Sempre que algum post interessa mais a alguns (esteja no nosso facebook ou num dos blogs), então há uma «romaria».
E assim tem sido nos últimos dias.
Seja a Primaluce, a Iconoteologia, ou a Casamarela.
É verdade que os nomes que demos aos ditos blogs não primam pela beleza; mas - sobretudo em ICONOTEOLOGIA - o que se procurou foi divulgar um conceito que está atrás de uma palavra que, é poderosamente significante.
E, é ainda mais verdade, não ficámos embevecidos a mostrar que sabemos as diferenças entre Iconologia e Iconografia , à maneira dos «adoradores» de Panofsky; ou do que se ouviu/ouvia na FLUL, no início do século XXI. Que é como quem diz, bem mais de 50 anos depois de ter sido escrito (tal a actualidade!).
Diferentemente, aproveitámos o que se aprendeu em óptimos livros da biblioteca da UCP: concretamente sobre a percepção que muitos têm daquilo a que todos chamam ARTE: ou seja, que em geral é uma Iconoteologia.
Porém, se ontem foi assim, nas visitas que tivemos:
- Primaluce: Nova História da Arquitectura - 3
- Um dos blogs mais bonitos... - 2
- Quanto maior a evidência, ou a importância das novidades e valor da notícia... - 2
- Sim, sim - "É para o lado que eu durmo melhor!" (só que agora queixam-se) - 2
- Sobre a formação do olhar de uma nação, relativamente à sua Arte - 2
- Uma elipse não é uma oval, mesmo que muitas destas formas pareçam iguais - 1
- É tudo gente honestíssima - 1
- Retratos de "Uma Barbárie" - 1
- Factos inesperados (isto é, super-inesperados como nos aconteceu desde 2002) - 1
- Sempre que surgem informações... - 1
Acontece que a 30 dias (ou a 6 meses) os que procuram este nosso blog - e bem ao contrário do que possa parecer - não são assim tão poucos...
No entanto, o que esses todos são é muito discretos; embora, ou principalmente, possamos dizer que são muito contraditórios!
O que é mais uma razão para continuarmos a escrever, e desta maneira continuando a publicar as nossas ideias.
Sabendo nós que os nossos leitores habituais primam pelo silêncio; ou, se falam do que escrevemos, muitos deles mostram-se desdenhosos, como se fizessem questão em não se deixarem influenciar por aquilo que abertamente eles apoucam. Como é o caso de Vítor Serrão, Maria João Baptista Neto «e família»... Já que, é este o sentido da palavra desdenhar.
Mais: se esses forem aos meios de comunicação de maior audiência, o que eles dizem - e se lhes ouve (pois não somos surdos!) - é, ipsis verbis, aquilo que nós escrevemos*: seja aquilo que leram no livro, ou o que muitos vêm ler aqui aos vários posts.
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*Embora, temos que o dizer, também aconteça haver nalgumas citações que vamos encontrando do nosso trabalho, algum erro. Como está no texto seguinte, quando se diz que em Lisboa, um amigo de Gérard De Visme, era irmão de Horace Walpole. Na verdade o erro está em que Robert Walpole - enviado/embaixador do governo inglês - era primo de Horace, e não seu irmão. É esse o erro.
No restante parece-nos correcto, este excerto que encontrámos em O REAL PAÇO ACASTELADO DA PENA EM SINTRA: EDIFICAÇÃO DE CASTELOS NEOMEDIEVAIS OITOCENTISTAS. Da autoria de Joaquim Rodrigues dos Santos (na Escuela Técnica Superior de Arquitectura y Geodesia - Universidad de Alcalá de Henares:
"As relações entre Monserrate e o mundo britânico não ficariam somente pelo seu projectista, pelo seu
proprietário ou pela decisiva influência romântica recebida: segundo Glória Coutinho, existiriam prováveis
relações de proximidade entre De Visme e o escritor britânico Horace Walpole através do irmão deste
último, que estaria por aquela época a viver em Lisboa; inclusivamente tinham sido comprados nesta cidade alguns dos móveis que Walpole possuía na sua residência de Strawberry Hill, provenientes de Goa6.
"Também o novelista britânico William Thomas Beckford viveu em Monserrate entre 1774 e 1799, antes de
voltar ao Reino Unido. Walpole e Beckford foram indubitavelmente dois personagens significativos para o
desenvolvimento dos revivalismos neogóticos no Reino Unido.
Walpole, considerado o introdutor do romance gótico negro no Reino Unido com o seu poema The
Castle of Otranto[…]7, tinha comprado em 1747 a residência de Strawberry Hill em Twickenham, perto de
Londres. Dois anos depois iniciou a sua ampliação apoiando-se num comité de consultoria constituído por
projectistas como William Robinson, John Chute, Richard Bentley, James Essex e James Wyatt. Imbuído
pelo espírito romântico dos ideais cavaleirescos, o excêntrico novelista pretendia transformar a sua residência num castelo, promovendo uma disposição pitoresca do edifício que aludía aos cenários da sua obra
literária. A fantasia e extravagância dos fragmentos góticos, livremente interpretados e incluídos na sua
construção, concediam assim um ambiente de carácter goticista."
Excerto retirado de um pdf a que podem aceder indo por aqui