Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
30
Set 18
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

Império dos Altares - Açores

Império dos Altares-Açores.jpg

 
Imagem (acima) vinda de 'Em Louvor do Divino Espírito Santo', por Francisco Ernesto Oliveira Martins. INCM Lisboa 1983.
Quando nos apercebemos que muitas obras da Arquitectura Religiosa, mas sobretudo alguns Solares, vários edifícios Públicos, como os Tribunais e locais de Administração da Justiça (Prisões). E as Sedes dos Municípios (edifício da Câmara Municipal), e os fontanários; ou também outras obras edificadas para o serviço público (ainda jazigos familiares e as capelas cemiteriais públicas), todos tinham formas semelhantes às do Palácio de Monserrate...
Então foi toda uma «outra estória» que pudemos perceber!
Ou seja, os «Revivalismos» - dos séculos XVIII e XIX - como ainda agora são explicados pelos Historiadores de Arte, caíram por terra.
Mais, como José Manuel Carneiro explicou, sobre o Palácio da Pena (durante a defesa da sua Tese de Mestrado na FLUL - a que assistimos), para si, nesse antigo Convento que D. Fernando II remodelou para Palácio/Casa de Vilegiatura Real, aí foram incluídas soluções e fórmulas que o levaram a falar de Teosofia.
Mais uma vez o assunto é imenso e complexo, mas, em nossa opinião, não houve apenas o espírito romântico. Nem a ser esta postura/ideologia a única capaz de explicar muitas das soluções arquitectónicas que, são afinal uma adopção, nítida, das «fórmulas mais tradicionais» da arquitectura cristã (em especial as medievais).

E se isto é menos visível em Lisboa - marcada pela reconstrução pombalina (onde mesmo assim se encontram alguns exemplos tipicamente do formulário cristão); já no Porto é muitíssimo mais marcado, e notório, em especial na zona que a UNESCO incluiu na Lista do Património Mundial.

LivroA.Quadros.jpg

Neste último caso, a imagem é a capa de um livro de António Quadros, rodada, para que se leia/veja bem a atenção que dedicou aos chamados Impérios do Espírito Santo.

Um culto - ao Espírito Santo - que perdurou em Portugal, em especial na Ilha Terceira, dos Açores. E cuja designação (a da Ilha açoriana), pretendeu desde o inicio ser referência à Terceira Pessoa trinitária.

Talvez muitos lamentem que tenhamos encontrado aquilo que em toda a sua vida A. Quadros procurou, porém, as nossas desculpas: pois nunca andámos atrás de arquétipos, muito menos do oculto ou de «secretismos»...

Foi um grande azar nosso, ter tido uma orientadora ( Maria João Baptista Neto) «tão curiosa» que, não largou, até (2002) a sua questão das "Origens do Gótico".

Apenas desistiu do assunto quando lhe demos a solução para aquilo que era "a sua demanda"!

Enfim, pode-se dizer, demanda que era afinal a mesma de António Quadros, só que, começou a caminhada e o questionamento por um ponto de partida diferente. Ele pelos «arquétipos e mistérios», ela por essa coisa hiper-longínqua que foram as Origens do Gótico*

O mesmo ponto (ou o questionamento) que depois nos impôs, e que, por conhecermos um pouco da obra e das ideias de António Quadros - e através dele de algumas questões da Filosofia Portuguesa colocadas por Pinharanda Gomes, concretamente a questão do Filioque -, logo em 2002 lhe transmitimos uma série de informações.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*Um Património (cultural/religioso) dos Godos, que foram cristianizados, nas fronteiras do Império Romano, por Ário - como está explicado desde desde 2004 no nosso trabalho (publicado) dedicado a Monserrate.


10
Dez 16
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

castigos para os Professores, como «lavar escadas»...

 

É verdade já se chegou a este nível de ameaças! Porquê, por uma descoberta científica que a nós muito nos honra... Um ponto de que não tencionamos sair, ou abdicar!

