Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
29
Out 24
publicado por primaluce, às 10:30link do post | comentar

Grande verdade a que está no quadro "O Viandante"

Pois muitas vezes - quase todos os dias - as nossas vidas mais parecem enormes mares de névoa...

CD Friedrich-viandante.jpg

Caspar David Friedrich - Wanderer above the Sea of Fog - Wanderer above the Sea of Fog - Wikidata

 

Verdade mesmo! Vidas onde parece que não há direcção. Daí a razão, talvez (?), para nos termos lembrado desta imagem fabulosa.

Só que os caminhantes (mais) avisados têm bússolas. Dizemos nós. Reflectem durante a viagem, toda. Eles vão andando e vão pensando... reflectem sempre!

Não esperam pela grande entrada na auto-estrada, ou por chegar àquela rotunda onde, aparentemente, todas as decisões se tomam. Isso é para os carros!

Os caminhantes avisados sabem que há pontos cardeais; quiçá, sabem ainda do movimento dos astros ? Estão atentos aos sinais. E vão olhando, estando sempre atentos: Porque à mínima distracção, algumas opções, as aparentemente menores se revelam, de facto, como sendo as mais relevantes.

E se a vida é feita de escolhas (?) parece-nos, não devemos esperar pelo grande momento, para um dia - nesse dia único, ou o mais especial - tomarmos as maiores decisões das nossas vidas.

O quadro acima de Caspar David Friedrich é o viandante que contempla o mar de névoa. E mais ou menos isso escreveu alguém em 1855, como leio aqui no meu livro (Taschen): "sobre a visão de um aeronauta acima das nuvens" !

Só que chegados aqui, à imagem, a este livro, é quando verificamos - e claro que sabíamos ... ;)  - que depois já não há caminhos para trás (outros). Como há dois dias se escreveu.

Era preciso avançar, mesmo que a contrariar, os aparentemente mais lúcidos, até os mais avisados; incluindo «os nossos cúmplices».

E na verdade constata-se, há pontos das nossas vidas que são como o verdadeiro cimo da Serra! E só não é, verdadeiramente surpreendente, porque estávamos avisados. É asneira, mas já nada surpreende...

Não fomos/somos carneiros a chegar a este ponto, por vontade própria. Mas porque houve pastores, com os seus cães - que também eles têm que obedecer... - que para aqui nos trouxeram! 

E aqui chegados só tem uma vantagem: a vista é fabulosa! E portanto dá para ver, não apenas o ermo, mas o caminho feito (*). A imensidão...

E pode ser o tempo de contemplar

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

(*) Quando se vive mergulhado numa sociedade, em geral dada à asneira, e que não está atenta aos sinais - por mais notórios e estridentes que sejam. E que nem quer ouvir os avisos, então é o que acontece a todos!


27
Out 24
publicado por primaluce, às 17:30link do post | comentar

... todos os dias foram dela ! (*)

 

Em particular o dia 27 de Outubro de cada ano.

Por isso hoje é dia de lembrar a quem foi feita a dedicatória do meu estudo sobre Monserrate. Já que em grande parte lhe sou devedora, e é o trabalho mais importante - profissional ou não ? (como queiram - dependendo da perspectiva ! ) - que fiz na vida.

Image0170-blog-c.jpg

(ampliar)

Aproveitando agora para acrescentar (o que estamos a escrever), sobre o que aconteceu - nada inesperado - logo depois!

Já que a sua inteligência, sageza e perspicácia a fizeram prever os comportamentos futuros. Os que os nossos estudos iriam suscitar, e portanto fazer emergir nas mentes e atitudes dos Profs da Universidade de Lisboa.

Sim! Na verdade, e apesar de tanta ilegalidade, os comportamentos dos supostos responsáveis da Universidade de Lisboa, foram completa, e tipicamente humanos. E portanto previsíveis!

Mas para o pior... Com a aluna a ter a sorte de estar avisada, e em parte «amortecida» pela própria mãe ! (**)

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

(*) Porque existia: Estava viva! Ao que parece, esta ideia era de Fernando Pessoa, sobre a sua própria vida. Ou seja, sobre as memórias, ou biografias que lhe fossem dedicadas. No seu caso a terem que estar balizadas pelas datas em que decorreu a vida do Poeta: de 13.06.1888 a 30.11. 1935.

(**) Se os nossos estudos (de mestrado), tiveram a vantagem de serem feitos depois dos 50, quando já nem é idade para ir à universidade ! Por outro lado, foi também um certo «calejamento» da vida, que nos permitiu a atitude atrevida:

a de desafiar um establishment completamente podre e atávico. Como ainda permanece!

Se ela (de certa maneira foi «minha cúmplice») achou que eu deveria evitar a situação, e por isso me avisou...? O que hoje vejo, é que com o trabalho tão adiantado, e todas as evidências que estavam já perfiladas em SET. de 2004, então teria sido um imenso disparate saír da FLUL, desistindo. Já não era possivel, nem lógico. Era lá que tinha que continuar!  


14
Out 24
publicado por primaluce, às 18:00link do post | comentar

Escrito (agora) a propósito de um post acabado de ler na página do Facebook da Fundação Francisco Manuel dos Santos (ver aqui)

POMBOSdaSRA.jpg

(ampliar)

Reagi, como está abaixo em itálico, porque se tem a noção que a sociedade em que vivemos - repleta de injustiças «administrativas» (o que pode ser visto como um enorme eufemismo) é incrivelmente imperfeita.

