...de conhecimento para a sociedade.
Sim, não é a palavra Design, mas as designações e terminologia que se anda a usar para abordar certos fenómenos.
Porque, do Design e do Desenho podemos nós ver as horas de amargura pelas quais estão a passar:
Pois para além da desindustrialização e portanto da falta de propósito e de objectivos, com que os alunos e o ensino se movem (vide o desacerto entre a fileira florestal, e, tudo em cadeia, como o design de mobiliário/equipamento foi reduzido!). Verdadeiramente e em directo temos tido que ver, - a entrar pelos nossos olhos «adentro», extensivamente - aquilo que nem sequer gostaríamos de ter pressentido, nem muito ao de leve.
E temos visto demais...!
Indo já bem longa a nossa vida de trabalhos e canseiras na defesa de um ensino de qualidade, e, sobretudo, na defesa da passagem do bom e do positivo, que esse mesmo ensino produz, a toda a sociedade*.
A Designação de hoje é uma expressão que há muito se ouve e com a qual estamos absolutamente de acordo. A quem a teremos ouvido pela última vez, quando a anotámos para fazer este post? Ao ministro da Ciência e Ensino Superior?
A que responsável político roubámos nós esta frase (há dias ouvida na televisão), que é quase tão antiga, e uma ideia tão resignada, como aquela de que há-de sempre haver fogos no Verão, e que tudo arderá, por ser inevitável?
De quem veio não sei, mas é assim (como sublinhado): "É verdade, há ainda essa dificuldade; mantém-se o deficit de transferência de conhecimento (da universidade) para a sociedade. Mas como combatê-la? Será aumentando o número de licenciados, para 'ratios' semelhantes aos de outros países mais evoluídos...?"
A tantas perguntas respondem-nos os nossos botões, com quem amiúde vamos conversando, e que por isso já sabem responder «de-cor-e-salteado», também interrogativamente:
Mas onde está a geração mais bem preparada? Mas que educação e nível cientifico tem os doutorados de hoje? Que sociedade está interessada em informação que de tanto se especializar e afunilar, não é capaz de expor e apresentar aos possíveis interessados, com lógica e no âmbito da cultural que a maioria detém, os conhecimentos que, ... (dizem), andam eles a produzir?
Alguns dos best-sellers das livrarias, e as suas temáticas, não serão a melhor prova de que pouco ou nada se faz para transmitir conhecimento à sociedade? Quem quer ter Cabeça-de-Funil?
(clic para legenda)
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*E mais ainda do que podia produzir! Depois, transmissão que os nossos blogs, não apenas um..., tentam mostrar até talvez com uma excessiva diversidade? Não somos professores - mas já fomos, e há muitos anos - entre outras disciplinas, fomos professores de Metodologia Projectual! Porém, dada exiguidade demasiado limitadora dessa «Área Científica», claro que nos mudámos, definitivamente (assim abandonando várias disciplinas teóricas que chegámos a ensinar), para a Área Cientifica que é, entre todas, a mais interessante e valiosa.
Para aquela em que a pluralidade das informações e dos conhecimentos têm que dar lugar à sua concreção (e à sua máxima articulação) como Christopher Alexander em Syntesis of Form [1964, Harvard University Press] tão bem demonstrou, sobre a síntese que um qualquer projecto constitui!
OK?!
É que se Uma Cidade não é uma Árvore, também um professor (e nós não somos!) não deve ser um funil...