Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
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Abr 18
publicado por primaluce, às 10:00link do post | comentar

..., e sempre defendi, é esta:

Aprende-se a andar ----> Caminhando, e a fazer -----> Experimentando.

 

Abaixo as imagens são de 1978, explorações para a Praça Camões no centro da Vila de Cascais, de um estudo em que colaborei com o meu colega Gil Graça.

Apesar da pracinha estar hoje totalmente ocupada pela «cantina do John Bull», pelos alçados reconhece-se o espaço.

Lembro-me bem da surpresa (preferia-se o desenho e seria pouco habitual pensar a partir de modelos...) que foi ter feito não apenas a maquette, mas também as várias fotografias, que agora seleccionei.

MaquettePRAça-Camões-Cascais-1978-014.jpgMaquettePRAça-Camões-Cascais-1978-004.jpg

MaquettePRAça-Camões-Cascais-1978.jpg

Como é sabido, nos trabalhos de equipa há ideias dos vários autores que ficam sintetizadas na solução final. Esta, mais ou menos foi executada, embora o que era para ser um lago, tenha sido substituído por uma estátua (do poeta) que entretanto terá aparecido num armazém...*

Durante anos, sobretudo na Rua Regimento 19, pisei desenhos que tinha imaginado e desenhado.

Quanto à Vila de Cascais, dessa posso dizer (já que também me lembro) que sendo muito embora vista como a cidade que nunca o quis ser - por "uma questão de pedigree" **- no entanto lá por casa, os ecos e as razões que se ouviram eram outras. Não deixando de ser apontados alguns nomes de ministros da época (Santos Júnior, Rapazote, Moreira Baptista). Ou ainda, era feita a óbvia analogia com Sintra, para defender a ideia, porque as duas Vilas*** eram então recordadas como "lugares de vilegiatura real". Sabia-se que tinham pertencido à Casa da Rainha... Coisas a que os políticos de hoje não dão importância.   

E assim, claro que não admiram as versões actuais (resumidas), pois por alguns exemplos não só reconhecemos ter ainda uma memória que não atraiçoa; depois, porque o assunto foi abordado várias vezes, portanto ouvido ao vivo e em directo! I. e., a ver sair ideias de dentro de casa (da cabeça do pai...).

Sobretudo hoje sabemos - mas cada vez melhor, e é aliás sempre fortemente provável que aconteça - que o que a História vai contar décadas depois, sejam elaborações de memórias: postas ao sabor e ao gosto dos (intérpretes) que vêm e vivem muito depois.  

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*Estátua que era bem bonita, e que deve ter sido retirada ou se tornou invisível (?), na imensa confusão que é hoje aquela casa de jantar ao ar livre...

**Como há anos ouvi numa conferência realizada na Casa das Histórias Paula Rego. Conferência para celebrar os «5o-anos-dos-6oo anos» do Foral da Vila. O qual tinha sido concedido pelo rei D. Pedro I; Foral que se celebrou em 1964, com várias festividades e iniciativas pioneiras (como foi a primeira feira de artesanato, atrás do Hotel Baía), ainda com a publicação de uma razoável série de livros, e mais visível a execução da estátua que se mantém no Largo 5 de Outubro.

***Inclusivamente durante anos morámos numa casa chamada Villa Fernando.


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