqui se deixando esta nota de quem sabe se, a haver danos, de quem é a culpa: quem se deve procurar!

**Rasca sim, pois é a sua trafulhice que o faz aparecer como bem sucedido, ao contrário dos da sua geração, que por isto mesmo preferimos chamar-lhe «a geração digna», dum tempo parco em oportunidades.

Depois, como estes nossos escritos o provam, viver num país e ter empregos em que os bem sucedidos são os mais trafulhas, dá muito trabalho: por ser necessário ser indigno, viver de consciência pesada, ou em alternativa ter que os denunciar a uma justiça que se faz surda e inacessível... Mas vamos procurar a Newsletter de Março 2011 que refere um Tutor, que assim salvou o nosso Rhetor de ser mais um da "geração à rasca":

É que, se não nos falha a memória estará na Agenda Semanal do IADE nº 108 ou 109?

***O patronato que pague e arque com os danos patrimoniais causados nos recursos da empresa.

A que hoje se acrescenta esta lembrança: a necessidade urgente de rever a vida

“Eu explorei a Encíclica com várias grelhas de leitura possíveis, e uma das que fiz foi justamente a da relação com a felicidade humana. É muito interessante, a palavra ‘felicidade’ aparece uma única vez, e aparece no sentido de que a verdadeira felicidade é aquela que se consegue na moderação dos nossos desejos e necessidades, e na partilha com os outros, e sobretudo no respeito por tudo aquilo que nos rodeia.”

Na opinião de Soromenho-Marques, o documento do Papa vem “reabilitar o sentido verdadeiramente nobre da austeridade”.

E aqui não se trata de uma austeridade imposto “por políticas absurdas”, mas como uma “escolha ética, de moderação e de respeito pelos outros”.

(análise de Soromenho Marques, à Encíclica Laudato Si)

E porque em Iconoteologia faz todo o sentido, em breve: "...crença em milagres de Ourique"


07
Mar 16
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...o nosso post anterior acabou assim:"...este é também o país em que certas instituições são verdadeiras amostras, microcosmos/cadinho que retrata na perfeição o país."

 

Claro que a nós nos aconteceu, talvez cedo de mais?, ter aprendido a levar a vida demasiado a sério. A não ter gozado um tempo da maior leveza e de uma (grande ou será só normal?) irresponsabilidade que as gerações mais novas mostram estar a viver e a «querer curtir», ainda agora que têm 40-50 anos, prolongadamente.

Quando nos aparece um Projecto para Normas de Ética a aplicar em instituições de ensino, e vemos nelas (uma a uma nas ditas normas) uma série de banalidades, que nada trazem de novo - absolutamente nada - a não a ser o facto de se apresentarem como algo de necessário e extraordinário, que não é mais do que aquilo que sempre fizemos. Assim, face ao dito Projecto claro que a nossa surpresa é colossal, mas também são ainda outras as reacções:

Por exemplo - e atenção que estamos numa postura introspectiva, em que nem sempre se é imparcial, embora se tente sê-lo, ao máximo para poder tirar conclusões. Por exemplo, ocorre perguntarmo-nos:

Mas isto que sempre fiz, desde que me lembro de ser gente..., afinal onde é que aprendi isto?

Re: Na catequese cristã (depois dos 6-8 anos?); em casa (mas as famílias têm enormes diferenças...); nas aulas de religião e moral dos primeiros anos do liceu; nas aulas de Psicologia, Filosofia e numa disciplina chamada Organização Politica e Administrativa da Nação...?

Porém, stop já aqui!, porque estamos a escrever e elencar realidades que no passado eram «mais universais», e que hoje são vistas não apenas como particularidades só de alguns; mas também como «realidades-mal-amadas» (ou até odiadas?), integrantes do que hoje se considera ser «politicamente-hiper-incorrecto».     

Ou será que aprendi «by myself», quando a partir dos 16 anos passei a dar explicações, com o sentido de responsabilidade que essas actividades implicaram?

RE: Mas estas foram num contexto muito especifico, para os vários filhos muito seguidos de uma família cuja mãe trabalhava e precisavam de alguém mais velho que nas férias os fizessem sair da cama, ir à praia, brincar-aprendendo, mexer em barro, desenhar, pintar: fazer alguns trabalhos de casa e de férias pelo meio... O que leva a outra pergunta:

Mas, por exemplo, em actividades dos Escuteiros e Guias, não há actividades iguais ou equivalentes a estas?

Serão os Professores Doutores de hoje tão assépticos, tão normalizados e parametrizados que não tiveram infâncias normais? Não viveram realidades, reais? Não andaram em Escolas? Não conviveram com mais novos e mais velhos? Não interiorizaram relações de respeito - para cima e para baixo? Entre iguais e diferentes em que se aprende e ensina, em que se admira e se ensina a admirar, ou a seguir exemplos?

Re: Pois, na verdade não foi uma pergunta foram várias encadeadas, que levam a ter que admitir que em geral as nossas experiências de vida podem ter sido únicas: i. e., sendo todas muito diferentes do que hoje se vive?

