Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
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Jul 20
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

Mas que se empregaram pelas mais diferentes razões:

 

As primeiras desconhecidas... dizem alguns*. Como estão na imagem já a seguir- Mausoléu de Santa Constança - e ainda nas imagens seguintes...

StaCostanza-detalhe.jpg

yo4.jpg

CruzPátea-Culots.jpg

Iconografia-minhota-jugo de bois-2.jpg

Que se usaram em fachadas antigas, ou nas de edifícios emblemáticos, recentes - como acontece na Biblioteca de Birmingham.  Empregues, quem sabe, "por alguma reminiscência, ou de sentido vagamente conhecido"? Como no século XVIII escreveu William Chambers,  o arquitecto que foi professor de William Beckford

fachadaBirmingham-2.jpg

Que os vemos num jugo de bois, minhoto (de que data?...)

Minho-JugoBois-detalhe.jpg

E ainda num "colar honorifico" - dizemos nós. Seria condecoração, efectiva, ou apenas uma mera "legenda visual". Enfática, a sugerir o "mérito" daqueles em quem fosse colocada?

ludovico-colar.Argolas-mandorlas

Só que, depois desta imagem lembramo-nos de um monumento português, incontornável e Património da Unesco. Em que nesse caso até existe fivela...**maria-i.jpg

Ou, enfim, em galões multicolores, que, como se explica na legenda acima foram moda no século XVII, entre os nobres... Por isso aqui dizemos - e corrigimos Judith Miller a autora de The Style Sourcebook*** - que no século XVII ainda se usavam, e acreditamos, com a consciencia plena do respectivo significado antigo.

Embora mais tarde, por exemplo no Porto, na casa-atelier que foi do arquitecto José Marques da Silva, numa varanda, estejam lá os mesmos circulos entrelaçados que viu e contactou (como há provas disto) no túmulo de Egas Moniz. Assim como, também em Lisboa, na Av. da Liberdade, se vêem os mesmos círculos - como na Casa de Marques da Silva - a aparecerem num contexto e gosto art déco.  

E onde, note-se, não parece haver qualquer vontade de revivlismo; ou, nem sequer de «heraldização»!

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*Alguns entre os quais se destacam os Historiadores da Arte. Mais propriamente os que ignoram «os ingredientes» de que a Arte era feita. Enfim os que desconhecem que Arte significava, e ainda significa (mesmo que muitos o esqueçam) habilidade:

A habilidade mental que alguns tinham, exactamente para, com imaginação, juntar e trabalhar os referidos ingredientes - ou motivos - como lhes chamava Robert Smith. Ingredientes que, como também lemos, Miguel Metelo de Seixas «quer  agora» que sejam heráldicos.

Quase a concluir este post que é sobretudo visual:  estamos perante Círculos e mais círculos (que ninguém quer entender) - coisa de que alguns têm medo, como se o passado os atormentasse? E por isso, como há dias pudemos ler, pela Connaissance des Arts, também são vistos como Esoterismos

** Ver aqui

***Judith Miller - The Style Sourcebook, ed Mitchell Beazley. London 1998.


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