Claro que sem nos cansarmos, mas a usufruir do prazer de tratar esta temática. Portanto sem exaustão, mas a querer exaurir - e gozar, "gota a gota" - um tema que é fascinante.
E um tema que também precisa, mas não é já, de algumas ideias vindas de Jean-Marie Mayeur, autor que ficou mais conhecido pela direcção de Histoire du Christianisme.
Assim, fiquemo-nos pelas imagens, para já, que o resto depois se verá:
As imagens acima vêm de Moorish Architecture in Andalusia, por Marianne Barrucand e Achim Bednorz, Taschen, Colónia 1992, ver na p. 116.
Na imagem de cima lêem-se, e bem, os arcos entrecruzados, do filioque, da mandorla, e depois do arco quebrado - que caracterizou o estilo gótico.
Na imagem do texto aquilo que sabemos, e se pode ver, de inúmeros exemplos da Península Ibérica:
O que é/foi uma imaginação infindável -"the inexhaustible imagination" - capaz de ir transformando um conceito expresso em imagens (como explicou Rudolph Arnheim), num motivo altamente decorativo;
Ou, se preferirem, num motivo embelezador dos mais variados tipos de obras (onde podemos encontrar os arcos entrecruzados).