Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
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Ago 11
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

...ao alcance de todos!

Por isso, só não mancha, e desmancha desenhos, quem não quer. No nosso caso, há outras tarefas mais importantes, donde brincar com desenhos, o que é um prazer, vai ter que esperar...esperar, esperar...

Mas a vontade não falta, e depois... "Quem espera sempre alcança."*

Quanto à nossa tese, ou teses - já que é o culminar de tantas ideias deixadas por aí soltas e por completar - estamos como Dana Arnold: depois que Giorgio Vasari escreveu as Vite di artisti, estas foram seguidas, quase, incontestavelmente. Aparecendo a História da Arte, como um relato de «grandes homens» e «estilo». Numa visão teleológica, uma narrativa que vai «do homem das cavernas a Picasso»**. Esqueceram-se de olhar para as obras, e, concretamente dizemos nós, para as suas formas básicas: "tirem de lá certos enfeites, abram esses olhos" - é o que apetece dizer. Estamos perante formas iconoteológicas, que, crescentemente, se foram complexificando

Divertido, mesmo divertido, é: primeiro porque isto é lindo! Depois porque há aqui um jogo, que é um enorme desafio intelectual, que diverte qualquer um: é o facto de se encontrar em imensos livros (será na maioria da bibliografia?) uma frase que em nossa opinião é demasiado triste. Uns falam numa «re-dinamização» vinda do barroco internacional - ao referirem-se a obras feitas em Portugal (por exemplo Vítor Serrão). Mas outros, caso da cúpula de S. Lourenço em Turim, de Guarino Guarini (já a referimos no trabalho sobre Monserrate, sendo, depois de compreendida motivo para uma emoção); Flávio Conti, um autor italiano, escreve sobre ela - "A procura das formas complicadas..."***.

Ora isto que dizemos ser triste é bem pior do que isso! É a prova de que a Historia da Arte, continua  fixada (tristemente) nos Estilos, sem que os historiadores se apercebam de que os Estilos, se existem de facto (?), são apenas variantes na forma de tratamento de uma série de vocábulos: praticamente sempre os mesmos, desde a Arte Paleocristã.

Quando este fenómeno for compreendido, assim como a capacidade de falar e traduzir ideias através das formas, e de que modo isso funcionou,

nessa altura haverá Cultura Visual, e a História da Arte, passa a um outro patamar.

O único que faz sentido, nas Escolas de Design, Arquitectura e artes afins, num tempo em que há tantos estudantes de Mestrados e de Doutoramentos, que podiam estar a fazer trabalhos mais úteis: partiriam de bases mais correctas, e não da actual manta de retalhos, em que a maioria não compreende a continuidade que foi existindo, quase sem cortes, no emprego das fórmulas visuais...

Fica publicado, e assim se deve citar:

Glória Azevedo Coutinho, em

http://primaluce.blogs.sapo.pt/2011/08/27/

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*Este provérbio, depois das nossas descobertas sucessivas, passou a ser: 

"Quem procura sempre encontra"!

**Ver em A História da Arte, compreender, Quasi, Vila Nova de Famalicão, 2006, p. 46. http://www.southampton.ac.uk/history/profiles/arnold.html

*** Ver em Como reconhecer a Arte Barroca, edições 70, Lisboa, 1986, p. 14. Chama-se a atenção para o facto de usarmos a palavra complexificação (das formas), que não é o mesmo que formas complicadas!  


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