... não é fácil mudar a História: principalmente os erros acumulados.
Sobre Monserrate, o trabalho de investigação (que me fez «abrir os olhos») foi defendido na Faculdade de Letras, com um título resumo das principais novas ideias: ‘A Propósito do Palácio de Monserrate em Sintra – obra inglesa do século XIX – Perspectivas sobre a Historiografia da Arquitectura Gótica’.
E as «palavras-chave» escolhidas foram: Diagrama Medieval, Sobrevivência do Gótico, Aqueduto de Lisboa, Neogótico, Romantismo.
Mais tarde (2007), sendo preciso encontrar um título mais curto - e podendo esta escolha parecer muito simples (a aprovar por Rogério Mendes de Moura, da Livros Horizonte) – surgiu ‘Monserrate uma Nova História’, como está publicado.
Só que ainda obrigou a um demorado brainstorm...
Em geral, nas ditas «tempestades mentais», no fim não é muito claro de onde veio a melhor ideia, ou o porquê da preferência? Mas connosco, quando enfim se disse “Nova História” (e se ouviu...), percebemos que a procura estava acabada. Pois com esta expressão englobava-se muito mais: ligando ao movimento Nova História surgido em França, com o intuito de não se verem apenas os grandes factos*.
Aplicado a Monserrate, pensávamos, iria mudar a maneira de contar a História da Arquitectura da Quinta de Sintra-Colares, que sempre foi, para todos, um enorme enigma**. De futuro, talvez não se ouvisse mais uma longa-lenga-lenga, que começava por um cavaleiro moçárabe, que se tinha batido..., que construíra uma capela..., e ainda o padre Gaspar Preto..., uma peregrinação a Monserrat, etc., etc.
O resumo da nossa investigação dedicada a Monserrate não está publicado, mas pode-se ler aqui: http://primaluce.blogs.sapo.pt/129187.html
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*Ver por exemplo: https://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_dos_Annales
**Desconhecimento que levou, numa visita oficial a um país do Médio Oriente, a Sra. Ministra da Cultura (Isabel P.de Lima), a pedir apoios para o restauro de uma obra que, por maior/melhor síntese que seja - entre as arquitecturas do Ocidente e do Oriente -, é acima de tudo um retrato da Globalização e Imperialismo Inglês, no século XIX.