Enfim, passados 11 anos de negação nas ajudas e apoios que eram necessários para terminar um doutoramento, já se está agora a definir o que pode ser digno ou indigno*: as tarefas que o professor não pode recusar sob pena de ser despedido. E tudo isto porque Monserrate, de obra dos séculos XVIII e XIX - contemporânea de William Morris e do que em Portugal se pode estudar, ao vivo, e saber sobre a época (victorian) em que o Design nasceu; Monserrate também se tornou para nós (fruto da qualidade da orientação duma investigação**) em fonte de informações sobre as origens do Gótico. Matéria que aliás está em alguns livros e artigos científicos, bem interessantes, quando atribuem ao victorian a reputação de ser um estilo capaz de dar informações...

O Gótico, i. e., o estilo cuja origem longínqua é atribuída ao Arianismo dos povos Godos, e à sua incompreensão ou (não-) aceitação da trindade cristã, como escrevemos em Monserrate uma Nova História.

O Estilo que, depois de esclarecida a maneira como nasceram as formas abstractas da Arquitectura antiga, e como estão relacionadas com dogmas de fé; depois de compreendido esse processo - da passagem de ideias a imagens que chamamos Ideogramas (e não é só o Arco Quebrado); como do processo de formação deste arco, por analogia com casos semelhantes, mas não tão notórios, permite entender algumas (ou muitas mais?) outras imagens iconoteológicas do cristianismo: formas que assim passam a ser compreensíveis, e discerníveis, dos fundos em que se vêem, nas obras em que foram aplicadas... 

Mas, desligando agora desses conteúdos da investigação científica - feitos em prol duma instituição em nome da qual trabalhámos (e não estando esta disponível para compreender ou aceitar os resultados e as vantagens cientificas da mesma); assim, e como já prometido dezenas ou centenas de vezes, aqui fica mais esta réplica. Nós não nos vamos calar: Quem não deve não teme! Mesmo que empurrada para os calabouços (todos os que quiserem inventar), pois há-de ficar clara a forma tão digna como as instituições de Ensino Superior fazem investigação, e têm lidado com esta situação.

Esta é aliás uma Cena que, fica muitíssimo bem, exactamente hoje, quando Frederico Lourenço um eruditíssimo professor universitário recebeu o Prémio Pessoa. Alguém que se atreveu a remar contra a maré da ignorância e do laicismo nesta sociedade que, independente daquilo em que acredita, pretende apagar e negar as origens históricas; cujas marcas (visuais) estando em toda a parte, são ainda chamadas Arte...***

Mais, nós - para ajudar a dita Escola a superar a situação trágico-cómica em que se conseguiu enfiar - por nós prometemos que lhes vamos arranjar «um espacinho», para todos os intervenientes ficarem na foto! A retratar assim, na sua melhor pose a melhor Escola de Design... 

E a investigação que permite (ou a que compreende!) feita pelos seus docentes...

MJN-Viagem de Thomas PITT.jpg

(amplie aqui)

MJN-Viagem de Thomas PITT-2.jpg

(e aqui)

*É aliás bastante interessante a dita definição. Como se as escadas não pudessem ser limpas ou lavadas por gente honesta, como se essa tarefa acarretasse automaticamente alguma indignidade? Até parecendo que a verdadeira indignidade não está em ser «doutorado em nada»? Em ser o autor, desonesto, de uma tese que ainda agora, 15 anos depois, quando todas as teses são mais curtas e mais desinteressantes, é ainda absolutamente vergonhosa? Por não ter uma frase que faça sentido, por não conter uma ideia sólida ou firme, com a qual outras se articulem...? Cerca de 180 pp. de um vazio total, que acabam numas listinhas que ainda um dia vamos aqui abordar.

**A tal que nos fez chegar às Origens do Gótico, como era forçoso acontecer, para a orientadora «não morrer» de tédio científico: quem desde cedo não viu outro assunto em Monserrate a não ser este, mas que..., descoberta a questão a deixou cair. Ler acima, um excerto da sua Introdução às Observações de uma Viagem a Portugal e Espanha  (1760), por Thomas Pitt. Escrito por Maria João Baptista Neto em 2004, quando nós estávamos a terminar as mais de 300 pp de um mestrado (que além de hoje ser superior a um normal doutoramento, como nos disse FABP...) teve também o grandressíssimo «inconveniente» de ter conseguido trazer à luz, no Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras de Lisboa um conjunto de informações que eram absolutamente impensáveis...

