Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
13
Abr 25
publicado por primaluce, às 13:00link do post | comentar

Uma das questões que nos obrigou a pesquisar as problemáticas religiosas da Península Ibérica, no inicio da Idade Média, foi o Arianismo

P1010060-filioque.JPG

(ampliar imagem - fotografada em Moyen Âge en Lumière, por Jacques Dalarun, Fayard)

 

 

Por isso, como mostram os registos que a  Google Books fez do nosso estudo sobre Monserrate, quando se pede a palavra arianismo, lá aparece, integrada naquilo que escrevemos. Como se vê na imagem seguinte:  

(ampliar imagem)

 

Mas, aconteceu que em 2001, i. e., 3 anos antes de termos acabado o curso (mestrado em Arte, Património e Restauro, da FLUL), ou, mesmo quando o começámos, não sabíamos nada sobre o que tinha sido o Arianismo.  

Tendo por esse motivo ampliado (de forma quase exponencial), os nossos conhecimentos de história (religiosa), de um período muito especifico, que foi também muito conturbado; e agora dificílimo de resumir (*).  

 

Arianismo apareceu-nos, quase logo no início desses estudos, porque foi necessário ir procurar o que teria sido o mais característico dos GODOS - Visigodos e Ostrogodos - para terem criado um Estilo Arquitectónico que ficou conhecido como Gótico?

Um estilo que, para cúmulo, os «renascentistas de Roma» não aceitavam; e que só gradualmente lhe reconheceram alguma beleza. Acabando, já perto da época romântica, a adorá-lo.  A quererem fazer reviver o estilo que tinham chamado de tedesco, e visto como bárbaro (**).

Por isso, a nossa pergunta para começar a procurar tinha sido: "O que fora o mais característico dos GODOS ?"

Sendo que ao procurar, surgiu-nos a informação de que eram arianos: por terem sido catequizados por Ário.

Assim, e de novo na imagem (seguinte), resultado das muitas pesquisas feitas, como estão sintetizadas no nosso livro (e em google books),

Monserrate-GoogleBooks-b.jpg

(ampliar para ler)

Porém, agora acontece que mais de 20 anos depois, sem apoios, nem centros de estudos, nem reconhecimento da importância histórica da questão - nesta luta permanente que não abandonamos desde 2006 - e apesar de serem estudos universitários pagos pela FCT -, descobrimos (de novo) que ao nosso lado, já havia respostas. E não eram poucas...

Image0054-e.jpg

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(ampliar)

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(ampliar)

Por fim, do site do Vaticano, sobre o Santo do Dia  - que por coincidência, foi um ariano convertido ao catolicismo :

 
Data 13 abril

O Santo do Dia é uma resenha diária dos Santos guardados na memória da Igreja. Histórias de mestres da vida cristã de todos os tempos que como faróis luminosos orientam o nosso caminho.

S. Hermenegildo, mártir

Ermenegildo era filho do primeiro rei visigodo e ariano da Espanha, no século VI. Porém, casou-se com uma católica e se converteu. Preso em Tarragona, foi assassinado por ordem do seu pai, por rejeitar receber a comunhão por mão de um bispo Ariano. Santo Ermenegildo é Padroeiro da Espanha.  

~~~~~~~~~~~~~~~~

(*) Um período que agora também não interessa a ninguém, por parecer estar nos confins dos tempos. E um período que Vítor Serrão - o historiador que se auto-intitula operário da memória - resolveu ignorar; mas que as Histórias mais antigas tinham tratado com enorme detalhe. Como sucede no exemplo acima. Uma obra conhecida como História Geral de Portugal, de Mr. De La Clede. História que pertenceu a um parente, portalegrense ilustre:

6 livros (já que nos está a faltar o Tomo I), que afinal, depois de tudo o que andámos a procurar nas mais variadas fontes, em diferentes bibliotecas, estavam em casa da minha mãe, no quarto ao lado do meu, a 5-6 metros da minha cama!

(**) Esta é ainda agora a visão que a História da Arte regista. Porém, e como até hoje, particularmente, nos mostra o caso de S. Hermenegildo, mártir, os bárbaros quiseram ser cristãos. Quiseram integrar-se nos territórios dominados pelo Império Romano. Razão para terem adoptado (inventado) vários sinais visuais, que usavam, como prova dessa vontade.

