... é o titulo de uma Acção de formação. Assim chamada, tal e qual: i. e., sem cumprir o acordo ortográfico, porque, deduzimos nós, sabem da importância das palavras enquanto referentes, fixos (e não instáveis), para ajudar a mente a pensar
As nossas razões para levar por diante um doutoramento que – é fácil de perceber, porque é que não podia interessar a ninguém... - daí todas as dificuldades que nos criaram. Essas razões, insiste-se, vão começar a abrir-se e a serem conhecidas.
Naturalmente foi sempre uma questão de tempo, razão porque não desistimos nem deixámos de trabalhar nestas temáticas. Assim conseguimos ampliá-las, de tal maneira que é hoje possível ir dando muitos exemplos, uns soltos e outros até muitíssimo bem inter-articulados, porém, sem conseguir ainda (e sempre, quem sabe?!) delimitar, definitivamente, as referidas áreas científicas.
Ora acontece que, para além do pioneirismo - que só o tempo permite corrigir, e que outros atrás de nós nos vão ajudando com as novas noções e contributos que também eles trazem... - claro que essas nossas ideias e inovações, muito menos podiam interessar a «««doutores catedráticos»»» cujas investiduras/habilitações são tal e qual a história do rei vai nu (contada no post anterior).
Deste modo (e agora deixando para trás toda a «melguice» que nos tem manietado) vê-se como internacionalmente são já muitos os que defendem que a Arte (a antiga, sobretudo essa) está repleta de sinais que respondiam a necessidades mnemotécnicas.
No entanto, e não estando ainda estabilizadas todas as ideias dos vários autores que temos podido ler; ou pelo menos tão estabilizadas quanto estão as nossas ideias. Assim, por nós, vamos adiantando o que podemos, e vamos também defendendo que não é exactamente como têm escrito e apresentado na bibliografia mais divulgada, que temos conhecido.
Claro que concordamos que a ideia das Mnemotécnicas (de Marry Carruthers) e antes dela a Arte da Memória de Frances Yates, são dois contributos extraordinários.
Muito úteis para fazer avançar o conhecimento da História da Arte, e a maneira como há milhares ou há centenas de anos nasceram as formas – ideogramas/invariantes/motivos** – que constituem as referidas obras de Arte antigas.
Assim, e para já, dito sucintamente, defendemos que o vocabulário formal constituinte e integrante das obras de arte, não nasceu apenas (assim "à balda") como formas mnemónicas arbitrárias que alguns tivessem decidido criar.
Do que apreendemos, e hoje defendemos - como aliás se passou connosco (pois experimentámos a situação) - é o cérebro e são os processos de funcionamento do Pensamento Visual que melhor explicam a necessidade de criação de imagens.
Imagens que - num primeiro momento - eram altamente funcionais, pois nasciam para ajudar a mente, a corrente da consciência, e, em resumo ajudar a fluir o pensamento.
Mas que, posteriormente, essas imagens se libertavam do objectivo com que tinham nascido inicialmente e se fixavam em novas funções: essas sim, passavam a ser funções que habitualmente se dizem simbólicas, ou de carácter significante. Por as imagens serem colocadas ao serviço da transmissão directa de ideias, como é normal fazerem as palavras de um texto.
Só que as palavras são silábicas, e portanto servem para traduzir sons, enquanto as imagens, geralmente traduzem ideias mais completas.
Assim, por tudo (muito) o que desconhecemos relativo ao conteúdo da noticia seguinte - http://www.cm-cascais.pt/evento/mente-cerebro-e-educacao - é-nos extremamente agradável, e sobretudo muito importante, que haja quem vislumbre novas áreas científicas úteis para o ensino.
Mas que são também afinal explicativas dos processos do Pensamento: de sempre, desde que houve animais superiores e depois os humanos, à superfície da terra. Sejam de há 50 anos ou de há 5000 anos!
Depois, explicativas de como aquilo que nasceu inicialmente como um dataflow diagram capaz de ajudar a consciência a fluir, um dia mais tarde se tornou numa imagem (fixa***) capaz da tradução de ideias:
Todas as que um dia, e ainda agora (para quem as lê) a Arte Antiga propagou.
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ªOu seja, o vocabulário formal constituinte e integrante das obras de arte, não nasceu apenas como mnemónicas (arbitrárias) que alguns tivessem decidido criar. Pelo contrário, cada forma por si, nasceu com muita lógica: quase a fazer lembrar as evoluções dos caracteres alfabéticos.
**A própria ideia de motivação, que depois se torna "motivo decorativo", é também muitíssimo interessante. E motivo foi a palavra usada, frequentemente, por Robert Smith. As obras eram aliás reuniões de motivos, ideias que era necessário serem transmitidas para assim motivar, a prática religiosa cristã.
***Ou seja, e agora lembrando-nos do «des-acordo ortográfico» português, as imagens das palavras em constante mutação (ou a obrigarem a fonemas que não soam...), essas imagens não ajudam a mente a pensar; não ajudam à leitura rápida de um texto, porque paramos e reparamos até conseguirmos decifrar os referentes, que, deixaram de o ser, por terem passado a ser instáveis e mutantes...