Mas que agora, e com o apoio de quem nos quer mandar «lavar escadas» há-de assumir as suas responsabilidades: porque os tédios científicos, ou os sonhos de grandeza, se assumem com responsabilidade, à altura desses sonhos...

***Frederico Lourenço traduziu para português a Bíblia de que Marie-Françoise Baslez diz ter sido feita, em Alexandria, "... pour les amis du savoir".


06
Dez 16
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

... inter-translatabilidade

 

Saberemos algum dia pronunciar esta palavra feita de partes significantes, aglutinadas, que remetem para aquilo que descobrimos em sucessivas «catadupas» desde 2002?

Em que - como nos ia dizendo a colega que mais nos impulsionou e nunca deixou de motivar para uma temática que em Portugal é absolutamente fora da caixa; em que como dizia ela, cada cavadela era uma minhoca; cada tiro um melro.

Será próprio duma Escola de Design, a melhor de Portugal, contrariar e querer-se manter absolutamente alheada das descobertas que fomos informando estar a conseguir; nas investigações que desenvolvemos, sobretudo em estudos de doutoramento que eram altamente complexos e promissores?  

Será próprio da melhor Escola de Design, ignorar as informações de uma das suas docentes mais antigas?

Ou é apenas próprio de um carlos mínimo, mesquinho e indigno, que decidiu não aceitar que as imagens pudessem falar? Que só interessasse contá-las. Como quem conta batatas ou bolas, de olhos fechados: sem ver a cor, sem sentir a textura da pele, mas apenas a empurrar os volumes para um balde onde nada se distingue...

Mas numa Escola de Design interessa a alguém explorar ligações entre as imagens e as línguas? Ou as «falas»?

Interessa a alguém que uma Mensagem pudesse ser transmitida por Imagens? E não pelos caracteres gráficos que transformamos em sons (de escritas fonéticas)? Interessa a alguém que uma Imagem seja composta de Ideogramas, ou Pictogramas? Que a Arte seja, ou possa ser, Ideográfica?

Interessa a alguém, sobretudo numa Escola de Design, na melhor de Portugal, que em França, ou na China, se fale de ----»

Inter-translatabilidade? Que lhe façam um Colóquio?

Claro que nós sabemos que na melhor Escola de Design portuguesa, a preferência irá sempre para tudo o que for batatóide. É verdade, não estava nos seus genes... Mas depois contam-se as batatas, e isso é útil.

É ensino... Superior?

Quanto ao resto?, numa Europa que se auto destrói porque perdeu uma boa parte das suas referências - e não nos referimos às crenças, mas às imagens identitárias dos vários e diferentes grupos culturais que a constituem; interessará perceber que uma boa parte desta mesma Europa irá em breve festejar a Encarnação (Natal) já sem perceber nada do que as gerações anteriores lhe deixaram? Do que está num baú - que se chama Inconsciente Colectivo -, que resolveu ignorar?

Será que existem TEORIAS DE DESIGN? Interessa ensiná-las, ou ficamos na Ciência do nosso batatóide?

Por nós - batatas? - preferimos fritas e estaladiças

E que tal revisitar o Design, mais a sua pluridisciplinaridade?


03
Dez 16
publicado por primaluce, às 12:00link do post | comentar

Do primeiro saberão pouco, o Grande é bem mais conhecido

 

Ao estudar Monserrate e a questão que Maria João Neto lhe colou - sobre As Origens do Gótico - vieram ao de cima, para nós que as desconhecíamos, temáticas interessantíssimas. 

Elas explicam a grande maioria das composições visuais, artísticas da Arte do Ocidente, que (também) radicam na obra de Carlos Magno, e na vontade que teve de fazer renascer o antigo Império: no qual os povos germânicos entraram, e tanto contribuíram para o transformar.

Depois dessas descobertas inscrevemo-nos num doutoramento - que era total e absolutamente lógico face ao que se vinha a descobrir - mas que ficou bloqueado, e assim se mantém, às ordens de um carlos mínimo, muito mesquinho, autor de uma tese de doutoramento, que claramente, enobrece a ciência portuguesa. É lê-la...!