~~~~~~~~~~~~~~~~

Acrescentando-se um link relativo a um artigo (27 pp.) sobre a Inserção do Filioque no Credo Niceno. Para leitura


02
Abr 25
publicado por primaluce, às 13:00link do post | comentar

É verdade, enquanto se escreve, e não escreve - porque o que queremos leva tempo... - está aqui um post com foto e tudo,  que se torna oportuno e muito sugestivo

 

escreveu mgl gh dc:

Visita à feira semanal na rua Anchieta:

uma combinação muito engraçada, Larcher, Azevedo Coutinho, Cascais e Monserrate!!

post-Mgl_GH_DC.jpg

Uma «combinação» que nos fez reagir:

"Quer Vª Exª dizer que se juntou tudo à esquina a tocar a concertina?! 😜

Acontece que no livro de Ferreira de Andrade "Oito séculos da vila de Cascais, que terei lido, sei lá em que data a partir de 1964 (?) - no VIº centenário da criação da vila (ou do conc. ?) de Cascais - encontrei eu pela primeira vez várias explicações sobre os bodos, nas festas do Imperador e do Espírito Santo. Festas acontecidas em Alcabideche, no início do século XX. Hoje sei onde li isso, mas em 2001-2003 havia informações que tinha - várias sobre o culto do Espirito Santo, mas que não sabia de onde poderiam ter vindo? Enfim tenho um dicionário francês sobre a Idade Média, que evidencia o facto de, tantas vezes, o passado existir dentro de nós, concretamente a Idade Média, sem que saibamos como isso pode ter acontecido...? E para concluir, agora tenho aqui ao pé de mim livros, que para mim são fantásticos, que eram do avô Jorge Jonet, e da família da avó Dores. Novas surpresas!!! A fazer lembrar, algumas acções que fazemos/fizemos quase por acaso (no seu caso no dia 15.06.2024), e que depois até parece que alguém nos guiou para ter sido como foi (!). Para as peças se encaixarem na perfeição"

Assim, agora ao post do FB acrescentam-se algumas informações que Ferreira de Andrade coligiu, em Cascais Vila da Corte, Oito séculos de História

Image0011-festaIMPERADOR-ALCABODECHE-B.jpg

(abrir em separador para ampliar)

FestaIMPERADOR-ALCABODECHE-2ªP-B.jpg


27
Mar 25
publicado por primaluce, às 16:00link do post | comentar

No facebook um post   sobre uma triste ruína...

 

Fez-nos escrever isto:

"Na verdade é sempre triste ver ruínas. Acho eu, apesar dos românticos, com J. Ruskin á frente terem escrito, e provavelmente falado entre eles (?) num amor pela(s) ruína(s). Amor que também se pode ver, numa espécie de saudades pelos cenários antigos.Concretamente o que tinha sido outrora e já tinha passado. Mas, estando pessoalmente envolvida num processo complicado de desmontar/desmembrar casas e valores antigos, de famílias, em que não se conseguem criar alternativas que sejam transformação de valor, em vez da sua perca, destruição. Neste contexto que é pessoal/meu (arquitecta e projectista), ver uma casa assim, é ver também quanta, imensa, é a capacidade das pessoas se entenderem. Pessoas que vão desde os proprietários particulares, às entidades públicas, que gerem PRRs e similares, onde os valores culturais deveriam ser vistos, como um cimento capa de dar forças á recuperação de bens antigos, e de os pôr - das mais variadas hipóteses - ao serviço de todos."

Claro que somos levados a pensar em Morgadios e Morgados. 

E na falta destes, na capacidade (inteligência) que poderia levar as pessoas a entenderem-se, criando um projecto comum; uma sociedade, um grande ou pequeno condomínio.

