Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
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Jan 12
publicado por primaluce, às 10:00link do post | comentar

Num artigo dedicado à obra de Christopher Alexander, Michel Toussaint escreveu:

“…Mas não é apenas esta questão que Alexander levanta, pois entende que «ao mesmo tempo que os problemas aumentam em quantidade, complexidade e dificuldade, também mudam muito mais depressa que anteriormente», e para resolver tal situação já não chega a habitual capacidade de simplificação do arquitecto. Especificando: «Dois minutos com um lápis nas traseiras de um envelope permite-nos resolver problemas que não poderíamos resolver nas nossas cabeças, mesmo se nos empenharmos durante cem anos. Mas no presente não temos meios correspondentes para simplificar os problemas de projecto por nós próprios»...”**

Em nossa opinião, foi desta maneira, não usando «as costas de um envelope» mas a areia do chão, riscos nas praias mediterrânicas, que muitos problemas, aparentemente insolúveis, sobre o Deus Cristão – UNO E TRINO – foram resolvidos; e também explicados mais tarde, pelos Teólogos. Já que estes não tinham limites disciplinares, ou o receio de ultrapassar uma qualquer fronteira, de uma qualquer Ciência, a nascer (enquanto tal, 15 séculos depois!!!***).

É isto que a Universidade de Lisboa (Fac. Letras e Fac. Belas-Artes), invocando estranhíssimos, e inconcebíveis (?) “Corpus Metodológicos”, não aceita. Mais, em Letras, no IHA (Instituto de História da Arte), quando se aprofunda esta problemática, aquilo que se deduz, é que não aceitam a capacidade da imagem para traduzir ideias. Por isso ninguém se «solta» do que encontrou nos registos da Torre do Tombo!

Fazem uma História da Arte à maneira de Giorgio Vasari, baseada nas Vidas dos Artistas, que não aceita - ou põe no último, dos últimos lugares - a capacidade falante das obras visuais, que esses mesmos artistas produziram...

Assim, daqui para frente este post é ironia:

Serão pessoas que não têm carta de condução? Menos mal... Ou andam na estrada ignorando os sinais de trânsito, que são abstractos e funcionam apenas para quem os memorizou integralmente; e não partícula-a-partícula?

Pobres memórias, as dos que fazem apenas leituras globais, há que tratar delas! e não é pouco...

 

 
Sinais Ilegíveis

Sinais Ilegíveis, porque desta lógica infere-se que o Sistema de Comunicação em que existem (os sinais de trânsito) é:

hermético, secreto, simbólico, esotérico, e só os mestres de grau elevado (é vedado a iniciados), o atingem!

(nesta lógica cada sinal tem que ser memorizado, o que implica um esforço abissal, e a imagem não dá uma pista, do significado)    

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*Ou dois, como consta no texto! Note-se que o desenho e a imagem são ferramentas inteligentes: Ajudam a realizar, a ganhar tempo, não são «empatas»!

**Ver em Jornal dos Arquitectos, Março 2006, nº 222, p. 50; ou em

http://www.arquitectos.pt/documentos/1226318512I1hRZ7ew4Xe04EO2.pdf

*** O que em geral só aconteceu depois do século XIX. Em breve escreveremos sobre “A Narratividade Visual”, que qualquer aluno de um Curso de Design de Comunicação (não temos visto outra coisa em 35 anos no IADE…), nem sequer questiona: passando de imediato à concepção (e ao desenho, como ferramenta e experimentação) da ideia que tem na mente!


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