Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
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Out 10
publicado por primaluce, às 11:12link do post | comentar

HOJE 14 DE OUTUBRO É O DIA MUNDIAL DA VISÃO.

 

Mas, afinal o que é ver? O que é a visão?

 

Aquela a que se referem os meios de comunicação, e que hoje é celebrada, é o sentido da Visão: o globo ocular, e o aproveitamento máximo de todas as suas performances.

 

Aqui, quando dizemos que as pessoas desaprenderam de ver, não se está a falar de «olhar». De abrir os olhos e deixar que a luz entre.

Das luzes reflectidas vindas dos diferentes objectos e superfícies; ou das luzes directas que vêm das fontes de luz. Estas aliás não devem ser olhadas, e devemos evitar os brilhos excessivos no plano de trabalho; devem-se estudar e dosear os contrastes, no campo visual.

E aqui incluem-se, claro, os écrãs de computador, nos quais, actualmente, se aplica a visão, por vezes durante horas seguidas. Cuidado...

 

Quando nos referimos ao progressivo desconhecimento daquilo que se vê - indo ao ponto de dizer que «as pessoas não sabem ver» - claro que a Visão está implicada. Pois é necessária uma boa acuidade visual. Mas, sobretudo, referimo-nos àquilo que está no cérebro, depois do nervo óptico. Que informações e que conhecimentos estão armazenados no cérebro, prontos a acolherem e receber as impressões que estiveram na retina, e vão passando «acima», para níveis hierárquicos superiores, onde serão depois processados? Isto é, onde serão associados ao que já está na mente: recordações, memórias visuais, ou, quem sabe, até às regras de Geometria que permitem compreender as imagens que estamos a ver? As obras de grande Beleza, a que chamamos Arte, estão repletas de regras, de diferentes origens (ou categorias), que determinaram os modos de associação, dos elementos seus componentes. Se as obras visuais são «Sintagmas», há que compreender cada um dos seus elementos constituintes (e as regras de composição).

 

Enfim, e concluindo: Compreendem-se melhor as obras que estamos preparados para ver. Isto é, o saber funciona por degraus, é preciso permanentemente alargar a base, sobre a qual vão assentar as informações que recebemos. Sejam elas visuais, auditivas, tácteis, ...  

Releia-se a frase de John Ruskin: de onde vem o prazer de ver?


GLÓRIA AZEVEDO COUTINHO


Querida Amiga,

De onde vem o prazer de ver?

Da musicalidade, profundidade se se quiser, que no que se vê se pressente!

Um beijinho


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Outubro de 2010
jaime latino ferreira a 14 de Outubro de 2010 às 22:58

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