Alguma coisa que não desbaratasse valor, e antes o transformasse! Sendo útil (*).

~~~~~~~~~~~~~~~~~~

(*) A procurar em Monserrate - Uma Nova História, o que já escrevemos sobre, ou semelhante a este assunto.


16
Mar 25
publicado por primaluce, às 22:30link do post | comentar

... tem agora esta designação: "The Long Water" - de Hampton Court

 

Em 2001 no começo dos nossos estudos sobre Monserrate na FLUL, sabíamos que era preciso estudar uma obra Gothic Revival; e tínhamos recebido o "briefing" da orientadora, cuja ideia central era - "Você só vai perceber Monserrate se perceber as Origens do Gótico (...)" , etc.

Posteriormente o trabalho foi organizado com o Iº capítulo a receber como titulo:   

As questões em torno do Gótico no século XVIII em Inglaterra, até à obra de Strawberry Hill

Com o seguinte (1º) sub-titulo: 

Os primórdios do Revival, Jardins e Paisagismo

Um caminho metodológico que tinha que ser feito, porque as primeira edificações, consideradas revivalistas (do gótico) estariam nos Jardins, e eram designadas "follies  

Visão que ainda hoje se mantém, como acabámos de encontrar aqui, numa explicação praticamente igual ao que se escreveu acima: 

"The first signs of a Gothic Revival appeared during the 1700s with "follies," essentially beautiful but useless buildings set in English gardens. Famous examples include King Alfred's Tower at Stourhead Estate in Wiltshire and a gothic temple in Buckingham's Stowe Gardens."

Embora (há que fazer aqui um parêntesis para o explicar) com o desenvolvimento do trabalho tivéssemos chegado à conclusão que o estilo gótico nunca morreu.

Por isso chegámos a usar - e percebemos terem existido -, muitos Gothic Survivals (em geral, na Europa); sendo que em Portugal se assistiu a um prolongar do Manuelino, que tem sido visto, pelos historiadores como um arcaísmo... 

Porém, desse Gothic Survival, há uma peça de maior destaque em Portugal - embora incompreendida -, que é o Aqueduto das Águas Livres de Lisboa.

Cuja designação, é importante lembrar (neste outro parêntesis), nunca foi GothicSurvival . Ou, muito menos alguma vez considerado numa problemática estilística, como esta é. Assim como, também os estilos só começaram a estabilizar - nas designações que hoje se usam, e como são conhecidos (terminologias e nomenclaturas cientificas, até nas empregues internacionalmente), praticamente, só no início do século XIX.

Assim, voltemos a lembrar como foi o desenvolvimento inicial do nosso trabalho, onde, no Iº Capítulo consta:

"Ao fazer a história do Gothic Revival em Inglaterra, muitos autores radicam uma origem mais longínqua do gosto pela arquitectura deste estilo, no reinado de Elizabeth I - que foi também o tempo de Shakespeare: “…A época isabelina é marcada pelo florescimento da arquitectura (…) não é italiana nem francesa, encontramos a marca de um Renascimento específicamente inglês…” [1].

(…)

A prevalência do gótico como escreveu Kenneth Clark, fez-se sentir desde 1600 a 1800, porque em Inglaterra (...) nunca o estilo se perdeu.

(...)

Posteriormente nos reinados de Carlos II, no de William III (de Orange, com Mary II), mais tarde no de George I, encontram-se movimentos e sinais que são de forma remota, ligados ao Gothic Revival. É deste modo que são vistas algumas peças de Arranjos Exteriores, como foi exemplo a introdução do Canal (de água) em Hampton Court; ideia que Carlos II levou de Versailles. Trabalhos que contribuindo para o gosto pelos jardins e paisagem, seriam a envolvente da arquitectura medieval, que se ia fazer reviver. Neste contexto, o Canal seria mais tarde substituído por uma linha de água irregular."

Portanto o que está acima, foi escrito em 2004, e está no livro [2], nunca tendo sido revisitado, ou sequer repensado. Mas, sem qualquer dúvida, claro que hoje teria sido escrito de maneira diferente. Pelo que (thanks God), para o melhor, ou para o pior, ainda bem que ficou como está. Já que dificilmente se teria encontrado uma outra oportunidade para fazer um trabalho como este, de que (ainda) nos orgulhamos...

Acontecendo que hoje - exactamente hoje dia 16.03.2025  – procurámos mais informações sobre este Canal (de água) em Hampton Court, mais precisamente em Official Site | Historic Royal Palaces (hrp.org.uk)

Tendo encontrado, como aliás sempre nos acontece, mais e interessantes informações: 

Image0285-c.jpg

(para ampliar o excerto da imagem usar o primeiro link, para a imagem inteira ver aqui)

O texto seguinte vem de Royal Gardens, por  Roy Strong, ed. BBC Books/Conran Octopus, de 1992. A obra onde em 2004 encontrámos as primeiras informações sobre este presente que Carlos II, quis oferecer à futura Rainha de Inglaterra 

Image0285-d.jpg

(ampliar para ler)