Sempre lhe prometemos (ao dito), desde 2008/10, que esta questão não haveria de cair no esquecimento, e tudo continuaremos a fazer, apesar dos contextos tão changeants e instáveis que, por esta mesma questão, continuamos a viver...       

Não é apenas por uma questão de Fé, mas sobretudo porque acreditamos na Ciência, quando feita com honestidade e dignidade. Como também acreditamos que a maioria das habilitações académicas, mais ou menos fraudulentas, terão/têm os dias contados.

E esta é apenas uma questão de tempo.

O que Jacques Le Goff escreveu sobre a Encarnação, tocou-nos há muito, e citámo-lo várias vezes, pelo que pressentiu (ou tão perto que esteve?, e o que informou) das questões da representação visual do Filioque. Incluindo a intervenção de Carlos Magno que veio a marcar linhas, ainda hoje visíveis e notórias na Cultura e na Arte Europeia.

Temas que, como é demasiado irónico, não interessam ao Ensino Superior português...


18
Abr 16
publicado por primaluce, às 11:00link do post | comentar

...

2. As mulheres (mais) pensantes a constituírem «blocos» que fazem mudanças decisivas

 

Isto porque na Internet também se aprende, sobretudo porque são vários os temas que nos interessam.

Depois, porque como é sabido, ficaram para a História muitas mulheres ('sages') que levaram a mudanças. Como aconteceu com a Mãe de Constantino - Helena; com a Mãe do que foi Bispo de Hipona e está adequadamente retratado por Piero della Francesca no MNAA (com um manto repleto de cenas edificantes, algumas «encenadas» com arcadas e edículas). Chamava-se Mónica: Santa Mónica, foi a Mãe de Santo Agostinho. Como era ainda a Mulher de Clóvis ou Clodoveu: Clotilde terá sido uma peça fundamental na História de França (país que nasceu desde logo associado ao Catolicismo e não ao Arianismo, de que muito cedo a França se distanciou*). E como foi, por exemplo também Genoveva, que é a Padroeira de Paris, celebrando-se a sua festa em Janeiro.

Mas estes são casos conhecidos de todos, bastando uma pequena pesquisa para logo aparecerem vários outros.

Em Portugal ficou registada, popularmente e divulgada, a história de Santa Isabel, cuja festa se celebra logo depois das festas de Junho (4 de Julho) nalgumas cidades do país. Mas, um dos papéis relevantes que lhe são atribuídos é o da pacificação, muito mais (importante) do que o Milagre das Rosas. Por isso nalguns pontos do país, como por exemplo sucede em Portalegre, Santa Isabel tem também direito a um lugar no mesmo trono (ou «cascata») em que se colocam Santo António, S. João e S. Pedro.

Em resumo, são histórias na História, exemplos de dignidade (a tal sageza, que popularmente se tornou santidade, muitas vezes re-contada pela ordem dos frades menores). Uma Sabedoria que como sabemos era preocupação essencial da igreja**, e que foi reconhecida a quem soube ultrapassar, e depois prevaleceu, acima das circunstâncias que lhes quiseram impor, com o objectivo de passarem a limitar.

Parece portanto que esse tipo de inteligência está de volta (em 1. e, pasme-se, sem sequer se falar de religião!); e as mulheres a serem relembradas como «motores de modernidade» de todos os tempos (em 2, também aqui sem se falar de religião!).   

1.Leaders - não criminosos mas dignos - nas Empresas? Será possível, desejável?

2. Mulheres em blocos decisores de eleições? E, com ironia, por outros perguntamos nós: Como é que se deixa, é possível «tanta aberração»?

