Professores que decidem a universalidade do seu Saber, cuja - e agora dando os nomes certos aos bois - essa universalidade do conhecimento (deles), é a verdadeira e mais completa das ignorâncias (*)
Como os leitores dos nossos posts podem ler, ou também pela leitura do livro dedicado Monserrate, estamos desde 2004 a defender a importância de imagens e de grafismos para exprimir ideias.
E como esses primeiros grafismos, de certo modo esquemáticos (para fazerem a tradução de uma ou várias ideias), foram ordenados/organizados visualmente, tornando-os «simpáticos para os olhos». Ganharam assim um estatuto. e qualidades visuais, que, enquanto esquemas não tinham.
Tornados portanto um pouco mais agradáveis à vista, passaram a ser considerados convenientes, e adaptados às linguagens visuais da arte. Ou seja, decorosos: i. e., os verdadeiros elementos de décor, ou os comummente designados motivos ornamentais.
De entre esses esquemas visuais percebemos como uma afirmação da teologia cristã - a do Filioque (contraposta ao Perfilium) - esteve na origem da Arquitectura Gótica (**).
A imagem seguinte do nosso caderno do 6º ou 7º ano do liceu (?), de quando na disciplina de Filosofia aprendemos lógica - apenas com 16 ou 17 anos - evidencia a importância do uso dos círculos para se construirem figuras tradutoras de ideias. Leiam (ampliar para ler).
Porém, mais de 30 anos depois (com a velha a fazer de aluna) - e é a imagem abaixo - foi preciso explicar à orientadora dos nossos estudos na FLUL (à Professora Doutora Maria João Neto - aqui autora dos rabiscos seguintes) como tão frequentemente a imagem fora usada para ajudar a explicar as ideias mais difíceis
E ainda agora, quando toda esta questão vem ao de cima - porque estando simplesmente a arrumar nos apareceu o caderno de Filosofia de 1966/67. Quando vemos estes esquemas em círculos, como são as figurae de Joaquim de Flora, e tudo o que destes círculos passou a estar integrado nas obras de arte - seja Pintura, Escultura, Arquitectura; Vitrais ou Ourivesaria.
Portanto ainda agora nos perguntamos:
Será que de 2012 para cá alguma coisa melhorou?
Será que há esperança, que em 2025 se recuperem estes temas? E estas nossas trouvailles essenciais para a História da Arte poder avançar? Ou é para ir para lixo, tão breve quanto possível, logo que nos formos deste mundo?
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(*) De que deviam ter vergonha e publicamente pedirem desculpa
(**) Resumida nos dois esquemas seguintes, como defendemos desde 2002:
A fig. 1 representa o Filioque - que deu origem ao Arco Gótico, e a fig. 2 representa o Perfilium - que esteve na origem do Arco Ultrapassado dos Visigodos: os que tendo sido vistos como hereges, foram depois chamados Moçárabes, e assim ficaram conhecidos.
Para ampliar abrir noutro separador, ou ler o que era um desejo de Aby Warburg, para o melhor conhecimento da Arte!
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Acrescentando notícias recentes da Artis/IHA da FLUL a que entretanto tivemos acesso