Sendo que por hoje ficamos por aqui, já que, ainda a propósito de Hampton Court, ficámos a saber (também) da existência de um Knot Garden: que é mais um achado, para corroborar as nossas teoriase (e fazermos novas pesquisas...)

KnotGarden-HamptonCourt.jpg

(abrir imagem noutro separador)

 Knot Garden que seria do tempo do Palácio Medieval, que mais tarde (na versão actual - é a imagem seguinte)  foi redesenhado por Christopher Wren.

TheLongWater.jpg

(imagem noutro separador)

[1] Ver em François LAROQUE, Shakespeare o teatro do mundo, Quimera Editores, Lisboa 2003, p. 99.

[2] Ver excerto do nosso texto (p. 18 que se digitalizada), e está a seguir

Image0287-C.jpg

(ampliar para ler)


10
Mar 25
publicado por primaluce, às 15:30link do post | comentar

No fb de ontem escreveu-se novamente sobre um assunto já tratado:

 

E não há muito tempo, pois fora em 14 de Nov. de 2024

Como gostamos de poder encontrar, rapidamente, os nossos escritos, aqui fica transcrito.

Tanto mais que, é muitissimo apelativa a hipotese de referir "Lunulae de Leonardo da Vinci" em vez de Ideogramas:

"Na última fase da sua vida Leonardo da Vinci foi chamado, por Carlo Vecce o "Errante".
Como se pode ler, inclusivamente na capa da biografia que este autor lhe dedicou (*).
E o epíteto de "Errante", pode - com muito gosto !!! - ser-nos aplicado também a nós.
Pois tal como L. Da Vinci se fascinou com as "LUNULAE", também nós nos fascinamos com aquilo a que preferimos chamar, desde 2004 (não «lunulae») mas IDEOGRAMAS. Porque os materiais iconográficos são praticamente os mesmos.
Embora, com a diferença que fazem cinco séculos de evolução do mundo, ou mais concretamente, a deste planeta Terra - em que vivemos. [Assim como, há uma grande diferença de interesses].
Portanto, a evolução do Saber e do Conhecimento nos 500 anos passados, permite-nos pensar com uma base muito mais larga de informação, e também com um foco diferente:
Porque - é importante explicá-lo - o nosso objectivo não é, nem nunca foi, a Matemática.
Mas sim o uso da Geometria enquanto (base) linguística!
.........
(*) Editora Casa das Letras 2024."
 
No entanto iremos manter a primeira designação, já que, mesmo associada às "LUNULAE"  há vantagens: 
Quando se abordar a questão estaremos a evidenciar que a demanda de Leonardo Da Vinci fazia sentido. Não sendo uma mania de Errante, ou de velho obcecado!
 
Sendo muito mais lógica, do que louca. Pois teria compreendido - como nos sucedeu a nós -, o vocabulário formal da arquitectura antiga, tradicional e religiosa.
A de que têm escrito vários estudiosos e autores, sempre curiosos e ávidos por entenderem as obras do passado. 
 
Sobretudo os autores mais antigos !

05
Mar 25
publicado por primaluce, às 15:30link do post | comentar

Alguém explica:

tigelaSecarMarmelada.jpg

Porque será que tigelas de secar marmelada nos fazem pensar em Eduardo Viana? 

Fomos à procura, para encontrar alguma resposta, e apareceu...

rapaz-das-lou-as-1919.jpg

O Rapaz das loiças de 1919

Mas será só isto? Ou já vimos alguma(s) pintura(s) com as tão típicas tigelas?


08
Fev 25
publicado por primaluce, às 16:30link do post | comentar

TG é Thanks God, já que nos compete agradecer o muito que Monserrate nos deu.

Mesmo antes de vir a integrar - e ter sido uma das peças essenciais... - do que hoje se está a querer celebrar como «PH 30» 

 

Tivemos muitas sortes:

E a nossa percepção de que Monserrate era muito melhor do que em geral se pensava, foi uma dessas imensas sortes!

Por isso, agora quando se vêem estes festejos a que estão a chamar PH 30, temos que sorrir.

Sim, sorrir de complacência. Mas também a fazer-nos lembrar aquele provêrbio do - "Guardado está o bocado para quem o há-de comer ".

Felizmente nunca nos lambuzámos, mas temos aproveitado, quiçá como mais ninguém (?), «o fantástico bolo» que encontrámos. E dele tudo o que ainda não parámos de encontrar...

Depois, pelo que lemos, chegámos à conclusão que a obra dos arquitectos James Thomas Knowles, apesar de enfiada ou semi-escondida num espaço rústico português - i. e., não urbano, ainda não badalado, e rodeada de árvores como os quercus suber (anteriores aos arranjos paisagísticos de William Beckford, e aos dos jardineiros de Francis Cook) - é comparável aos melhores edifícios victorian, do centro de Londres. 

DSCN0562-b.jpg

E o nosso estudo feito para o IPPC, datado de 1988, tem (agora) imagens/fotografias que nunca mais se poderão repetir.

Os túmulos Etruscos da colecção de Francis Cook até tiveram uma enorme sorte. Pois foram parar ao Museu de Odrinhas...

Mas, o tecto da fotografia, no tempo que entretanto passou - e estávamos a ver passar sem que rapidamente se conseguisse acudir, para impedir a infiltração das águas pluviais. Esse tecto perdeu-se...

Embora o tenhamos fotografado:

Image0270-d.jpg

Era um trabalho admirável, muito bonito, do habilidosíssimo Domingos Meira. O Afifense, célebre estucador que nalguma bibliografia chega a ser referido como sendo arquitecto. 

