Se as Chaminés são Torres e «divisas visuais», como há dias admitimos, então, o que foi chamado de "Alhambra português"* - por exemplo pelo Princípe Lichnowsky, nas suas Recordações do Anno de 1842 - tem que ser seriamente revisto, e percorrida toda a sua iconografia. De modo a que se entendam, e se esclareçam, se isso for possível, as formas da iconografia cristã e as da iconografia islâmica. E, claro, de modo a que se compreendam as suas influências mútuas.
Leiam sobre a entrada "Chaminé", o que consta no Dicionário dos Símbolos de Jean CHEVALIER e Alain GHEERBRANT, Teorema, Lisboa 1994, p. 190.
Leiam também o trabalho - O Palácio Nacional de Sintra - a que ontem fizemos referência.
Finalmente, e porque há uma nova edição da viagem de 1842, do Princípe Lichnowsky em Portugal, leiam sobre as modernidades (e o seu encontro com a tradição), postas em prática no Palácio da Pena, por D. Fernando II. É que é sempre bom não esquecer e ter bem presente, que todas as obras, quando nasceram, eram modernas e contemporâneas. E aquilo que as salva do envelhecimento, não sendo postas de lado, definitivamente, sendo renovadas e restauradas (e também objecto de conservação), é a sua qualidade inicial.
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* O Palácio da Vila aparece várias vezes designado como - "o Alhambra português"