... há tempos fez-nos escrever o seguinte:
"Depois dos estudos que dedicámos à Arquitectura inglesa, podemos dizer que há muito esse ambiente na Lisboa Pombalina. É a nossa opinião, embora seja difícil debater esta temática*, mesmo no Porto (ou talvez só com ingleses?). Pois em geral não se sente que as pessoas partilhem este tipo de interesse; ou observem, de modo analítico, os sinais e os ingredientes que estão nas obras..."**
O post de ontem fez-nos voltar a esse tema e ainda bem. Pois não sendo especialista no assunto, na verdade ele também não nos é totalmente estranho.
E quando se escreveu o excerto acima estávamos a pensar naquilo que se vê na Lisboa Pombalina, mas também nalgumas referências (visuais) Palladian, a que J.-A. França fez alusão.
Depois, «idem aspas», no excerto acima estávamos a pensar (alto e a escrever) que não podemos partilhar este gosto/prazer e interesse que (é mais intelectual e artístico) sentimos por essas obras arquitectónicas, já que a maioria dos que nos rodeiam, quando muito, se olhar para algumas das ditas obras (?), fá-lo apenas profissionalmente, e não com o gosto, e imenso prazer, com que nós fazemos...
...já que são lindas e merecedoras de atenção - pelo fascínio que proporcionam!
E fazendo com que aquilo que para os outros é apenas profissão, no nosso caso, seja muito mais do que uma simples moldura, e sim todo um quadro de vida. T.G!
Claro que se trata ainda do guarda-vento da igreja de S. Mamede, em que os painéis envidraçados acima das portas, apresentam um exemplo de iconografia cristã que foi muito característico.
*Porque não somos exclusivistas, ou com vontade de «ditar ideias». Embora sabendo que as opiniões se enriquecem com o diálogo, acontece que apesar deste não existir, não se vê razão para não emitir uma opinião. Tanto mais que seguidores aqui, e alguns leitores acolá, vai-se verificando que eles existem.