Mas..., e nas suas formações, nas leituras e materiais teóricos que normalmente se absorvem e integram para adquirir conhecimentos e graus académicos; para investigar, nunca houve exemplos de humanidade que encontrassem, ao lado...? Lá, nessas matérias, não havia uma mini-amostra de pessoas que mereciam Ética, tratamentos normais?

Nunca houve exemplos que os tocassem ou os fizessem descer à realidade da vida? Ao "Take Care" que a cultura anglo-saxónica em interjeições e saudações, constantemente invoca? A mesma cultura que os autores do dito «Projecto» bebem por tudo e por nada, e papagueiam como autómatos, não lhes trouxe nada de novo? Não detectaram que aí a Ética é uma preocupação central, coerente e não avulsa? Até aos 40-50 anos... eticamente nada os tocou? Será preciso escrever um conjunto de normas para passarem a actuar eticamente? E depois desse conjunto de normas - em que agora, momentaneamente, parecem estar deveras empenhados; depois de estar escrito ele apaga o seu próprio passado, as incorrecções que praticaram: essas NORMAS vão torná-los inimputáveis mais às verdadeiras barbaridades que inclusivamente têm praticado (?), a pretexto de que antes não existiam NORMAS DE ÉTICA**? Não saberão que de nada serve invocar o desconhecimento da Lei?*** 

Deverá deduzir-se que a Ética do mundo contemporâneo, e a que está na mente das pessoas que a deviam ter, e sobretudo automaticamente praticar; será que esta Ética de hoje - a que agora apressadamente vêm propor - é como os cartões perfurados com que trabalhavam os primeiros computadores? Re: Se sim? Estamos elucidados...

Que vivam muito e longamente, essas vidas ricas, interessantíssimas que têm tido, e assim têm ainda mais pela frente: de gente que é igual a «cartão perfurado» incapaz de cruzar dados:

Porque não está lá o furo, porque nunca viram a norma...

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*Este post não é sobre o caso político do dia, sendo bastante mais generalista

**É impossível não troçar destes jogos típicos de «crianças que não sabem perder», ou de gente que tendo necessidade de dominar está sempre a mudar regras..

***E para tanta ignorância há remédios óptimos

 


27
Fev 16
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

...leia-se o que consta em Tomás Taveira - Architectural Monographs, nº 37, Academy Editions, London 1994:


“For this factory the poetic idea was more or less the same as that applied to the record shop** (…) inspiration was also found in another period of artistic creation , that of Roman and Gothic architecture, particularly in Lisbon’s oldest cathedral (built in the 13th century). The original project was intended to be of a larger scale, but today it still lacks the administration building and social and leisure area. Paço d’Arcos, Portugal, 1968-70)".


Face a estas informações é impossível, não ser tentado a sublinhá-las, a enfatizá-las (ou seria gritá-las a quem enterra a cabeça e os ouvidos?). A dizer-lhes: olhem, vejam e entendam o que está escrito;
É que apesar de ser (agora) inacreditável, no entanto, no final da década de 60 em Portugal – pelo depoimento do autor das obras - houve quem fizesse arquitectura inspirado nos estilos da arquitectura religiosa, medieval!
Está escrito com todas as letras, não fomos nós que olhámos para as formas arquitectónicas da obra e nelas vimos alguns sinais ou resquícios de medievalismo...
Porém, especulando, e visto que hoje de tudo isto temos perspectivas muito mais informadas, sabendo bastante mais do que sabíamos nos anos 70 - em que estudámos linguística aplicada à arquitectura; ou quando inclusivamente fomos alunos de TT. Hoje (em 2016) olhando para outras obras contemporâneas da Fábrica da Valentim de Carvalho, como também o são vários edifícios lisboetas, de uma zona central da cidade: a igreja do Sagrado Coração de Jesus, o edifício Castil, e também o que ficou chamado Franjinhas; edifícios que são todos estes razoavelmente influenciados pela Arquitectura Inglesa do pós-guerra. Ou, olhando para várias outras obras da mesma época, em que há habitação, hotéis - e também se destacam várias igrejas -, neles (re)vemos facilmente a influência da divulgação feita pela Architectural Press, concretamente o Architect’s Journal e a Architectural Review

