Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
30
Mai 14
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

...outros queixam-se que a SEC é uma SECA*1!

 

Não temos a menor dúvida que fazer muitas das obras necessárias para conservar o Património - i. e. conservar aquele que ainda está de pé - isso é caríssimo. Porém, depois de destruído, ou ultrapassadas determinadas fases das patologias e dos estragos, depois desses pontos críticos estarem ultrapassados, é ainda muito mais difícil, por ser ainda mais caro!

Estamos a usar os adjectivos assim, caro, caríssimo: simples e superior, superlativo absoluto, relativo e não relativo, sem quantificar...

Mas neste blog, em tempos, e fazendo contas básicas, admitimos que metade dos 78.000.000.000 (dos setenta e oito mil milhões) de euros que as Troikas nos emprestaram estão em obras construídas, muitas delas desnecessariamente, nos últimos 35 anos.

Antes do actual Governo (Passos/Portas) tomar posse, ou ainda antes (?), durante a vigência daquele que o precedeu, foi até lançada na opinião pública uma nova expressão, que os profissionais destas áreas em geral não usavam: enfim falou-se muito em Regeneração Urbana*2.

Mas, veio depois a ideia da Re-industrialização, e a Regeneração Urbana como que morreu...?

Aliás, anda tudo esquecido, porque em Portugal, como frequentemente alguns nos mostram, os Jogos de Poder, de cariz medieval, ou os torneios entre nobres, de lança em riste, ainda hoje não morreram: Marialvas da Política, ou de gestos (e restos) antiquados e bafientos desses prazeres da nobreza - que também disputava o Poder da Polis - essa maneira de Governar ainda está por cá. Por aí, em quase toda a parte...

Altamente alimentada pela comunicação social, onde não há jornalistas especializados na verdadeira Economia, e todos agradecem que haja muita trica política, em que ninguém se entenda. É pasto para esses jornalistas e políticos-comentadores...

Portanto o MEC faz-se Mouco em ciência: pois Ciência é igual a coisa que ninguém entende. Ou a SEC em Património; ou todos em Construção, e em Indústria, e em Regeneração Urbana - que aliás estão e poderiam estar (ainda mais) próximas: em meios, em objectivos, em desideratos...

Mas o que é que isso interessa, face A UMA BOA QUERELA? Das antigas, e à antiga?

Qual espectáculo bárbaro, das feras no Circo; ou os cães a lutarem contra os touros, e vice-versa, como descreveu Merveilleux*3, sobre o Terreiro de Paço «joanino»...

Que nojo de país! E ainda querem que a política também seja para mulheres!? O eterno jogo do encontrão, sem regras, para vingar o mais forte, nem sempre de ideias, ou de soluções. Mas o mais vistoso e garboso da Praça Pública?

Enfim o País que se lixe... Como ninguém nunca percebeu que o Edil era aquele que «edificava», deixe-se cair...

Como também ninguém nunca percebeu que o Património Edificado materializou o que hoje se chama Património Imaterial!

No país das ondas agora é Costa contra Seguro,

viva o Surf: Que nada tem (ou precisa ter...) profundidade!

E pela superficialidade das imagens (clicar para ler as legendas das imagens), vejam como uma grade de ferro quis dizer - ou apenas tomou a forma desse dito (quando essas informações se faziam em imagens?) que os donos da mansão, atrás das grades de ferro do portão, eram nobres. Pela segunda imagem idem, estão lá as mesmas formas incritas e esculpidas na pedra de uma varanda em Casa de Veraneio. No terceiro desenho (que aqui está cortado, e com as cores invertidas), trata-se de algo que fizemos, até que emudecemos e parámos: quando percebemos que estávamos perante mais um dos inúmeros diagramas que foram a planta - de pavimento, de tectos (ou até pormenores dos alçados) de algumas Igrejas e Palácios. E perante mais uma descoberta deste calibre - que até a nós nos «calou fundo» (não havendo orientador que ajudasse a digerir ou a entender o fenómeno...*4) - não admira que a SEC seja SECA, e o MEC MOUCO!

Alguém aprofunda alguma coisa, ou incentiva e até deixa aprofundar? Ou deixa e ajuda a terminar um doutoramento em que se prova que uma série de lógicas totalmente inovadoras estão certas?

Como as ruínas que proliferam no país, nada melhor que ninguém interligue, nem relacione nada... não as considere cultura; nem veja as evidências*5!  

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*1 - http://ruinarte.blogspot.ch/2014/05/a-sec-e-uma-seca.html

http://www.papelonline.pt/revista/antonio-araujo-entrevista-o-autor-de-ruinarte/

*2 - http://www.pt.vidaimobiliaria.com/noticia/cip-avança-com-iniciativa-«fazer-acontecer-regeneração-urbana»

http://www.regeneracaourbana.cip.org.pt/?lang=pt&page=info_geral/info_geral.jsp

*3 - O Médico a quem se atribui a autoria de Memoires Instrutifs pour un voyageur.

*4 - Perguntando-se para que servem os «orientadores»? Para terem mais de uma dezena (ou duas?) de orientandos, em simultâneo, que andam a «desorientar»...

*5 - E em Iconoteologia estão extractos de J. E. Horta Correia, a comentar George Kubler e A Arquitectura Portuguesa Chã, Entre as Especiarias e os Diamantes (1521-1706):

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/no-panorama-ainda-muito-pobre-da-69334

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/ 


mais sobre mim
Maio 2014
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3

4
5
6
7
8
9
10

11
13
14
16
17

18
19
20
21
23
24

25
27
28
29
31


arquivos
pesquisar neste blog
 
tags

todas as tags

blogs SAPO