Os Museus (e o seu Património) estão em festa, desde hoje até ao dia 18. Mas, muito mais importante do que a festa e do que serem visitados é, parece-nos, trazer a sabedoria e o conhecimento que permitem ter e desfrutar. Trazê-lo das «Casas das Musas» cá para fora: para as vidas de todos, e com toda a força!
O «Vídeo» que recentemente a CM Cascais dedicou à Finlândia é bem a prova de que Arte, Design, e Conhecimento se alimentam mutuamente, e não existem isoladas. Ou que - sendo como ilhas - não interessam a ninguém e são inúteis...
As Culturas - a histórica, a intelectual e sobretudo a Agri (cultura) têm sido completamente descuradas nos últimos anos. Que a Crise funcione, bem mais do que como um lembrete: que seja uma exigência, para fazer de todos nós pessoas mais íntegras e mais completas. No verdadeiro sentido das palavras.
Que deixemos de ser aos bocados, pedaços de especializações e de «coisas que não colam umas com as outras»! Que nos entendamos: que se compreenda o sentido das palavras e dos discursos! Sob pena de continuarmos a ser os "incompletos e toscos da Europa": i. e., os destruidores das riquezas herdadas - o Património. De sermos os incapazes de criar, ou, tão simplesmente, incapazes de reconhecer aquilo que tem valor!
Hoje - 14 de Maio - os Programas não faltam... Que crescimento trarão?
SÓ E$$E INTERESSA?
Tudo o resto é forró, e muito bacoco?!*
http://agendaculturaldecascais.blogspot.com/2011/05/noite-dos-museus-em-cascais.html
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*Não se pense que estamos a insinuá-lo relativamente a Cascais, onde o programa mais do que variado, tem representações bem interessantes. Claro que geralmente se tratam de programas destinados às crianças, suas famílias, e, sobretudo, à população mais afastada da cultura, na qual tem que ser introduzida. Pessoas que têm que ser atraídas com meios que «materializem» (por isso a teatralização) e dêem a ver, claramente, aquilo que não entendem, ou que ainda não conhecem. Porém, algo de errado se passa com esses meios, pois, com demasiada frequência, fazem com que sejam sobretudo os públicos já sensibilizados, ou até as elites, os que mais acorrem aos museus (também nestes dias). E é a esses mesmos que são dados (ou «impingidos»), uns programas bastante infantilizantes, em geral sem qualidade, e sem leituras adequadas: as próprias para os possíveis e diferentes níveis, que é normal estarem presentes entre o público da assistência.
É quando nos lembramos de Umberto Eco e da sua A Obra Aberta: quando sabemos que está longe de ser fácil criar várias leituras possíveis, e fornecer material para os diferentes públicos. Pois ou se trabalha muito, ou tem que haver uma predisposição natural, e intuitiva, para, habilidosamente, se conseguir a união do tudo em um!