Enquanto esperamos pela RTP e a Voz do Cidadão Telespectador pergunta-se:
Porque foi durante 2-3 anos uma óptima orientadora, mas de repente, à medida que se aproximava o fim do nosso trabalho, aparentemente mudou a agulha e passou a fazer tudo ao contrário do que antes tinha feito?
E pergunta-se também, porque é que hoje se deixaram cair no esquecimento uma enorme série de importantes informações, mas sobretudo, alguns dos autores que as obtiveram, porque as investigaram e organizaram de modo sistemático no século XIX e princípio do século XX?
Referimo-nos à Chronica Gothorum de que Maria João Baptista Neto não nos falou - quando decidiu desencadear o nosso trabalho com uma pergunta ou o briefing altamente provocador**. Mas que, passados pouquíssimos dias, nos levou a encontrar Alexandre Herculano e a dita Crónica em que se foi baseando para escrever a (sua) História de Portugal...?
E ainda se pergunta, porque é que os Doutores Professores, que se «supõem» de altíssimo gabarito, não lêem com atenção o que escreveu Vergílio Correia na História de Portugal, coordenada por Damião Peres e Eleutério Cerdeira, dita de Barcelos, de 1928?
Porque se lessem, teriam muito menos lacunas, ou gaps e «alçapões mentais»? Talvez aceitassem aquilo que o autor defende (e é hiper-lógico), como são as diferenças visuais, bastantes nítidas - pois foram criadas como sinais para dar a conhecer/saber - entre as produções (Edículas) Árabes e as Moçárabes?
Daí as várias perguntas: Quem calou, ou tramou Maria João Baptista Neto a partir de 2004-2005? Terá sido Vítor Serrão? No IADE sabemos da altíssima superioridade científica de quem nos tramou; de quem não quis «atender» aos avisos de Fernando António Baptista Pereira, que nos queria ajudar a concretizar os estudos do doutoramento? Por se estar perante «materiais visuais» que, como explicou William Morris, as imagens (decorativas) falavam: elas serviram para contar a História, em tempos em que as palavras eram lidas por muito poucos? Em síntese, como foram Quadros/Formas que contavam a História ao povo iletrado...
Ou, todos estes Profs, que se imaginam muito doutos e em altíssimos pedestais, também nunca leram Gombrich, e a frase que se atribui ao Papa Gregório Magno, dirigida ao Bispo Serenus de Marselha? Nunca leram isto (em inglês): "Painting can do for the illiterate what writing does for those who can read"?
Então que levem uns livrinhos para férias, que se preocupem mais em conhecer o passado, para entenderem como se chegou a este hoje: como foi moldado ao longo dos tempos! Que leiam também Aloïs Riegl, e confirmem que a expressão Artes Industriais não é de agora, tem antecedentes mais longe...
Vamos perguntando, pois respostas - nestes blogs - há muito que as deixamos
~~~~~~~~~~~~~~~~~~
*Quando disse que deveria ser feita uma conferência de imprensa sobre o que tinha sido descoberto?
**Só pode perceber Monserrate se perceber "As Origens do Gótico". Como se só Thomas Pitt e os ingleses que viveram no século XVIII tivessem estudado estas questões? Como se só esses fossem donos da História...? É que se foram pioneiros, na verdade o que fizeram foi fazer inúmeras perguntas, e depois abrir caminho a muitos outros que negaram ou consolidaram as suas propostas e perguntas.
Mas, contrariamente, a «historiografia» de hoje auto-limita-se. Prefere fechar vias e caminhos, quando tem tudo para de um modo interdisciplinar passar a trabalhar com a Psicologia e as Neurociências, ajudando a Humanidade a evoluir/progredir -----» Em suma a conhecer-se a si mesma
Assim, por agora fica uma outra pergunta, provocadora, que é nossa:
Ainda se podem associar povos e factos históricos com as Artes Industriais como fez Vergílio Correia, e está na imagem acima? Ou há que manter tudo «partidinho em bocados minúsculinhos», para não se perceber a História?
Para não se perceber que se há povos que devem muito (devem milhões) à Alemanha, aos EUA, ao Japão, a França ou a Inglaterra - Submarinos, TGVs, Tecnologias, Consolas, Computers, Artes Industriais - esses valores correspondem ao pagamento de bens e serviços cuja necessidade lhes foi imposta e cujos pagamentos lhes foram facilitados... (para se habituarem à maneira de Pavlov, depois outros enriquecerem à sua custa), e que um dia, está clarinho, terão que pagar todos esses brinquedos: super-divertidos, a que se habituaram e dos quais, «pavlovianamente», agora já não prescindem!