No século XVIII os ingleses insulares precisavam de conhecer o mundo...
E foi assim que inventaram o "Grand Tour". Foram os primeiros turistas. Especialmente, claro, os mais jovens, das famílias mais abonadas. Com destaque para os nobres, e os que estavam mais perto do Poder.
Muitas «dessas aventuras» estão hoje, praticamente, desconhecidas. Embora sejam importantíssimas para a História Cultural do Mundo. E particularmente, sem dúvida, para a da Europa!
É neste contexto que se percebe que a Embaixada de Itália se esforce por divulgar a exposição que está na F C Gulbenkian.
Assim como a nós, também nos apraz divulgar o trabalho que fizemos sobre Monserrate.
O qual, embora tenha tomada a direcção que a nossa orientadora dos estudos - em Arte Património e Restauro - entendeu dever ser-lhes imprimida; na verdade, e apesar dessa direcção «imposta» - para uma exploração de As Origens do Gótico - o cerne da questão era/foi essencialmente o Palácio de Sintra.
Projectado para Francis Cook pelos arquitectos James Thomas Knowles (pai e filho).
Projecto cuja qualidade sintagmática - um assunto que é de Semiótica (muito querida de Umberto Eco, e essencial na aprendizagem dos arquitectos) - foi imensa. Já que os referidos arquitectos ingleses, de uma mestria absolutamente admirável, conseguiram misturar, combinando harmoniosamente, inúmeros estilos. Quer de tempos diferentes, quer de geografias bem distantes
Sobre a base que é, pelo exterior, predominantemente italiana - com influência clara vinda do Palácio dos Doges (de Veneza) - conseguiram realizar «um misto», bastante eclético. Que é em simultâneo muito inglês (georgian), árabe e indiano:
Naquilo que profissionalmente nos habituámos a designar Design de Ambientes Interiores.