Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
08
Jun 18
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

,,,, como escreveu Rudolph Arnheim, fonte do conhecimento?

Então aproveitem, passem por lá. Mas atenção que não é na Casa das Artes, é outra!

Por fim uma pergunta que se impõe:

Há paciência para gente que acorda tão tarde? Ou ainda que acha que pôr à porta uns dizeres, que isso lhes confere uma outra ou nova personalidade?


22
Mai 18
publicado por primaluce, às 12:00link do post | comentar

... como sabemos alguns Historiadores «adoraram», verdadeiramente, esta expressão.

 

É mesmo, e por tudo e por nada lá vinham eles com as "Viagens das Formas".

Não sabiam onde as formas tinham nascido, nem como, nem porquê? E se, nem de onde vinham nem para onde foram, algum dia - ou já agora há que lhes perguntar se se terão interrogado sobre esta questão? É que o certo, é que lá vinham eles, sempre, repetindo essa expressão que veio, pensamos nós, dos autores franceses?

Terá sido de Focillon...?

Não sabemos, mas achamos divertido ver como as coisas vão «funcionando», e continuam. Só que, actualmente, a poder pôr a dita expressão num motor de busca, e é mesmo muito engraçado ver os resultados que aparecem.

Pois lá estão os títulos de alguns livros, já que por aqui, em Portugal, tudo se absorve muito (acriticamente) e assim se repete, e repete, e repete, até à náusea...

Sobretudo se vier de fora! Sem um questionamento, sem uma pergunta, sem nada! Porque a realidade é imutável (pensam eles!)..., e repetem, e repetem, e repetem...

Como se, atavicamente agarrados ao seu próprio inconsciente (muito próprio e muito individual mas que se torna colectivo), eles se dissessem: "...deram-nos assim, é a Ogiva! Porque havemos de contestar, questionar ou perguntar alguma coisa, se assim está tão benzinho?..."

focillon-o GÓTICO.jpg(índice de H. Focillon, A Arte do Ocidente)

 

Mais, completando a ideia, é sabido que aqui, em Portugal, é proibido inovar!

Sobretudo se for numa escola de design...

Sobretudo se for um arquitecto a explicar como se combinaram e compuseram imagens que depois foram ideogramas;

Sobretudo se for uma professora a leccionar há mais de 40 anos nessa mesma escola...!

 

Sabemo-lo bem, já que os nossos esforços para difundir e interessar outros por uma questão que é interessantíssima - e precisa de ser estudada com mais recursos e mais pessoas (investigadores) -, têm tido zero frutos.

E se começou nos estudos de um mestrado, continuou na Faculdade de Belas-Artes, com Fernando António Baptista Pereira a considerar que todos os seus assuntos eram sempre mais importantes do que os temas dos nossos estudos, ou do que o apoio que era suposto ele como orientador dar a uma orientanda... (porém, gabando-se que tinha dezenas de orientandos...)

Dizem-nos: "que é da Inveja..." - talvez? (é o que temos que responder)

Só que agora o Casamento Real trouxe para as redes sociais, de novo, algumas Tiaras. Sendo que há uma que a Rainha de Inglaterra tem usado em várias ocasiões, e que tem a mesma iconografia que se pode ver na Arquitectura e na Tumulária*:

Imagem de génese Iconoteológica, que foi sinal de união ao divino; ou, dito por outras palavras: a tradução em imagens (e numa época) do direito divino do poder real**.

Imagem que se transformou em padrão a partir do fim do século XI e início do século XII, tendo depois dado origem ao arco quebrado como bem explicou Juan Caramuel de Lobkowitz.

Imagem que nos foi essencial para perceber a origem da Mandorla, e como esta surgiu para traduzir o conceito cristão do Filioque.  Conceito que por exemplo a separação, ou o Cisma Luterano, não fez mais do que reforçar, na senda de uma defesa que já Carlos Magno fizera, impondo o Filioque à própria Igreja, ele que foi «mais papista que o papa»***. 

A peça que é conhecida como The Grand Duchess Vladimir Tiara  terá sido comprada pela Queen Mary em 1921. Isabel II herdou-a.Rainha Inglaterra- Andy Wharol-FS-II_334.jpg

Tem exactamente a mesma iconografia que o túmulo de Egas Moniz, a qual seguindo Owen Jones e a sua Grammar of Ornament, essa Iconografia é de origem bizantina. Será?

tombe-EgasMoniz.jpg

(desenho do túmulo de Egas Moniz, in António Feliciano de Castilho, Quadros Históricos de Portugal, Lisboa 1838)

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*Desde a casa de Marques da Silva no Porto, a várias antigas "mansões" da Av. da Liberdade, e recuando até ao Túmulo de Egas Moniz onde vimos a imagem pela primeira vez.

