Há quem escreva sobre Narratividade Visual, como forma de justificar, metodologicamente, as suas ideias, e aquilo que encontrou nas obras da arte antiga, que julga serem processos ultrapassados, e hoje difíceis de compreender: ou de perceber o seu «funcionamento»? Não sabemos o porquê...
Mas também há quem, como nós - depois de tantos anos de ensino numa escola de design em que sempre viu, de mais ou menos perto os trabalhos dos alunos, e a sua gestação - há quem saiba que determinados processos são imediatos!
E se formos ver e acompanhar as crianças a desenharem, ou a expressarem ideias, então o imediatismo é ainda maior. Se os que têm 18-22 anos ainda reflectem, pouco, no que riscam, os de 6-12 anos avançam. Usando estratégias em que (aparentemente) pouco ou nada reflectiram, como se braço e cérebro fossem o mesmo*.
Temos escrito sobre António Damásio e o que abordou sobre Mapas Mentais. Sabemos de autores que atribuem ao povo godo os mapas, e, sobretudo, a invenção da escala. Em André Grabar, há tempos encontrámos uma expressão que engloba tudo isto: iconografia cerebral.
Acontece que os Estilos Arquitectónicos do ocidente europeu são histórias (ou narrativas?) sobre a essência do Deus cristão: contadas com essa "Iconografia Cerebral".
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*Note-se que apesar deste comportamento as crianças depois explicam os desenhos que fizeram...