E como se por si essas imperfeições e injustiças não fossem mais do que suficientes, ou não bastassem, há ainda, talvez, a ideia da aleatoriedade dos destinos. Má sorte, fado de cada um de nós - que não vê o seu trabalho ou até mérito ser premiado.

Havendo ainda por cima, quem venha desprezar, apoucar, menorizar o trabalho e a história de vida alheia, em prol dos seus próprios louros...

É verdade que tenho posts muito mais interessantes e mais giros para escrever! Mas a história da Senhora Alice que pode um dia vir a ser a história da Senhora Glória, da Senhora Conceição, ou do Senhor Francisco..., tocou-me!

Como tocam sempre as histórias dos idosos que merecem outros tratamentos, e outro respeito - e que muito poucos lhes dão.

E se esta história me fez reagir, e escrever, é porque também sei que, muitos são vistos em idosos (velhos) como sendo - só e apenas - o mero resultado da "cama que fizeram..."   

E que por isso é só essa "a cama que merecem ter, para nela se deitarem"

Vindo daqui:

"Não alimento pombos mas para alguns é de certeza a mesma coisa:

Com 50 anos fiz uma importante descoberta, ao fazer um mestrado na faculdade de letras da universidade de Lisboa. O meu trabalho está publicado como 'Monserrate uma Nova História'. Pela Livros Horizonte, em Fevereiro de 2008.

Tentei fazer um doutoramento na faculdade de Belas Artes também da Universidade de Lisboa, mas o meu «orientador» não estava virado para os meus temas. Concretamente a relação directa entre alguns sinais visuais (a que chamo ideogramas) e ideias teológicas do Cristianismo.

A falta de vontade do orientador do doutoramento (de 2012 em diante, mas já vinha desde 2006...) e o silenciamento a que fui votada (desde 2005) pelo director do Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, fazem com que hoje seja feliz - felicíssima - a escrever sucessivos posts nas redes sociais.

 

TALVEZ - como quem alimenta Pombos ? e na certeza de que é o melhor que pode fazer na vida...

 

Vejam em Primaluce: Nova História da Arquitectura (sapo.pt). Ou ainda em 

https://iconoteologia.blogs.sapo.pt/, e CasAmarela (sapo.pt). E ainda posts deixados no Facebook.

Tenho imenso material que poderia publicar, se para tal fosse ajudada, como é normal fazer-se nos Centros de Investigação das universidades. Só que, o facto das minhas ideias mudarem substancialmente a História da Arte do Ocidente europeu, fez com que, vários catedráticos fossem desonestos e medrosos, a ponto de me prejudicarem e sobretudo prejudicarem o país.

Que paga bolsas e ensino superior, para os responsáveis esconderem materiais científicos que são hiper-valiosos: e dificílimos de produzir.

Em suma, por aqui, e por enquanto os únicos pombos que há vieram de Piero della Francesca (inspirados em):

Para mostrar aos historiadores da arte como formas abstractas de origem geométrica tiveram por objectivo substituir a única representação naturalista (e que por isso eles a conseguem identificar) da Terceira Pessoa da Trindade

pombos-3.jpg

 

 


07
Out 24
publicado por primaluce, às 22:30link do post | comentar

- ... "le parisien anglisé" [1]

fig18.jpg

(ampliar) Imagem que em Monserrate - uma nova História, é a fig. 18, legendada: "Monserrate Neogotico em 1808". Archivo Pitoresco 1808, in Regina Anacleto, Arquitectura Neomedieval Portuguesa.

 

Claro que com tudo o que aprendemos, e com o que a (nossa) mente se abriu depois de ter investigado Monserrate, hoje não faríamos, nunca, o mesmo trabalho!

Provavelmente, nalgumas das questões já só iríamos raciocinar de uma maneira muitíssimo mais livre, e desprendidamente [2]:

Isto é esquecendo e ignorando as limitações que o pensamento contemporâneo ainda tem, sobre a Arte e a Arquitectura antiga e tradicional (por não a compreender), e às respectivas linguagens  

O assunto de hoje são os Castelos, por ser o Dia Nacional dos Castelos.

Assim aqui fica - um post que tem 5 anos -, que não é nosso, e não perdeu a validade!

Amanhã haverá mais, se for possível... e o tempo não nos fugir

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

[1] Segundo ARAÚJO, Agostinho, em O Palácio Neogótico de Monserrate e a sua leitura ao longo do Pré-Romantismo (1791-1836); artigo em - Romantismo, Sintra nos Itinerários de um Movimento, Instituto de Sintra, 1988.

[2] Ao ponto de esquecermos (e deixarmos de as entender) as lógicas que existiam, e nas quais ainda estávamos, forçosamente «mergulhados», em 2001. Outubro-Novembro de 2001, data em que na FLUL iniciámos a investigação dedicada ao Palácio de Monserrate. Lógicas que são/foram baseadas principalmente na memória, no empinar e no saber de cor as histórias dos autores das obras; e menos - muito menos - na leitura (visual) dos sinais contidos/plasmados nessas mesmas obras.


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