**É uma questão antropológica claríssima...

***Se Carlos Magno se impôs ao Império como Protector da Igreja (principal instituição do Império), ele próprio foi, como repetidamente é lembrado, descendente dos antigos invasores. Mas também por isso, criador de uma nova realidade, em que o eixo de Poder, na Europa, se deslocou para Norte; uma «nova geografia» que a divisão luterana veio mais tarde reforçar e dar-lhe continuidade. Enfim, depois do Concílio de Trento vê-se a Europa dividida, o que teve a maior expressão na Arte. Concretamente na arquitectura e no chamado revivalismo do Estilo Gótico.  O estilo que se fez renascer para marcar, o máximo possível, as diferenças entre os apoiantes (e os não-apoiantes) da Reforma. Com os Protestantes a reclamarem serem os verdadeiros cristãos (dada a sua postura de exigência, como fez Lutero, e por exemplo o Pe  Carreira das Neves evidenciou...). Contra os apoiantes da Contra-Reforma de Roma, a quererem evidenciar que continuavam a usar o Estilo dos primeiros Imperadores cristãos (os que levaram à oficialização do cristianismo): i. e., o estilo que é por isso chamado Paleocristão.


06
Dez 16
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

... inter-translatabilidade

 

Saberemos algum dia pronunciar esta palavra feita de partes significantes, aglutinadas, que remetem para aquilo que descobrimos em sucessivas «catadupas» desde 2002?

Em que - como nos ia dizendo a colega que mais nos impulsionou e nunca deixou de motivar para uma temática que em Portugal é absolutamente fora da caixa; em que como dizia ela, cada cavadela era uma minhoca; cada tiro um melro.

Será próprio duma Escola de Design, a melhor de Portugal, contrariar e querer-se manter absolutamente alheada das descobertas que fomos informando estar a conseguir; nas investigações que desenvolvemos, sobretudo em estudos de doutoramento que eram altamente complexos e promissores?  

Será próprio da melhor Escola de Design, ignorar as informações de uma das suas docentes mais antigas?

Ou é apenas próprio de um carlos mínimo, mesquinho e indigno, que decidiu não aceitar que as imagens pudessem falar? Que só interessasse contá-las. Como quem conta batatas ou bolas, de olhos fechados: sem ver a cor, sem sentir a textura da pele, mas apenas a empurrar os volumes para um balde onde nada se distingue...

Mas numa Escola de Design interessa a alguém explorar ligações entre as imagens e as línguas? Ou as «falas»?

Interessa a alguém que uma Mensagem pudesse ser transmitida por Imagens? E não pelos caracteres gráficos que transformamos em sons (de escritas fonéticas)? Interessa a alguém que uma Imagem seja composta de Ideogramas, ou Pictogramas? Que a Arte seja, ou possa ser, Ideográfica?

Interessa a alguém, sobretudo numa Escola de Design, na melhor de Portugal, que em França, ou na China, se fale de ----»

Inter-translatabilidade? Que lhe façam um Colóquio?

Claro que nós sabemos que na melhor Escola de Design portuguesa, a preferência irá sempre para tudo o que for batatóide. É verdade, não estava nos seus genes... Mas depois contam-se as batatas, e isso é útil.

É ensino... Superior?

Quanto ao resto?, numa Europa que se auto destrói porque perdeu uma boa parte das suas referências - e não nos referimos às crenças, mas às imagens identitárias dos vários e diferentes grupos culturais que a constituem; interessará perceber que uma boa parte desta mesma Europa irá em breve festejar a Encarnação (Natal) já sem perceber nada do que as gerações anteriores lhe deixaram? Do que está num baú - que se chama Inconsciente Colectivo -, que resolveu ignorar?

Será que existem TEORIAS DE DESIGN? Interessa ensiná-las, ou ficamos na Ciência do nosso batatóide?

Por nós - batatas? - preferimos fritas e estaladiças

E que tal revisitar o Design, mais a sua pluridisciplinaridade?