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* Repare-se que estamos a chamar Programa Estético àquilo a que, por vezes, damos outro nome. Isto é, seguindo Vitrúvio (ou o que dele nos diz J. Maciel), muitas vezes temos preferido usar, em alternativa, a designação “thematismos”, que achamos ser bastante próxima de Programa Estético. Mas, aqui somos nós a dizê-lo, numa área científica em que muito está inexplorado. Ou talvez fosse melhor dizer em que tudo está híper-confuso. E, híper-confuso por ser necessário que muitos mais compreendam que a Arte tradicional do Mundo Ocidental na sua génese, é uma Iconoteologia. E só quando isso acontecer se poderá avançar em aprofundamentos do que são por exemplo os Programas Estéticos, os Thematismos, uma Kalocagatia, assim como as noções de adequação ou conveniência formal/estilística que o século XIX desenvolveu e vieram a confluir (depois de Viollet-Le-Duc e William Morris) nos excessos funcionalistas do século XX (que ainda agora perduram). Uma conveniência formal/estilística que fez com que certas tipologias arquitectónicas - bibliotecas, colégios, prisões - tenham tido, obrigatoriamente, as formas de um determinado estilo. E os melhores exemplos, como defendemos (somos apenas nós com esta justificação, que se deve registar - Glória Azevedo Coutinho,27.02.2016-http://primaluce.blogs.sapo.pt/sobre-a-fabrica-da-valentim-de-carvalho-310018) estão na área da Justiça, com a adopção de formas medievais ligadas a Deus e ao sentido de direito divino da realeza (o caracteristicamente régalien, como se diz em francês)

**Loja de Discos da Valentim de Carvalho, em Cascais, Rua Direita (fotografias de 29.02.2016)

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Em Iconoteologia:

Armilas e Órbitas (precederam a Ogiva) hoje no Palácio da Pena


16
Fev 16
publicado por primaluce, às 00:40link do post | comentar

... "and crossing borders", claro que isto é como um verdadeiro livre-trânsito para poder detectar que há uma nova história (à nossa espera!).

Depois, ensinar os alunos nessa perspectiva - "to see the world from multiple perspectives" -, na noção que temos do ensino, esta concepção irá sempre ajudá-los*!

 

Já pensaram nos tanques quadradões e nos poços profundos em que vivem os coitaditos que aprenderam algo errado, que nas suas mentes não têm a capacidade para conseguir renovar e substituir?

Ideias antigas e novas que não articulam...?

E assim vivem no que é um constante, e assustador...

..."mind the gap; or the non-future of nonsynaptic minds"

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*O que, afinal, até já vem de trás: apenas que a ignorância fez tudo para esconder!

http://www.morrissociety.org/


12
Fev 16
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

... e a querer aprender sobre o tema do nosso doutoramento*!?

 

Porque depois de 1054 houve algumas mudanças, e sinais visuais diferentes, e muito enfáticos, que, em consequência, tanto o clero do Ocidente, como o do Oriente, decidiram adoptar (essas mudanças e esses sinais).

Pondo os referidos sinais por toda a parte, sobretudo nas estruturas das principais edificações, e assim mostrando como a sua fé era o suporte da Ecclesia.

Ou seja, numa dupla afirmação:

1. Como razão e suporte da fé das pessoas dessas assembleias cristãs - que foram chamadas Ecclesiae**.

2. Das Pessoas que entravam nos templos e aí oravam, numa contemplatio que se servia dos referidos sinais, para que,  - "d'emblée",  dentro das igrejas, ou templos, reconhecessem a força da fé que professavam (já que a mesma se soube exprimir visualmente)

  http://24.sapo.pt/article/sapo24-blogs-sapo-pt_2016_02_11_1086046062_afinal--de-onde-vem-a-separacao-entre-cristaos-ortodoxos-e-catolicos

Contra-capa-LivroGuimarãesEditores.png

(clic na imagem para legenda)

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*Doutoramento e investigações cujos resultados vêm a ser boicotados por quem tem dado óptimas provas da máxima insensibilidade para «as coisas da arte» (e assim está muito bem, a destruir...). Mas, como está no post anterior, foi exactamente num livro do fundador do IADE - cuja contra-capa agora se publica - que nós re-encontrámos mais desenvolvido (pois pela nossa situação privilegiada fizemos esse caminho, podia ter sido outro) algumas informações sobre o Filioque. A questão teológica que esteve na base da separação Este-Oeste, e que tanto ocupou entre nós, além de António Quadros, Pinharanda Gomes, Lima de Freitas...O "ambiente intelectual" que fomos vivendo/sentindo no IADE dos anos setenta-oitenta.

Tema que é, como se tem comprovado - e estes autores, entre muitos outros tanto o questionaram - o Thematismo Teológico que prevalece muito visível (e foi a razão de ser do vocabulário formal escolhido), da maioria dos principais monumentos europeus: o chamado Património Cultural e Arquitectónico da Europa (que hoje já ninguém entende ou sequer pretende entender!)

Leiam vários posts anteriores (não apenas este link), aprofundem e percebam a razão da visita de Francisco a Havana: o significado e a importância do encontro dos dois responsáveis religiosos...

Neste enquadramento compreendam igualmente a degradação que o nosso Ensino Superior e a Investigação em Arte - como é feita, já conseguiu atingir. Reparem como assuntos fulcrais da Sociedade actual, não interessam a um Ensino que, dia-a-dia, tudo faz para se «inferiorizar»!

E nas nossas circunstâncias - já que os grandes eventos tocam todos - pode-se perguntar: Quando em Portugal a mais antiga Escola de Design entende que o seu futuro se deve focar na destruição do seu próprio passado, possivelmente está a apostar no seu aniquilamento? Será???

**https://en.wiktionary.org/wiki/ecclesia#English


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