Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
29
Nov 18
publicado por primaluce, às 11:00link do post | comentar

Como mencionar, e exaltar visualmente, as qualidades de alguém:

 

Alguém que era Sábio, que foi Empreendedor, também Guerreiro ou Soldado?

Um nobre, e Infante decidido a dar novos mundos ao mundo? Razão pela qual estudou e se informou, e de se ter rodeado não apenas de pessoas, mas também de uma série de instrumentos (ou «ferramentas científicas») que eram então fundamentais, e que o ajudaram a pensar e a conceber a imensa tarefa que entendeu promover?

Ainda alguém que assumiu por si, a missão de ampliar o mundo conhecido, ou a Cristandade:

A mesma que em tempos mais antigos fora designada "OIKOUMENE", e representada como alguns dizem, por uma imagem - o «T dentro do O» . Uma designação que corresponde à forma como esse mapa - tão sintético e minúsculo - era desenhado *.

Referimo-nos como já podem ter deduzido ao Infante D. Henrique, e essa composição (inteira), já a publicámos há 2 anos, como podem ver aqui.

Acontece que neste post há um outro objectivo:

No excerto que hoje se publica, e por isso estamos a destacá-lo, para ser lido atentamente, o foco principal está, como no título, numa espécie de legenda, que integra a gravura holandesa de que faz parte e estamos a escrever.

"Legenda", ou os recursos visuais (mais ou menos icónicos - como estão visíveis e identificáveis na imagem seguinte), de que a vontade e a necessidade de comunicação sempre se serviram, para aludirem ao objecto ou ao tema central dessa mesma comunicação.

Enfim, e continuando propositadamente a especular sobre a imagem seguinte, reparem como os livros nas prateleiras de uma estante**, assim como os objectos numa vitrine - sem sabermos até como os mesmos são suportados, ou porque não caiem...? (pois é um detalhe irrelevante); reparem portanto como toda esta «tralha» foi disposta na composição para adjectivar a figura do Infante D. Henrique.

PRINCE-HENRY-OF-PORTUGAL-3.jpg

A gravura foi publicada (inteira) no Diário da Manhã, Número Especial Comemorativo da Visita de S.M. a Rainha Isabel II de Inglaterra. Em Lisboa, 23 de Fevereiro de 1957.

E quando acima escrevemos «adjectivar», não nos esquecemos que muitas formas arquitectónicas - exemplo óptimo são as que surgem em túmulos medievais. Porque esse vocabulário visual (arquitectónico) era o equivalente a uma apologética. I. e., para fazer a APOLOGIA de alguém, ou como consta nos dicionários:

Para "louvar, defender ou justificar..." esse protagonista, e os seus feitos valorosos 

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*E sobre a imagem desse mapa (que foi um resumo do mundo, ou um "símbolo fabuloso"?), de certeza que ainda um dia escreveremos... Aqui ou em livro.

**Livros que falam, mas usando uma linguagem que é diferente (até o oposto) das estantes e das bibliotecas de Maria Helena Vieira da Silva.


mais sobre mim
Novembro 2018
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3

4
5
6
7
8
9
10

11
12
13
14
15
17

19
20
22
23
24

25
26
28
30


arquivos
pesquisar neste blog
 
tags

todas as tags

blogs SAPO