Vamos dar uma resposta em função do muito que desde 2001 estamos a estudar: a mente dos povos germânicos é mais rigorosa e, como tal, muito mais mecanicista*. Porque o pensamento não pensa sozinho, e «pede ajudas», as ajudas fabricaram-se: e a arquitectura fê-lo, frequentemente.
Depois, e como explicam alguns autores, por exemplo Patrick Gautier Dalché ou Rodney Stark, outras imagens (que não as da arquitectura) fizeram o seu papel**. Este, em A Vitória da Razão - Tribuna, Lisboa, 2007 - refere-se à "Ética Protestante" (ver op. cit. p. 44). Mas também tem uma frase onde valoriza muito a imagem, a qual relaciona com um "compromisso cristão", e com o que chama "teologia racional": "A teologia necessita da imagem de Deus..." Idem ver pp. 59 e 54. Finalmente - porque algumas das nossas fontes são preciosas - aconselha-se a leitura de Alain Besançon em: L'Image Interdite; Une Histoire Intellectuelle de L'Iconoclasme. Fayard 1994.
Como se percebe nos vídeos seguintes, estas não são matérias facilmente acessíveis às pessoas da rua: precisam de meios próprios e de centros de investigação, onde se deviam abordar.
http://noticias.sapo.pt/nacional/artigo/o-que-tem-os-alemaes-que-os-portugueses-nao-tem_1347.html
http://noticias.sapo.pt/nacional/artigo/o-segredo-esta-em-trabalhar-com-mais-inteligencia_1346.html
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*Ou deve ser visto pela ordem inversa: porque é mais mecanicista, em consequência conseguiu avançar, e pode tornar-se mais rigorosa e exigente? Necessitando de materializar as ideias, serviu-se de mecanismos, de pequenas peças, como «machinas»? Sendo estas mais viabilizadoras das ideias do que as palavras (o nominalismo, que no século XII na Universidade de Paris, foi altamente questionado), que se aludem oralmente. Ou também através da escrita, com o auxilio do alfabeto.
**A Imagem não é tudo, mas tem sido um auxiliar precioso - por vezes mais do que o texto - a «puxar» pela evolução da humanidade.
Rabiscos sem nome sobre malha