03
Dez 16
publicado por primaluce, às 12:00link do post | comentar

Do primeiro saberão pouco, o Grande é bem mais conhecido

 

Ao estudar Monserrate e a questão que Maria João Neto lhe colou - sobre As Origens do Gótico - vieram ao de cima, para nós que as desconhecíamos, temáticas interessantíssimas. 

Elas explicam a grande maioria das composições visuais, artísticas da Arte do Ocidente, que (também) radicam na obra de Carlos Magno, e na vontade que teve de fazer renascer o antigo Império: no qual os povos germânicos entraram, e tanto contribuíram para o transformar.

Depois dessas descobertas inscrevemo-nos num doutoramento - que era total e absolutamente lógico face ao que se vinha a descobrir - mas que ficou bloqueado, e assim se mantém, às ordens de um carlos mínimo, muito mesquinho, autor de uma tese de doutoramento, que claramente, enobrece a ciência portuguesa. É lê-la...!

Sempre lhe prometemos (ao dito), desde 2008/10, que esta questão não haveria de cair no esquecimento, e tudo continuaremos a fazer, apesar dos contextos tão changeants e instáveis que, por esta mesma questão, continuamos a viver...       

Não é apenas por uma questão de Fé, mas sobretudo porque acreditamos na Ciência, quando feita com honestidade e dignidade. Como também acreditamos que a maioria das habilitações académicas, mais ou menos fraudulentas, terão/têm os dias contados.

E esta é apenas uma questão de tempo.

O que Jacques Le Goff escreveu sobre a Encarnação, tocou-nos há muito, e citámo-lo várias vezes, pelo que pressentiu (ou tão perto que esteve?, e o que informou) das questões da representação visual do Filioque. Incluindo a intervenção de Carlos Magno que veio a marcar linhas, ainda hoje visíveis e notórias na Cultura e na Arte Europeia.

Temas que, como é demasiado irónico, não interessam ao Ensino Superior português...


23
Out 16
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

... por tanta bondade. Genuína (mesmo sem ironia!) e na sua melhor expressão.

 

Quem sabe como se forma a palavra símbolo, e depois simbolicamente - o advérbio de modo; então esse alguém também sabe de diálogos e de diacronias. Do que se diferencia e agita, e parece querer baralhar exprimindo-se por um simples di, ou dia (feito prefixo há séculos ou há milénios?).

Ou seja, o diabo (diábolo, diabinhos, etc.) não existe. E se há muitos - tantos ou imensas pessoas (o que é um número e uma óptima questão para ser definida pelo «sujeitinho« da quantidade de informação!); é que se há inúmeras pessoas que nas suas vidas vão tentando encontrar, e procurando Deus, mais as provas físicas e positivas da sua existência, então (mas isto é para nós) faz ainda menor sentido que haja quem queira expulsar demónios, ou fazer exorcismos...

É assim que pensamos, à luz de primaluce: para nós diabo é um prefixo, acrescentado a um bolo. Um prefixo que significa a falta de convergência, a des-sintonia, a divisão, a baralhação... (como acontece com sincronia e diacronia).

E se existe a vontade de alguém em criar tudo isso, pode não ser apenas uma pessoa, mas um conjunto bem orquestrado (por quem?).

Veja-se Maria João Baptista Neto a publicar livros com base no nosso Monserrate, a cuja génese mais do que assistiu, pois guiou, intrometeu-se como lhe competia, e aqui e ali fez bem. E também fez mal, e teve dores (no fundo do braço), querendo continuar a fazer o maior mal.

Que continue, deseja-se imenso êxito!

Fernando António Baptista Pereira, idem aspas, fez imenso bem, pôs-nos questões interessantes e óptimas, e também fez questão de se portar vergonhosamente.

Dele temos vária correspondência, onde ressalta, nas últimas mensagens de 2012 a promessa que iria ler o nosso trabalho: diferentes, porém convergentes (quantos?) documentos que lhe fomos entregando desde 2006 (e que segundo afirmou em 2012, ainda não tinha tido tempo para ler...) Desde ou a partir de 2006, quando 30 anos depois regressámos a Belas-Artes, que entretanto deixara de se chamar Escola Superior - a que frequentámos até Dez. 1976, quando acabámos a licenciatura, e que passou depois a ser Faculdade.

