Mas que se empregaram pelas mais diferentes razões:
As primeiras desconhecidas... dizem alguns*. Como estão na imagem já a seguir- Mausoléu de Santa Constança - e ainda nas imagens seguintes...
Que se usaram em fachadas antigas, ou nas de edifícios emblemáticos, recentes - como acontece na Biblioteca de Birmingham. Empregues, quem sabe, "por alguma reminiscência, ou de sentido vagamente conhecido"? Como no século XVIII escreveu William Chambers, o arquitecto que foi professor de William Beckford
Que os vemos num jugo de bois, minhoto (de que data?...)
E ainda num "colar honorifico" - dizemos nós. Seria condecoração, efectiva, ou apenas uma mera "legenda visual". Enfática, a sugerir o "mérito" daqueles em quem fosse colocada?
Só que, depois desta imagem lembramo-nos de um monumento português, incontornável e Património da Unesco. Em que nesse caso até existe fivela...**
Ou, enfim, em galões multicolores, que, como se explica na legenda acima foram moda no século XVII, entre os nobres... Por isso aqui dizemos - e corrigimos Judith Miller a autora de The Style Sourcebook*** - que no século XVII ainda se usavam, e acreditamos, com a consciencia plena do respectivo significado antigo.
Embora mais tarde, por exemplo no Porto, na casa-atelier que foi do arquitecto José Marques da Silva, numa varanda, estejam lá os mesmos circulos entrelaçados que viu e contactou (como há provas disto) no túmulo de Egas Moniz. Assim como, também em Lisboa, na Av. da Liberdade, se vêem os mesmos círculos - como na Casa de Marques da Silva - a aparecerem num contexto e gosto art déco.
E onde, note-se, não parece haver qualquer vontade de revivlismo; ou, nem sequer de «heraldização»!
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*Alguns entre os quais se destacam os Historiadores da Arte. Mais propriamente os que ignoram «os ingredientes» de que a Arte era feita. Enfim os que desconhecem que Arte significava, e ainda significa (mesmo que muitos o esqueçam) habilidade:
A habilidade mental que alguns tinham, exactamente para, com imaginação, juntar e trabalhar os referidos ingredientes - ou motivos - como lhes chamava Robert Smith. Ingredientes que, como também lemos, Miguel Metelo de Seixas «quer agora» que sejam heráldicos.
Quase a concluir este post que é sobretudo visual: estamos perante Círculos e mais círculos (que ninguém quer entender) - coisa de que alguns têm medo, como se o passado os atormentasse? E por isso, como há dias pudemos ler, pela Connaissance des Arts, também são vistos como Esoterismos
** Ver aqui
***Judith Miller - The Style Sourcebook, ed Mitchell Beazley. London 1998.