A fotografia acima já a apresentámos em post muito anterior,  onde se escreveu sobre algumas das visitas, e as várias informações que em 2002 recolhemos em Viana do Castelo e Afife. 

Os estudos que tínhamos começado depois de um curso de pós-graduação no IST, foram evoluindo, e sucessivamente, «granjeando» e conduzindo-nos a novas informações. 

Sempre a acumular, e sem as deitarmos fora, foi na FLUL que demos o salto qualitativo. A ponto de hoje se perceber - nós percebemos e compreendemos - como alguma arquitectura italiana (de Veneza, Florença, Sienna...) está em trechos arquitectónicos do Palácio de Monserrate.

Como também está em excertos do Palácio da Pena, ou nos mais belos edificios da Londres Vitoriana. E ainda - last but not least (pelo menos para nós portugueses, que podemos compreender melhor esta evolução da arquitectura, que nasceu como sendo arquitectura religiosa) -, na maioria das pequenas Capelas Açorianas, que são conhecidas como Impérios do Espírito Santo.

Se os PH 30 são festejos para os mais jovens - jogos ou rally papers ? - e como anunciam "propostas repletas de aventuras e de mistérios"; tudo muito atraente e muito divertido, como obrigatoriamente tem que ser: um verdadeiro "must", da moda!

SE...?, para nós é bastante mais.

Para nós é fonte de conhecimento! É História da Arquitectura, a sério, que se (nos) vai revelando: aos poucos (e a partir de Monserrate, na prática desde 1987 !).

Lentamente, e deixando ver/compreender aquilo que, até agora, ainda não está nos livros de História! 

Será que os «PH 30» têm energias para isso? Pois seria muito mais útil...

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Acrescentar no fim, que a força da designação - PH 30 - nos fez esquecer a palavra Sintra:

PH30 Parques de Sintra


04
Fev 25
publicado por primaluce, às 14:00link do post | comentar

OU...? Pergunta-se: será que ainda temos que arranjar mais tempo, agora para uma nova flânerie?

E flânerie, claro, no sentido de Otium Fecundum. 

 

Ou, também pode ser, de "otium cum dignitate" . Nesse caso com o sentido latino, original, de quem já tendo trabalhado muito - para uns e para outros... - quer, precisa de, descansar dos seus muitos negócios!

Merecendo entreter-se, no nosso caso (e é assim que queremos que seja), concretamente dedicada à Iconoteologia:

Isto é, aos que seriam os assuntos de um doutoramento (verdadeira ilha, porque «bloqueado» por todos os lados!).

Porém, há tarefas que vão aparecendo, e por vezes são necessárias, como é "o despejar gavetas"

As quais - segundo se pensa, e é normal... - também implicam depois, que se dê caminho aos achados (mais propriamente re-encontrados!)

Image0254-c.jpg

Alguém sabe de algum Museu do Brinquedo que queira este (e talvez alguns outros mais...)  "poupon en plastique" ...

O que está acima também dá pelo nome de "Petit Poucet". A designação que aparece no que devem ser (supõe-se?), colecções de brinquedos antigos.


29
Jan 25
publicado por primaluce, às 15:30link do post | comentar

A DAR CONTINUIDADE AO POST ANTERIOR (ou a muitos outros..., já com anos!)

 

Sim (acima) é ainda o título, e o que seria o tema do nosso doutoramento.

Seria feito como se pode ver no documento seguinte (*) na FBAUL, a partir da primavera-verão de 2006.

Aceitação_FBAUL-blog-4.jpg(AMPLIAR)

Se, «quis o destino» (**) que tal não se concretizasse?, aconteceu no entanto que, thanks God, não foi esse mesmo destino que nos impediu de estudar e investigar!

Já que a nossa curiosidade era imensa..., (e portanto muito material ficou para aqui ir publicando.

Ou seja, estudar, investigar e aprofundar as mesmíssimas ideias - mas para ir mais longe - do que já tínhamos deixado  bastante «bem plantadas» nos estudos de um inesperado mestrado. Feito na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Trabalho que, entretanto - i. e., desde 2005 até 2007-8 - estivemos a organizar para publicação. O que veio a concretizar-se em Fev. de 2008, com Rogério Mendes de Moura, e a sua prestigiada editora - a Livros Horizonte.

Da contra-capa e das badanas interiores desse livro, retiram-se agora textos, com as principais ideias, e como as víamos em 2007:

Ficam assim textos alusivos quer ao que se tinha feito (ampliar- a 1ª imagem seguinte), 

quer àquilo que se pretendia vir a fazer (ler - 2ª imagem)

LIVRO-MONSERRATE-BADANA-3.jpg

Em próximos posts do Facebook, incluindo no da BienFaire Et LaisserDire, assim como nos nossos blogs, vamos continuar a publicar materiais que a Universidade de Lisboa (e os seus Professores Doutores) não quis apoiar, por não ver nos mesmos qualquer interesse científico.

Pela nossa parte, e estando nos antípodas dessa visão, continuaremos a fazer como a Bien Faire: 

Completamente desinteressados pelo que digam...  

