...como tantas vezes se escreveu neste blog!
Muitos leram os nossos posts e foram temendo pelas nossas informações (e afirmações*).
Na verdade criámo-lo para ir postando aquilo que descobrimos ao estudar Monserrate e que a Universidade (UL e os seus «agentes», quer na FLUL, quer na FBAUL ou ainda na escola onde estamos desde 1976...) terão achado demasiado para alguém que não é historiador da arte.
E assim - como «gentinha» que com as suas posturas se vai fazendo magnânima - decidiram calar-nos e esconder as nossas propostas.
Esconder/silenciar, quem se atreveu a propor novas ideias sobre a génese das formas arquitectónicas; e ainda por cima, com propostas a fazerem uso de noções nascidas no âmbito da comunicação visual!
Porém, há milhares de anos, aconteceu que bem antes da comunicação visual se fazer (como hoje se faz) com base em textos compostos de caracteres alfabéticos - capazes de serem lidos como fonemas -, já essa mesma comunicação se fazia com base em hieróglifos, ou pictogramas. Imagens que, como dizemos, cresceram, «em todas as direcções» e ainda adquiriram tridimensionalidade!
É isto que está na Arquitectura do Ocidente Europeu, concretamente nos estilos Românico e Gótico, que como línguas ideográficas foram razoavelmente eficazes. É o que está também noutros estilos (Renascentistas - Maneirismo, Barroco, ou muito antes, nos estilos muito híbridos - e à procura da sua própria definição, da Antiguidade Tardia...). Estilos que, por exemplo, indo buscar elementos supostos apenas como peças de suporte, transformaram esses elementos essenciais. Transformações que, sabemos, corresponderam a verdadeiras «mudanças linguísticas». Isto é, mudados os contextos cultuais, as novas formas conseguiram substituir, também estruturalmente, as formas antigas: assim, formas pagãs deram origem a correspondentes formas cristãs.
Foi aliás deste modo que surgiu uma arquivolta para substituir uma arquitrave!
Mas estas afirmações são nossas e apenas nossas, que temos visto (e sentido na pele) aquilo que alguns insistem em designar como a máxima vitalidade da Ciência em Portugal
Por isso, cada vez mais, quando nas Estatísticas das visitas aos nossos blogs, o número de visitantes do Brasil (ou de outros países lusófonos), supera o número de visitantes nacionais, claro que isso nos agrada:
Pois se Portugal não quer (e as nossas universidades desprezam) há muito mais mundo que queira!
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*E o corropio de visitas a um certo post sobre Agregados Naturais e Artificiais - metáfora que construímos e cujo principal protagonista, como um barrete, ele enfiou-o na perfeição. Na verdade, o dito (criatura de Deus, pois claro), depois dos maiores desvarios, e das visitas quase quotidianas aos nossos blogs, geralmente mais do que uma vez por dia (como canídeo a marcar o território); enfim, agora lá lhe deram algum sumiço, e a nós descanso!
Pois que vá para outras bandas brandir os seus dotes, e como por aqui se fartou de destruir tudo o que lhe fizesse sombra...