Ensinou-me Fernando António Baptista Pereira que em História, quando um fenómeno se torna visível (formalmente), ou por exemplo aparece escrito num documento, em geral esse facto ou fenómeno já existia não escrito, não registado, mas informalmente.
E esta afirmação/acepção já a testámos e pudemos verificar várias vezes. Tem razão o nosso «orientador do doutoramento»*.
Também já escrevemos neste blog, e em muitos posts - verdade seja dita, que nem sempre o fizemos nos termos politicamente correctos que a maioria «adora» - que vivemos rodeados de mentira. Ou de factos que ocultam/escondem a verdade. Mas, éramos nós a dizer, e a queixarmo-nos de algo que agora já são muitos mais os que sentem e finalmente se queixam...
Perceberam agora que a mentira anda por aí, desbragada, à solta, e então, alguns ainda muito «atemorizados» (?) e politicamente tão correctos que eles são, decidiram chamar-lhe "Tempo da Pós-verdade".
E ainda assim, às próprias das mentiras - e qual achado magnifico - vem então a nova designação de "Factos Alternativos". Claro que tudo isto só nos faz lembrar A Politeia de Platão, a qual era importantíssimo ler para compreender a Idade Média e as suas obras Arquitectónicas.
Mas hoje, utilíssima também, por ajudar a compreender uma certa vontade de Evergetismo que parece ir já agora atravessar a América do Norte, «à semelhança» do que fizeram os imperadores romanos.
Ou, voltando ainda à total ausência de verdade - que ainda nos prejudica (e ao país...ou ao mundo) - também faz lembrar o doutoramento daquele reitor, magnífico doutorado (em hiboux, na «universidade» do interior serrano), que nunca frequentou escola ou ensino superior; mas que, coleccionando «cursinhos de tanga», lá se fez doutor. Agora, Rhetor, já era! Só que mostra bem a força que a mentira pode chegar a ter.
Portanto autor de uma (sua) tese «tão-tão-alternativa», que, mesmo que muito perdure esta descarada season da pós-verdade..., a referida tese desse me.doso, quem tudo fez para que o nosso doutoramento não existisse, nunca fará o menor dos sentidos!
E pena mesmo, muita pena, foi a de que o epigrafado não nos tivesse dado ouvidos, quando muito deste ambiente já em 2008 se pressentia (cheirava e infectava o ar).
Do epigrafado dizem que passou «a trabalhar na Cultura»? Mas qual «Cultura»? Aquela que tanto ama? Em que a verdade (muito «pós e alternativa») é a sua base?...
Por nós nada mudou, e há que interligar tudo:
incluindo o que nos saiu na rifa
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*Teve razão em muitas matérias que nos ensinou, ganhámos imenso, ao contrário de quem (como também ele) perdeu imenso... Mas a ambição humana de ser grande, toca de mais, sobretudo quando se é como Pépin - Le Bref.
Por fim, e porque vai ser a maior moda, gostaríamos de poder dizer com Jill Abramson: 'I just bought my first official souvenir of the Trump era. No, it wasn’t a pink pussycat hat. It’s a black T-shirt with white typography that says “Alternative Facts are Lies”.'