Temos depois o IADE, a nossa instituição a cujos quadros pertencemos desde 1976. E onde em 2008, por isso mesmo, por razões que sempre soubemos serem mais afectivas do que de ordem racional; em Junho de 2008 - e, SIMBOLICAMENTE, a coincidir com o dia em que deixou de estar presente, e foi substituída, a primeira administração: que tinha fundado o IADE! Nesse belo dia, que o foi como bem nos lembramos, a editora Livros Horizonte lançava o nosso estudo sobre Monserrate, com o titulo uma Nova História.

Titulo que resultou de várias conversas com Rogério Mendes de Moura, o editor que me deu o imenso prazer de publicar o meu estudo, praticamente sem alterações, mas acrescido das «revisões» (que não eram fáceis) mas tiveram a máxima qualidade.

Diabinhos é da nossa gíria - pois não há que acreditar no diabo. Aqui há antes um Deo Gratias como está no título, embora haja e continue a haver uma «maltosa concertada», cada um deles com os seus objectivos, a retirar do nosso trabalho:

Maria João Neto, a aproveitar e a reciclar ao máximo, tudo o que ficou no IHA da FLUL, julgando que eu morri? E como se faz na Cortiça ou no Porco, a não querer desperdiçar um só mg!

Fernando António Baptista Pereira, sempre sem tempo, terá tido pavor que fizéssemos uma História da Arte como (graças a Deus nos disse várias vezes e) repetiu vezes sem conta... Só ele sabe do que vai na sua mente! Por mim, os elogios, de me dizer que estava a querer fazer uma História da Arte, acho que já ficaram agradecidos?

No IADE - o  Carlos Duarte, sabendo do «valor imenso» das suas teses, como elas são lógicas e evidentes; também dos nossos anos de casa e a experiência profissional que temos, fez então o favor de também ter os seus (dele) «pavores»:

Que conseguíssemos acabar o Doutoramento! Que depois de um Mestrado para o qual o IADE nos deu a correspondente dispensa sabática, completássemos um Doutoramento que - e depois de publicado o mestrado, se aquilo só é/era um mestrado - então obviamente esse nosso Doutoramento tinha que ser por todos os meios*, impedida de o conseguir concretizar/terminar...

E aqui terminamos nós este post, a exprimir a nossa fé na não existência do Diabo!

Com a certeza de que o que há são palermas medíocres: tão tão tão medíocres (que nem para badalo de sino algum dia eles dariam!).

Palermas iguais aos Secretários de Estado, aos Primeiros Ministros, e aos Ministros-Adjuntos; ou iguais aos Donos de Bancos e Disto Tudo - que não lhes bastando o que têm, fazem o favor de vender a Alma, em público.

Nuínhos (como a Negra Fulô) e o mais despudoradamente que lhes fôr possível, para que se saiba aquilo que verdadeiramente os habita.

Embora sejam corpos e mentes horríveis, ainda bem - i. e., Deo Gratias - por toda a luz que nos deixa ver, e dá a capacidade para distinguir.

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*Diabolicamente?


25
Set 16
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... mas é pergunta que se faça? Querer falar de Carlos Magno e de Alcuíno, nos tempos que correm? Mas isso são matérias que interessam? Que «passem» alguma vez, ou de alguma forma, pela Cultura actual (ou sobretudo pela de uma escola de Design)?

 

São temas em que ninguém pensa, é lixo nos tempos que passam. Que articulação pode ter a Irlanda da Alta Idade Média, ou Alcuin, com a realidade actual? Não é assunto ou tema que venda...não é referência que alguém tenha...

Retórica, respostas para tantas perguntas, se as mesmas pouco interessam!

O melhor de tudo é curtir. Ser prof. da melhor escola de Design, e aí aproveitar - sem mais o que fazer (finalmente gozar a tão adiada dispensa sabática - desde Fev. de 2010) - o que ela tem de melhor.

Onde se sabe, e descobre, quais os materiais com que é preciso lidar - trabalhar. misturar, moldar; materiais, isto é as imagens que as Ideas criaram que vêm dos confins dos tempos...

Muito melhor é ir gozando, sim, no dia-a-dia, a descobrir aqui e ali - e hoje na Biblioteca do IADE, em S. Serlio (Book I-V of 'Tutte L'Oppere D'Architecture et Prospectiva', by Sebastiano Serlio, Translated from the Italian with an Introduction and Commentary by Vaughan Hart and Peter Hicks, Yale University Press, New Haven and London, 1996, concretamente da p. 426) - sucessivas informações, verídicas:

As quais se sobrepõem às mais fantasiadas e ficcionadas das estórias que actualmente se escrevem, inventam ou até vendem imenso (pois são best sellers, apesar dos mais doutos dos Reitores, dessas melhores escolas, e destes temas, compreenderem patavina!).

