Bem pode o IADE impedir-nos de continuar a redacção da tese, como seria normal - e como qualquer empresa tenta facilitar o trabalho de alguém que teve o cuidado de sucessivamente mostrar a qualidade do tema e tarefa que tem em mãos: sobretudo depois de 35 anos a ensinar nessa mesma empresa, que é uma escola. Uma tese que, silenciada, tem crescido como um vulcão, e que um dia todo o seu material há-de explodir!
Neste caso de hoje, é um pouco mais que se torna visível, e não a quase imensidão que temos descoberto (a qual até a nós nos impressiona).
O romance Clarabóia de Saramago*, para já, e na iconografia da capa, está tudo certo e coerente, na relação das palavras com a imagem escolhida para a ilustração e para a tradução da ideia.
Mesmo que tenha sido decidida «inconscientemente», nela está a ideia de um "Deus de Luz", que toda a arquitectura do mundo Ocidental - em geral de forma consciente e propositada - nunca deixou de plasmar (sobretudo depois de Carlos Magno, e da força que deu à definição do Filioque - ver Monserrate uma nova história, pp. 32 a 45).
Quanto ao IADE e às tarefas ridículas que propositadamente nos têm sido atribuídas (vide horário deste ano lectivo), para evitarem dar-nos o tempo normal da redacção de uma tese, e enfim conclui-la - pois este efeito de represa (cujas motivações há que questionar?), como na água de uma barragem, só nos tem dado força: alta voltagem!!!
E ainda a possibilidade de ampliar os materiais que também a Faculdade de Letras fez questão de silenciar. Claro que é um retrato perfeito, e uma óptima amostra do país, confirmando que até na Universidade, e nas instituições que se propõem fazer o contrário, estão aí algumas das melhores formas (e as pessoas medíocres) da autodestruição e aniquilamento da Cultura.
Mas, temos dado a volta por cima, e também não podemos deixar de agradecer a maldade**!
Ver capa: http://www.bertrand.pt/ficha/claraboia?id=11257668
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*O seu nome já devia constar nas nossas tags. Fica a partir de hoje, e um dia escreveremos sobre a sua "sensibilidade" (ou talvez algumas informações directas que podia deter?); o muito que captou da cultura cristã em que vivemos, levou-o a afirmar (constatação, alerta?): "Estamos empapados em Cristianismo".
**Enfim, é um Deo Gratias de uma graça sem piada, mas que nos «desgrassa» a todos.
(porém este «desgrassar» ainda não chegou, suficientemente longe, desengordurando as várias mentes medíocres que têm decidido as nossas vidas...)