Por fim, sobre Santa Isabel, há uma exposição patente no MNAA***

Bispo_Hipona

(clic para legenda)

~~~~~~~~~~~~~~

*É aqui, na Conversão ao Catolicismo de Clóvis, e depois com Carlos Magno, que a questão do Filioque se torna mais relevante. Ficando vivíssima para a história, durante séculos: estando inclusivamente por detrás dos Góticos Tardios e dos Revivalismos do Gótico que se prolongaram, praticamente até ao século XX, sobretudo na Europa do Norte (assunto que já em 2002 levou MJN a questionar-nos...). 

**E que por isso a estruturava, de acordo com toda a metáfora (era a Quilha da Arca) desenvolvida por Hugues de Saint-Victor em torno da Arca de Noé: como imagem/feição/função da Igreja Românico-Gótica (de que foi o Arquitecto).

***E sobre Santa Isabel de Aragão (e hoje de Portugal), há uma história semelhante à dos Milagres de Ourique, passada com outra Santa Isabel - da Hungria, que foi sua tia-avó. Mas também não esquecemos a Arca da Rainha Santa - talvez uma das mais ricas, pela suas arcadas apologéticas (como lhes chamamos): i. e., pelas edículas que o Aristotelismo que S. Tomás introduziu (ideias que pela sua tradução geométrica moldaram a forma das arcadas) - a insistir num Deus Uno e Trino. "Definição dogmática" que se reforçou e veio a perpetuar-se depois de Trento e da Reforma Romana.


29
Jan 16
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

, portanto, assim fica-se com as costas quentes; depois, com a ajuda de quem veio por bem, e para ficar, a nossa vida irá mudar!

 

Claro que a exposição de Joaquim de Vasconcelos no Mude, nos lembra o que António Quadros tanto referiu e escreveu sobre esse autor, e temas que tratou. 

Claro que passamos a ter condições não para acabar o tal doutoramento, já passou o tempo, mas para escrever uma História que quem mais devia ter ajudado, nem por isso ajudou: Melhor, pelo contrário fez tudo para desajudar.

Digamos só, que, contraditoriamente ao que alguns desses pretendiam, pelo menos, entre esses esteve quem nos deu ideias que não tínhamos, e que, portanto, se não há-de haver tese, pelo menos haverá uma historinha: menor do que a que sempre temeu; mas há-de haver...*

É que estamos nessa, aproveitando para lembrar esse poço de sonhos (e hoje de inspiração) que A. Quadros também foi. Ele que chegou a referir a existência de uma "...escrita ibérica à procura do seu Champollion..."

Concordamos que houve uma escrita, mas não exclusivamente ibérica, e que este tema seria fantástico para atrair estudantes internacionais à escola que fundou. razão para termos escrito várias cartas a dizer isto mesmo. Em que computador, ou arquivo escondido estarão elas? É que em breve vão ser lembradas..

Acrescentamos agora que vale a pena ir ao MUDE, e aí ver um «jugo» de bois, do Museu Infinito de Joaquim de Vasconcelos; para nele encontrar o mesmo padrão que está no túmulo de Egas Moniz. Mas também outros desenhos que foram como símbolos de Deus, e proclamação de Fé.

Museu-Infinito-Jugo de Bois.jpg

Em draft, muito draft: tentativa de reprodução de um jugo de bois - rabiscado à pressa numa agenda

Correspondendo exactamente ao que escreveu Cirilo Wolkmar MACHADO, em Tratado de Arquitectura & Pintura, que a F. C. Gulbenkian publicou em 2002 (e citámos A Propósito de Monserrate...):

“...Os homens começarão no oriente a fazer imagens que erão como nomes ou ieroglifos...” Ver op. cit. p. 254

~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*Talvez mais fácil de ser assimilada e compreendida?

 


21
Jan 16
publicado por primaluce, às 11:00link do post | comentar

Felizmente há pessoas que deixam saudades:

 

Ainda bem que existiram e viveram, porque à sua volta, nas actividades que desempenharam, no bem e na inteligência que divulgaram e espalharam, ficaram referências: verdadeiros modelos e padrões do que é uma cidadania impecável.

Por isso neste momento é impossível esquecer os seus opostos*.

