Foi talvez em 1993 que tivemos um simpático convite, vindo de uma colega, para participar num trabalho colectivo coordenado pelo Professor J.-A. França. Alguns anos antes - ao terminar uma pós-graduação no IST - tínhamos feito um estudo, breve, dedicado ao Palácio Barão de Quintela, por nos parecer que o mesmo merecia ser estudado e mais protegido (e foi sabendo da sua existência que surgiu depois o referido convite).
Pela nossa parte, e como não podia deixar de ser, foi uma oportunidade interessantíssima para levar mais longe os conhecimentos que tínhamos adquirido relativamente ao edifício onde o IADE estava instalado desde o seu início. O que aconteceu quer pelas várias facilidades que tivemos, vindas da família Pombal - com quem pudemos conversar, recolher informações e muitas imagens. Quer ainda por vários outros conhecimentos que também recebemos de J.-A. França.
Percorrer os edifícios, as suas paredes, pavimentos e tectos, tentando olhá-los a desvendar as histórias e as mensagens que encerram, é algo que sempre nos divertiu, e, claro, nalguns casos bem mais do que noutros. Se dissemos da mansão de Monserrate que estava insuficientemente estudada, o mesmo se aplica, sem a menor dúvida, a esta casa que ocupa um grande lote entre a Rua do Alecrim e a Rua António Maria Cardoso. E, sublinhe-se, é indissociável de um sem número de histórias: nesta situação, a começar pela pergunta que deixámos no título.
É que olhando para a parede onde a inscrição se encontra, ninguém pensará (julgamos nós) que ali está uma falsidade!? Ora se partirmos do princípio que alguém se deu ao trabalho de deixar uma informação (verídica, supostamente) quem foi o arquitecto Jonnes Baptista Hilbrath? E a resposta a esta pergunta terá algum interesse...?