Como hoje foi encontrar a expressão German Work, obviamente (e mesmo que isso não esteja escrito) associada à fama de Carlos Magno e à sua obra: i. e., ao Renascimento que proporcionou e tem andado esquecido*. Uma expressão encontrada no correr do texto**, e sem quaisquer sublinhados que a ponham a brilhar (ou destaquem), para referir a Arquitecura Gótica. Ou como a mesma foi empregue nalguns tipos de igrejas construidas em Itália***.

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* Ficou para História como o primeiro Imperador descendente dos povos germânicos. Ele que, com todo o apoio que recebeu do Cristianismo/Católico Irlandês, se bateu por questões em que já Clodoveu (Clóvis) tinha tido intervenção. A Irlanda salvou a Civilização Europeia? Sim, depois de Carlos Magno ter ido buscar alguns dos seus melhores... 

** Bem que o diz Vítor Serrão que há que ler, e não apenas os registos encontrados na Torre do Tombo! E quando se lê (tudo o que não tem sido lido) compreende-se muito melhor. Redescobrem-se várias razões, raciocínios e lógicas antigas que explicam mais e melhor a realidade contemporânea. Incluindo, a Crise que se vive nas franjas da Europa, o recrudescer de «certos imperialismos»...

ComoA-Irlanda-200.jpg

*** E hoje - 27.11.2020 - em que revisitámos este post acrescentou-se a imagem acima. Capa de um livro onde "Thomas Cahill tells the story of..." (ver aqui):

"...the story of how Europe evolved from the classical age of Rome to the medieval era. Without Ireland, the transition could not have taken place. Not only did Irish monks and scribes maintain the very record of Western civilization -- copying manuscripts of Greek and Latin writers, both pagan and Christian, while libraries and learning on the continent were forever lost -- they brought their uniquely Irish world-view to the task. As Cahill delightfully illustrates, so much of the liveliness we associate with medieval culture has its roots in Ireland. When the seeds of culture were replanted on the European continent, it was from Ireland that they were germinated."


08
Mar 16
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Ou, dito de outra maneira, será que os «ético-retardatários» e «ético-baralhados» conseguem compreender a graça desta pintura de Grant Wood? Saberão o como e porquê a Ética para alguns sempre foi coisa seriíssima? Como, aliás, tão bem a espelham os retratados...

 

american-gothic-1930.jpg!HalfHD.jpg

(clic para legenda)

Esses recém-bonzinhos (agora muito éticos), que querem passar a destilar ética por todos os poros; gente inqualificável que agora querem aparecer como se não fossem lobos vestidos de cordeiro; alguma vez esses terão adquirido as necessárias informações e as competências para admirarem a composição-síntese de ideias que a obra acima constitui? Já que só percebem de passarinhos a chilrear e desenhos de viagem? Acrescidos dos gráficos de riqueza e prosperidade (Kondratieff) ao longo de séculos para sustentar a ideia - peregrina, e totalmente disparatada... - que «a quantidade de informação» na Arte vem daí? Doutores  (!?) altamente informados para quem a fé (mais a moral ou a tropologia) nunca se relacionaram com a arte, incluindo a literatura? Nem foram centenas de milhares de vezes a sua razão de ser?

Os falsos Éticos e falsíssimos Doutores, e sim verdadeiros Arrivistas, quando traduzem NORMAS DE ÉTICA do inglês e das universidades anglo-saxónicas, não se dão conta que os articulados que estão a propor correspondem exactamente ao contrário daquilo que andaram a praticar durante mais de uma década, e assim a  estragar as vidas dos outros*? Não pensam, não lhes ocorre que para dignificarem essas normas, no mínimo deveriam ser exemplo de alguém cuja acção foi absolutamente consonante com aquilo que agora quer aparecer a defender?

Ou, será que no futuro - para se vir a limpar toda a corrupção que criaram - é normal que os «legisladores» e os proponentes de novas regras de funcionamento de uma qualquer instituição sejam exactamente aqueles que as defraudaram, e fizeram tudo ao contrário do que agora, «limpinhos e lavadinhos de fresco» passaram a defender...?

E há ingénuos que acreditam na bondade/sinceridade destes «novos defensores» da Ética no Ensino Superior?