É em memória do melhor que muitos nos deram (leiam, procurem, pois neste blog há várias referências a Nuno Teotónio Pereira - NTP); é em memória de pessoas como ele, que não deixaremos de denunciar os infestantes e nódoas da sociedade em que estamos: malta que está longe de saber o que são comportamentos edificantes, porque é que a Arquitectura é/foi um tropo.

Sobre NTP há muito escrito e reflectido, por isso basta divulgar, para que se possa comparar, opor a, e passar denunciar, a tal militância nefasta e infestante que é tão prejudicial à sociedade (e não parece querer corrigir-se, adoptar os bons exemplos**).

Image0199.JPG

(ampliar)

Image0200.JPG

(ler ampliação)

HomenagemNTP-3.jpg

(ler ampliação)

*É preciso que uns morram para que outros nasçam, mas não nascerem pessoas (se é que são pessoas?!) como os aldrabões que brotam do chão já doutorados, e com quem temos que lidar todos os dias: ignorantes que pagaram os ditos doutoramentos em Universidades do Interior - ou demasiado à Beira-Mar ---» serão de uma qualquer UBI-M? - e que por isso, por exemplo, acharam que a nossa mais do que honestíssima progressão na carreira docente não podia concretizar-se...

Fizeram bem, pois assim se auto-denunciaram!

**A dos que se pautam pela redução da vida às suas posturas ignóbeis...

E em 25 de Janeiro acrescenta-se um Filme vindo da Rádio Renascença, exemplos em que Nuno Teotónio Pereira diz ter-se demarcado do passado, mas nos quais nós vemos a História da Arquitectura a evoluir, e sem perder as suas raízes ou linguagens antigas...


13
Jan 16
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

... fotografar tectos que depois hão-de cair? É certamente a máquina fotográfica, que ao focar essas áreas as destrói? Só pode...

 

Muitos concordam, de certeza, com esta última asserção, a qual não é assim tão fácil de aceitar e compreender...

Porque claro que não é a incúria, demorada - pois leva tempo a ser absorvida pelas mentes dos responsáveis -, mas são sim as máquinas fotográficas, elas próprias as verdadeiras e grandes destruidoras de um Património Cultural que os Autarcas e responsáveis do Poder Central preferem sempre ignorar?

Sem dúvida, claro que são as máquinas fotográficas de quem aprendeu a diagnosticar o estado de conservação e as patologias construtivas, que quando apontam para alguma dessas patologias, são logo elas que danificam os estuques; que os enchem de água e que os fazem apodrecer; assim como às madeiras que os suportam.

Definitivamente são essas «ferramentas captadoras de imagens» as grandes maléficas que destroem os valores arquitectónicos, patrimoniais.

Tudo razões para que devesse ser proibido fotografar qualquer obra que esteja periclitante, e a um passo de ruir...

Image0195.JPG

Ampliar aqui

ou aqui, conforme lhe der mais jeito

É a página de um estudo dedicado ao Palácio de Monserrate, que fizemos há mais de 30 anos, e onde se pode ver um tecto de estuque da autoria de Domingos Meira: trabalho que se perdeu (por ter sido fotografado, claro, idem, também sem qualquer dúvida!).

Em baixo uma outra fotografia nossa que inexplicavelmente (?) foi aparecer num trabalho de Marta Ribeiro feito em 2014*, e dedicado aos Sarcófagos Etruscos que Francis Cook  adquiriu para a «Capela de Monserrate».

E agora, anos e anos depois, e ainda sem nenhuma ironia, será que também em Portalegre, no Palácio Amarelo, nunca deveríamos ter fotografado alguns dos seus tectos mais bonitos e valiosos? Será que o movimento ou impulso (quase inconsciente) de fotografar, é de imediato um processo de diagnóstico: uma denúncia da ruína que vai acontecer?Quiçá o movimento originador de um micro-sismo?

Por muito ou pouco que possa ser ?, por nós continuaremos a trilhar os caminhos em que há anos estamos, por vontade própria, mesmo que uns calões muito pouco honestos tenham decidido boicotar e destruir os nossos trabalhos. Acontecendo que as horas da verdade estão cada vez mais perto:

Felizmente!

