Uma das questões que nos obrigou a pesquisar as problemáticas religiosas da Península Ibérica, no inicio da Idade Média, foi o Arianismo
(ampliar imagem - fotografada em Moyen Âge en Lumière, por Jacques Dalarun, Fayard)
Por isso, como mostram os registos que a Google Books fez do nosso estudo sobre Monserrate, quando se pede a palavra arianismo, lá aparece, integrada naquilo que escrevemos. Como se vê na imagem seguinte:
Mas, aconteceu que em 2001, i. e., 3 anos antes de termos acabado o curso (mestrado em Arte, Património e Restauro, da FLUL), ou, mesmo quando o começámos, não sabíamos nada sobre o que tinha sido o Arianismo.
Tendo por esse motivo ampliado (de forma quase exponencial), os nossos conhecimentos de história (religiosa), de um período muito especifico, que foi também muito conturbado; e agora dificílimo de resumir (*).
O Arianismo apareceu-nos, quase logo no início desses estudos, porque foi necessário ir procurar o que teria sido o mais característico dos GODOS - Visigodos e Ostrogodos - para terem criado um Estilo Arquitectónico que ficou conhecido como Gótico?
Um estilo que, para cúmulo, os «renascentistas de Roma» não aceitavam; e que só gradualmente lhe reconheceram alguma beleza. Acabando, já perto da época romântica, a adorá-lo. A quererem fazer reviver o estilo que tinham chamado de tedesco, e visto como bárbaro (**).
Por isso, a nossa pergunta para começar a procurar tinha sido: "O que fora o mais característico dos GODOS ?"
Sendo que ao procurar, surgiu-nos a informação de que eram arianos: por terem sido catequizados por Ário.
Assim, e de novo na imagem (seguinte), resultado das muitas pesquisas feitas, como estão sintetizadas no nosso livro (e em google books),
Porém, agora acontece que mais de 20 anos depois, sem apoios, nem centros de estudos, nem reconhecimento da importância histórica da questão - nesta luta permanente que não abandonamos desde 2006 - e apesar de serem estudos universitários pagos pela FCT -, descobrimos (de novo) que ao nosso lado, já havia respostas. E não eram poucas...
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Por fim, do site do Vaticano, sobre o Santo do Dia - que por coincidência, foi um ariano convertido ao catolicismo :
Data 13 abril
O Santo do Dia é uma resenha diária dos Santos guardados na memória da Igreja. Histórias de mestres da vida cristã de todos os tempos que como faróis luminosos orientam o nosso caminho.
S. Hermenegildo, mártir
Ermenegildo era filho do primeiro rei visigodo e ariano da Espanha, no século VI. Porém, casou-se com uma católica e se converteu. Preso em Tarragona, foi assassinado por ordem do seu pai, por rejeitar receber a comunhão por mão de um bispo Ariano. Santo Ermenegildo é Padroeiro da Espanha.
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(*) Um período que agora também não interessa a ninguém, por parecer estar nos confins dos tempos. E um período que Vítor Serrão - o historiador que se auto-intitula operário da memória - resolveu ignorar; mas que as Histórias mais antigas tinham tratado com enorme detalhe. Como sucede no exemplo acima. Uma obra conhecida como História Geral de Portugal, de Mr. De La Clede. História que pertenceu a um parente, portalegrense ilustre:
6 livros (já que nos está a faltar o Tomo I), que afinal, depois de tudo o que andámos a procurar nas mais variadas fontes, em diferentes bibliotecas, estavam em casa da minha mãe, no quarto ao lado do meu, a 5-6 metros da minha cama!
(**) Esta é ainda agora a visão que a História da Arte regista. Porém, e como até hoje, particularmente, nos mostra o caso de S. Hermenegildo, mártir, os bárbaros quiseram ser cristãos. Quiseram integrar-se nos territórios dominados pelo Império Romano. Razão para terem adoptado (inventado) vários sinais visuais, que usavam, como prova dessa vontade.
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Acrescentando-se um link relativo a um artigo (27 pp.) sobre a Inserção do Filioque no Credo Niceno. Para leitura