Mas alguém tenciona, ou quer ter a veleidade de..., pôr raposas velhas a guardar galinhas?

Acrescentado em 10.03.2016 de uma explicação do autor (ler em http://www.wikiart.org/en/grant-wood/american-gothic-1930)  sobre o que de facto quis representar, e como a Ética pode marcar os que a praticam:

“Grant Wood adopted the precise realism of 15th-century northern European artists, but his native Iowa provided the artist with his subject matter. American Gothic depicts a farmer and his spinster daughter posing before their house, whose gabled window and tracery, in the American gothic style, inspired the painting's title. In fact, the models were the painter's sister and their dentist. Wood was accused of creating in this work a satire on the intolerance and rigidity that the insular nature of rural life can produce; he denied the accusation. American Gothic is an image that epitomizes the Puritan ethic and virtues that he believed dignified the Midwestern character.”

Sublinhado nosso, para lembrar que a Ética, é frequentemente (e propositadamente**) confundida com simplicidade (ou até com «saloiice»). Porém, a opção arquitectónica (emblemática) de Grant Wood autor da imagem acima, e aquilo que escreveu sobre ela, apenas nos confirmam a profundidade e a coerência com que alguns povos vivem as suas tradições (incluindo crenças religiosas). Já que o Revivalismo do Gótico (mesmo que nada disto seja ensinado pelos historiadores de Arte...) esteve directamente ligado à Fé dos Povos da Reforma. Porque depois de Trento não só a Europa ficou geográfica e artisticamente marcada pela Reforma e pela Contra-Reforma Romana, como o mesmo se passou em relação às que são chamadas arquitecturas coloniais*** (havendo fronteiras claríssimas). 

Depois, como se prova, há autores informados que sabem disso e o conseguem plasmar, magistralmente, nas suas obras (que compreenderão se para isso tiverem aprendido...)

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*As dos Colegas (que foram vítimas) e as Entidades Instituidoras: de Instituições de Ensino que são verdadeiramente prejudicadas pelos seus comportamentos destruidores...? E que periodicamente é preciso voltar a vendê-las, sem que se consiga sacudir toda essa «lixarada» que trouxeram colada à pele? A corrupção não é apenas apanágio do estado...

**Nós também sabemos que os Chicos-Espertos que aqui tão frequentemente são referidos, esses querem agora passar entre todos os pingos da chuva, como se nunca tivessem visto Água, nem sequer tivessem ouvido falar de Ética! Como se numa escola de Design, os profs doutores da máxima sabedoria que só eles detêm, com 40-50 anos de idade, nunca tivessem ouvido tal palavra?

***Sem que se confundam - pelos que souberem um «poucachinho» quase nada - a arquitectura colonial da América do Norte com a da América do Sul.

Dedicado ao hiper-assíduo visitante, para quem a história da arte e o conhecimento é um estorvo na sua melhor Escola de  Design


04
Mar 16
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Um dos nossos posts mais visitados, mas, infelizmente (para ele) não pelo nosso visitante mais assíduo, sendo visitado como se constata por outros estudiosos de mais valor, e sobretudo movidos por verdadeiro interesse científico*. Esse post que escrevemos em Julho de 2013, e continua a ser objecto de grande curiosidade está em Iconoteologia, com este título:


Quando foi escrito, já estávamos razoável e infelizmente convictos que não íamos poder contar com o nosso Orientador, pois tantas tinham sido as vezes em que, indirectamente, nos mostrou o quanto não estava interessado em constituir qualquer equipa de investigação. Ou como as suas preocupações profissionais estariam sempre à frente das nossas, e até mesmo --------> é este o ponto que se quer relevar, da qualidade da investigação cientifica feita no país.

Já sabemos que dos fracos não reza a história (menos ainda dos desistentes), depois, FABP anos antes -  apesar de uma constante falta de organização e profissionalismo - já nos tinha «presenteado» (melhor dizendo: disponibilizado) com óptimas informações! Como foi por exemplo, o aparecimento do Arco (de volta inteira) e das Abóbadas na Cultura Etrusca.

Mas, e porque em 2012 ainda «iria ler» o que lhe fomos entregando desde 2006, provavelmente também não percebeu a importância, que reportámos, de alguns escritos de Marie-Françoise Baslez em Bible et Histoire.