~~~~~~~~~~~~~~

(*) Com estrelas taparam-se alguns dados mais privados 

(**) Aqui o destino são também os que foram «destinados» a ser desonestos. Os que, quando pelas suas vidas passou algo mais desafiante - que implicava estrutura e integridade profissional -. não souberam ser íntegros ... 


02
Jan 25
publicado por primaluce, às 13:00link do post | comentar

No século XVIII os ingleses insulares precisavam de conhecer o mundo...

 

E foi assim que inventaram o "Grand Tour". Foram os primeiros turistas. Especialmente, claro, os mais jovens, das famílias mais abonadas. Com destaque para os nobres, e os que estavam mais perto do Poder.

Muitas «dessas aventuras» estão hoje, praticamente, desconhecidas. Embora sejam importantíssimas para a História Cultural do Mundo. E particularmente, sem dúvida, para a da Europa!

É neste contexto que se percebe que a Embaixada de Itália se esforce por divulgar a exposição que está na F C Gulbenkian.

ambasciata-monserrate.jpg

(ampliar para ler)

Assim como a nós, também nos apraz divulgar o trabalho que fizemos sobre Monserrate.

O qual, embora tenha tomada a direcção que a nossa orientadora dos estudos - em Arte Património e Restauro - entendeu dever ser-lhes imprimida; na verdade, e apesar dessa direcção «imposta» - para uma exploração de As Origens do Gótico - o cerne da questão era/foi essencialmente o Palácio de Sintra.

Projectado para Francis Cook pelos arquitectos James Thomas Knowles (pai e filho).

Projecto cuja qualidade sintagmática - um assunto que é de Semiótica (muito querida de Umberto Eco, e essencial na aprendizagem dos arquitectos) - foi imensa. Já que os referidos arquitectos ingleses, de uma mestria absolutamente admirável, conseguiram misturar, combinando harmoniosamente, inúmeros estilos. Quer de tempos diferentes, quer de geografias bem distantes

Sobre a base que é, pelo exterior, predominantemente italiana - com influência clara vinda do Palácio dos Doges (de Veneza) - conseguiram realizar «um misto», bastante eclético. Que é em simultâneo muito inglês (georgian), árabe e indiano:

Naquilo que profissionalmente nos habituámos a designar Design de Ambientes Interiores.


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