Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
07
Ago 14
publicado por primaluce, às 02:00link do post | comentar

Pergunta-se..., já que este parece ser um passo fundamental que a sociedade portuguesa tem que dar!

 

E não, não são os pobres, e mais aqueles que sempre têm pago as CRISES em curso, os que precisam de definir essa NOVA ÉTICA. São as elites que têm que se confrontar com os seus valores e aquilo que têm defendido.

O país está como está - com todos os noticiários a serem alusões aos males da Banca - porque as suas elites se têm demitido...

A estas horas que mais escrever e elencar? Apenas uma das nossas maiores verdades: Não foi para tratar de Ética que se tem feito Primaluce. Estes blogs destinam-se à História da Arquitectura e à História da Arte. À Histiconologia de Laurent Gervereau, à Iconoteologia do Pe. Eugenio Marino...

Pelo meio pode-se lembrar que a Arquitectura teve Edículas e que estas, por Processos Linguísticos que muito poucos têm querido estudar, eram sempre EDIFICANTES.

Mas se pelo meio o temos feito, o nosso principal objectivo era sempre (e continua a ser) o das Primeiras Luzes: a consciência da necessidade de se expor e ensinar aquilo que praticamente ninguém tem entendido sobre o formulário (ou os vocabulários) a que a Arquitectura antiga e tradicional recorreu...

Enfim, a estas horas, ouvidos noticiários e novos balanços de uma crise que está para durar - visto que não é só da Banca (mas de um país inteiro que tem que reconhecer que há demasiadas inverdades, e grandes doses de corrupção) - fica a pergunta: a sociedade portuguesa quer regenerar-se? Sim? Ou, eufemisticamente, assobia para o lado e fala apenas em Regeneração Urbana?

Fingindo que os podres nas urbes, são as madeiras, os metais ferrugentos, os estuques e todas as argamassas. Mais as pedras que se esboroam, as madeiras e as caliças que se esfarelam...

Iremos ter, num futuro próximo, o Banco Bom e o Banco Mau? O Hospital Bom e o Hospital Mau, a Escola Boa e a Escola Má? Há muito que a Justiça devia estar a actuar e a ENSINAR uma NOVA ÉTICA... que esta, a actual, está-se a ver, não mais vem da religião! Se fosse em França viria da República, mas em Portugal «valores republicanos» é coisa de que pouco se fala, embora (como é por demais sabido) este nem seja uma monarquia...     

Pelo que se vê estas questões não preocupam ninguém, pensando todos apenas - se é que pensaram ou pensam, durante a Governação pela Troika e agora no Pós-Troika? - na questão do PREÇO DA JUSTIÇA: se as terras e os lugares pequenos também deveriam ter tribunais*? O que (pela lógica dos que actualmente nos «governam») seria/é um desperdício, concentrando-se os tribunais, apenas, nas cidades maiores. Ora aí está o resultado, do facto de se pensar que a Justiça deve ser só para algumas áreas. Há um país de pantanas - e economicamente no pântano - porque a Justiça «acreditou» que os Banqueiros citadinos (da urbe, da City, de Wall Street) eram todos bonzinhos? Que os bons nomes, e as óptimas marcas, eram impolutos e incorruptíveis.

Por nós vemos ainda, tristemente, que a metáfora de que há muito escrevemos, e lemos nas ruínas**, estava muito mais certa do que se podia imaginar:

Como se as Cidades não fossem também, e este é talvez o melhor dos paradigmas (?), as suas instituições de ensino, onde é urgente haver e dar bons exemplos...

Como se as Cidades não fossem acima de tudo o seu espírito***, o das pessoas (em sociedade) que as gerem e que vivem nessas mesmas cidades?

http://primaluce.blogs.sapo.pt/e-se-a-vontade-de-limpeza-e-201035

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*Percorram o país e vejam onde há Pelourinhos; nestes vejam e analisem a respectiva Iconografia.

Percebam que é a mesma de muitos fontanários, chafarizes e arcarias que tinham como objectivo assinalar a existência do Poder Real. E desse Poder que era o do monarca - considerado de origem divina, leiam o que desde Salomão se tornou num «modelo para o fazer da Justiça»: sob o pórtico rectangular que incluiu no seu palácio. Ver na Bíblia de Jerusalém - Edições Paulinas, 4ª Impressão Agosto de 1989, na p. 517; ou em: 1Reis 7, 7, a descrição do palácio de Salomão e neste o pórtico do trono e o "...chamado pórtico do Julgamento".

**http://ruinarte.blogspot.pt/

http://primaluce.blogs.sapo.pt/102485.html

***Porque isto de espírito (ou psique) tem muito que se lhe diga: desde o título e tema que escolhemos para doutoramento, ao Iluminismo de que, há séculos atrás, alguns governantes e elites se diziam (julgavam e queriam estar?) imbuídos... Aliás, andando para trás, se filosófica e historicamente virmos o que foram o Regalismo e o Iluminismo, estas questões estão lá...

Da destruição do país por Acção, Inacção e Injustiça alguns sabíamos, só que agora já vem nos jornais...

http://primaluce.blogs.sapo.pt/102485.html


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