Seja como fôr, neste lamaçal que é a vida científica portuguesa**, e o que passa (ou não passa para os alunos e para o Conhecimento em geral, que interessa isso?) - os IDEOGRAMAS de Villard de Honnecourt - são o registo do que há muito estava instalado sobre a representação do Céu e da Terra, quer a duas dimensões, quer ainda na tridimensionalidade que a Arquitectura é.

E tal como se transcreveu para o post anterior, seja isso consciente - como fez Tomás Taveira e o expressou - ou inconscientemente (de um «inconsciente colectivo» que, de modo sistemático e organizado não se tem procurado conhecer?!), desde muito antes de Villard de Honnecourt; há milhares de anos que o Céu e os valores a ele associados - até por Platão - constam nas obras Arquitectónicas***.

Sendo que no Gótico (ainda antes do registo e da sumarização anotada/riscada por Villard de Honnecourt no seu caderno), com as Ogivas - ogivas que também foram Órbitas e depois Armilas; então, com as referidas ogivas transformadas em Escada para AUGERE ao Céu; com esta ideia que Hugues de Saint-Victor transmite tão claramente nos desenhos do seu Tratado, depois disso criou-se nos tectos de igrejas e catedrais góticas a enorme apoteose:

o que, conceptualmente (e claro que é só a nossa opinião), é bonito de mais!

Em Assis-CapelaSuperior.jpg

Exemplo de Assis, Capela superior: clic na imagem para legenda sobre anagogia, compromissos e comportamentos éticos (que a religião sempre propagou). É que mesmo que as imagens da Arquitectura (como as que estão acima), ou ainda toda a História da Arte Ocidental - como ficou registado nas Actas de Niceia II, em 787, tenham deixado de ser tropos morais - a verdade é que ninguém pode hoje invocar o desconhecimento da Lei; nem passar a redigir novos códigos para fazer acreditar na sua in-imputabilidade...Devendo acrescentar-se que a Arte como produtora de mnemónicas visuais e metáforas também permite isto que acabámos de escrever: extrapolações e transposições para contextos específicos

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*E para quem, em grande parte este primeiro blog foi feito. Tendo em conta as suas imensas ignorâncias - além de um doutoramento que não lembra um careca (quanto mais a dois...). Esse alguém  a quem, diga-se em abono da verdade, para além de inúmeras cartas enviadas - tudo fizemos para o ajudar a compreender o valor daquilo que descobrimos. Assim como as mais valias, cientificas (potencialmente atractivas de alunos estrangeiros) das sucessivas descobertas que estávamos a fazer.

**E como se é envolvido nele, sem a menor vontade, simplesmente por se ter feito um trabalho honesto...

***Pois trata-se de uma questão Cultural-Antropológica, imensa, que interessaria estudar. Porém, como entre nós Bolonha serviu para dividir em 2 etapas o que antes se chamavam Licenciaturas, passando a chamarem-se Mestrados (e em muitos casos, apesar da mudança de nome, baixando o nível do que eram antes as normais licenciaturas); ou seja, face a estas manipulações redutoras - que alguns doutoramentos provam «chelentemente» (não sendo preciso ir buscar as histórinhas dos próprios para provar que se tratam de «doutoramentos combinados») o nosso ensino dito superior, tornou-se muitíssimo inferior,... Mas este é também o país em que certas instituições (inferiores) são verdadeiras amostras, microcosmos/cadinho que retrata na perfeição o país.

E mesmo sem Império, tudo o que se tem dado à volta dessa Praça, assume a máxima simbologia neste thema!


03
Fev 16
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

Com que idade é que se aprende a ser honesto?

 

É a questão que colocamos, em especial aos calões que desde 2008 (praticamente até Março de 2015), desde então, muito pouco tempo a seguir à publicação do nosso trabalho sobre Monserrate, resolveram fazer negra a vida alheia. Como se não houvesse outras cores, muito menos obscuras - e sobretudo bem mais bonitas - do que aquelas que resolveram aplicar nas suas obras?

Já havia esboços de uma certa negritude desde 2001, que aliás nos levaram à Fac. de Letras de Lisboa e aos estudos que aí pudemos concretizar. Estudos que depois, tal o sucesso que daí retirámos, nos mudaram francamente a vida, embora houvesse esses tais muito desonestos (e recém-chegados), que pretendiam que fosse exactamente o contrário.

Diz o povo que "quem está mal que se mude", ou ainda -"quem tem calos não se mete em apertos".