~~~~~~~~

*Nesse trabalho ver a fig. 39, na p. 95


08
Jan 16
publicado por primaluce, às 16:00link do post | comentar

... lembrando que não se há-de calar

 

Depois, noutra oportunidade acrescentaremos algum comentário, ficando duas páginas de uma revista do SPGL, certamente posterior a Agosto de 2001*, que, obviamente, guardámos:

aNTÓNIOhESPANHA.JPG

(para melhor leitura)

aNTÓNIOhESPANHA-2.jpg

(para ler melhor - idem - opte por este tamanho)

Note-se que António Manuel Hespanha nasceu em 1945 - i. e., nem uma década nos separa, e o seu CV está disponível em: https://sites.google.com/site/antoniomanuelhespanha/home/curriculum-vitae.

A lição que há muito retirámos - para além dos bandos (e bandidos, acrescenta-se) que refere no seu artigo, dedicado a uma história do futuro - tem a ver com o mestrado que nunca deveríamos ter feito (apesar das imensas vantagens que nos deu...). E que, também, nem sequer deveríamos ter «tentado» o doutoramento, com o objectivo claro de aprofundar os materiais e as temáticas extraordinárias que fomos percorrendo e obtendo. Como sabemos, nalguns casos o Ensino que se diz Superior está a saque e os sucessivos Ministérios, a FCT ou a Agência A3ES, são cúmplices que não corrigem nem denunciam a gravidade da situação.

~~~~~~~~~~

*Um Verão repleto de «disparates» que assim dirigiu os nossos passos para o Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras.

E pensando em Historiadores, seria interessante, porque não?, pôr a par algumas incompreensões de Maria João Baptista Neto e as de M. Beryl Smalley, relativamente à «Estética Medieval» versus alguns escritos de Hugh of St Victor. A ver vamos, pois assim a nossa orientadora poderia perceber que não é caso único. Ou também, daria razão a Henri De Lubac e M.-D. Chenu, poderia enfim compreender como algumas lógicas medievais eram tão simples, «quase infantis».


29
Dez 15
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

Sim, pobres coitados que nós todos somos, quando vamos pondo tudo dentro de uma única Caixinha, sem mais hipóteses...?

 

A arquitectura foi muita «coisa», inclusive "Machina memorialis" como tão bem provou Mary Carruthers.

Émile Mâle também colocou exactamente esta questão, embora de outra maneira bem diferente, referindo-se a uma materialização da Bíblia, que ficou concretizada nas formas arquitectónicas.

Quando agora todos nós escrevemos muito menos - o que desde as nossas 1ªs classes (i. e., desde os 6-8 anos de idade) sempre foi um modo de memorizar; quando agora retiramos da frente (dos olhos) muitas das coisas de que nos devíamos lembrar, e portanto se aplica o "Longe da Vista: longe do Coração!"...

Sim, com estas técnicas nossas contemporâneas de tudo ir desmaterializando - e apetecia meter aqui, agora, a Quilha da Arca de Noé...* - deste modo, é verdade que está tudo dentro de uma única caixinha (arrumadíssimo é verdade), a qual, se nos falhar, também nos leva tudo!

Memórias? Cadê? Psssssss...,

Evaporaram-se!

E o que podem ter a ver as Neurociencias, "avec:

L’évolution de nos bureaux"?

Depois, e como prova de que o ensino (e a memória) sempre precisou de imagens e diferentes «materiais didácticos», o link acima levou-nos a produções de outros autores (que não nossas), ajudando a pensar no que se anda a fazer. Neste mundo novo que andamos a desenhar/criar:

Assim, claro que esta é uma questão de Design..., e da Memória

~~~~~~~~~~~~~~

*Vinha mesmo a propósito este assunto, que é aliás bem divertido:

Já que Maria João Baptista Neto ficou muito zangada por termos aludido a essa machina memorialis (ou metáfora - a dita Quilha) na nossa tese sobre Monserrate, tendo chegado ao ponto de «nos corrigir». Ora quem ler James Murphy e o Restauro do Mosteiro de Santa Maria da Vitória no Século XIX, da autoria de Maria João Baptista Neto, Editorial Estampa, Lisboa, 1997, lá encontrará, nas pp. 26 e 38, a referência a essa Quilha. E, acontece que a mesma já foi objecto de estudos (só) um pouco mais eruditos do que os de Maria João Baptista Neto. Aqui, não desfazendo, claro! Até porque aprendemos imenso com essa Professora (que fez um transporte de informações, em minha opinião fabuloso, e do qual, agora, estará arrependida?), e apenas o IADE, entre «outros», quer continuar a esconder este facto!


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