Mas nenhum desses é ou foi o nosso caso: pois foi quem se mudou para onde já estávamos (25-20 anos antes), que chegou para tomar o lugar, e resolveu incomodar: passar a reclamar direitos que não tinha, construindo artificialmente graus académicos sem bases, apenas "pour épater..."*. Ora esses burgueses, melhor dizendo, verdadeiros burgessos sem substância e espessura, julgam que ser doutor e sentarem-se em cátedras, é algo que se obtém a pontapé, ou como «por dá cá aquela palha»: sem nunca sequer atingirem a destreza e habilidade de um óptimo surfista, que até pode deslizar na perfeição à superfície, mas não vai às raízes de nada...

Ser doutor, e ainda por cima catedrático, começa por exigir uma honestidade radical: i. e., desde a raiz, profunda e coerentemente. Por isso aqui está a resposta colocada em título: Não será do berço, com meses, mas aos 6-10 anos já se tem a noção perfeita e exacta, do que é bem e do que é mal!

E para isso nem é preciso ir à tropa...

Acontece que a Arquitectura, sempre foi um tropo moral: o modelo que levou muitos (e leva ainda hoje) a usarem a palavra edificante.

Por aqui ficamos, lembrando quem nos ensinou a usar (e a pensar com) a palavra tropo

E, ao hiper desonesto que nos obrigou a estas e tantas outras linhas de protesto deseja-se que construa uma mansão cheia de relvas** e arrebiques pirosos, vazios (de significado ou conteúdo, como é); que se rodeie de molduras e portais que lhe confiram a aura científica com que sonha "épater" todos os pobres que, como nós, apenas ambicionam vidinhas normais. Sobretudo que nos dispense das suas Gálas e Glamours, não imponha «musts», onde sonhou «Lounges Preto & Prata»!  

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*E assim auferir aquilo que nunca mereceria, se fizesse os caminhos normais e honestos, que por acaso são bastante mais lentos, pois ninguém honesto se faz catedrático num pufarete (dado o cheirete)...

**Muitas Relvas e mais Relvas à volta, em honra da qualidade dos graus académicos que andou a «tirar»: bónus de detergente...


29
Jan 16
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

, portanto, assim fica-se com as costas quentes; depois, com a ajuda de quem veio por bem, e para ficar, a nossa vida irá mudar!

 

Claro que a exposição de Joaquim de Vasconcelos no Mude, nos lembra o que António Quadros tanto referiu e escreveu sobre esse autor, e temas que tratou. 

Claro que passamos a ter condições não para acabar o tal doutoramento, já passou o tempo, mas para escrever uma História que quem mais devia ter ajudado, nem por isso ajudou: Melhor, pelo contrário fez tudo para desajudar.

Digamos só, que, contraditoriamente ao que alguns desses pretendiam, pelo menos, entre esses esteve quem nos deu ideias que não tínhamos, e que, portanto, se não há-de haver tese, pelo menos haverá uma historinha: menor do que a que sempre temeu; mas há-de haver...*

É que estamos nessa, aproveitando para lembrar esse poço de sonhos (e hoje de inspiração) que A. Quadros também foi. Ele que chegou a referir a existência de uma "...escrita ibérica à procura do seu Champollion..."

Concordamos que houve uma escrita, mas não exclusivamente ibérica, e que este tema seria fantástico para atrair estudantes internacionais à escola que fundou. razão para termos escrito várias cartas a dizer isto mesmo. Em que computador, ou arquivo escondido estarão elas? É que em breve vão ser lembradas..

Acrescentamos agora que vale a pena ir ao MUDE, e aí ver um «jugo» de bois, do Museu Infinito de Joaquim de Vasconcelos; para nele encontrar o mesmo padrão que está no túmulo de Egas Moniz. Mas também outros desenhos que foram como símbolos de Deus, e proclamação de Fé.

Museu-Infinito-Jugo de Bois.jpg

Em draft, muito draft: tentativa de reprodução de um jugo de bois - rabiscado à pressa numa agenda

Correspondendo exactamente ao que escreveu Cirilo Wolkmar MACHADO, em Tratado de Arquitectura & Pintura, que a F. C. Gulbenkian publicou em 2002 (e citámos A Propósito de Monserrate...):

“...Os homens começarão no oriente a fazer imagens que erão como nomes ou ieroglifos...” Ver op. cit. p. 254

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*Talvez mais fácil de ser assimilada e compreendida?

 


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