Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
27
Set 24
publicado por primaluce, às 13:00link do post | comentar

Que lesa os Alunos, lesa o País e o Estado.

E no fim, mesmo que não achem isso, lesa os próprios professores arrogantes

escola-4.jpg

Os que se arrogaram um direito ignóbil, que não tinham, de manter o satus quo.  

Sem quererem ser eles a reconhecer ou denunciar, a degradação a que as Escolas e as Universidades chegaram. Tornando necessário virem os de fora mostrar o que não está bem. E não está nada bem há muito tempo.

Por um lado sabemo-lo nós - de experiência própria e vivida -, mas é também o que mostra este artigo de onde retiramos várias informações, e algumas frases trazidas para este post.

escola-3.jpg

(ampliar)

São várias as palavras do artigo que estamos a citar, e que ecoam na nossa mente:

"O modelo de ensino é muito bom… para um mau professor (...)"

Fazendo-nos recordar - queiramos ou não (preferíamos que não tivessem existido) - factos que nunca deviam ter acontecido. Embora o grande protagonista destas estórias o vá negando...

Mas a imagem acima, é a associação mental, automática, que fazemos quando se lê um artigo como este.

Enfim há outras faces desta moeda:

Por grande sorte, quando encontrámos pela frente professores completamente descategorizados - apenas focados em si, e não no Ensino ou no Saber (que deviam querer adquirir e transmitir) - então já tínhamos 50 anos!

Mais: experiência de vida a bastante e a suficiente para termos ouvido quem (a minha mãe) logo nos avisou, daquilo que se iria passar...

E ela não conhecia o Vítor Serrão, que, obviamente, se o conhecesse ao vivo, teria achado ser o máximo do charme!

Só que...essa não tem que ser a grande qualidade de algum professor!


21
Set 24
publicado por primaluce, às 19:30link do post | comentar

Não devíamos. Porque é mais um que, quando o largarmos, já não se sabe onde pode ter lugar? Em que estante...?

Image0161-B.jpg

Mas este (LER) é o melhor dos vícios.

E é como há duas horas vi algures numa das livrarias onde passei, na capa de um livro sobre Mulheres (que escrevem...?) em busca de um sentido na vida. Embora não tenha nada a certeza que fosse exactamente assim o titulo.

Na verdade, o facto demasiado inédito, quase só nosso (?!) foi termos encontrado sentido (e vários sentidos) quando não se esperava. Por isso o fascínio: as diversas leituras de uns e de outros, as ideias deles, mas também as nossas, quando percebemos que lhes escapa a essência. Ou a base de onde tudo partiu - na cultura ocidental; depois, o como foi evoluindo... 

E o vício aguçou-se depois das descobertas inéditas, ou dos sentidos que passámos a ver/ler nas obras, para lá das imagens. Não são só bonecos! Muito menos gratuitos...  Principalmente na arquitectura antiga e tradicional. A de origem religiosa, que noutros países já é vista agora, e normalmente  (sublinhe-se), como faith-based (*).

Mas, voltando ao livro apetitoso que acabámos de comprar, no folhear encontrámos diversidade, também ela muito apetitosa:

Escritos alusivos a William Beckford; informações sobre a construção da Abadia/Casa em Ruínas/Castelo/Palácio ou Palacete que o Duque de Palmela quis erguer em Cascais no Forte da Conceição. Num daqueles "fortins inúteis", como lhes chamou J.-A. França (e já escrevemos sobre isso). Só não sabendo (nós) se é o Forte da Conceição-Velha, ou o da Conceição-Nova?

Mas essa informação, para a esclarecer, será por outras vias: na bibliografia que a CMC inventou e incentivou, ao começar a publicar a partir de 1964. Sabemos onde se pode encontrar...

No caso acima, a propósito da que tem sido chamada Arquitectura de Veraneio. Designação que nem sempre nos parece lógica, já que, saindo de Cascais e indo para o interior, se encontram, com enorme frequência (embora disperso e não tão concentrado como em Cascais), as mesmas tipologias estilísticas da arquitectura oitocentista, e posterior.

E ainda, também - em mais de 700 páginas que nos aparecem como interessantíssimas (há muito mais assuntos!) -, o que já ouvimos de viva voz à autora nalguma conferência ou palestra em Cascais, sobre Raul Lino. I. e., sobre o seu interesse, em determinado período, pela obra de H. D. Thoreau - o viver na natureza, junto ao lago Walden.

Em suma, vai servir para aprender, para aprofundar, e - temos quase a certeza, porque não? - também para contraditar...

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

(*) Os estilos que alguns, fora de Portugal, já designam sem hesitarem, como faith-based styles. Mas que, certamente, entre nós, e para que essa designação entre por fim no vocabulário comum dos Historiadores de Arte, até lá muita água terá que passar sob as pontes... Tal como muitos fogos vão existir e queimar florestas e aldeias, assim como, muita teimosia atávica há-de continuar a apresentar-se de olhos fechados, sem vontade para ver, e compreender, a realidade.


10
Set 24
publicado por primaluce, às 19:00link do post | comentar

Note-se que, se por um lado permanece como elemento menor - apenas de carácter decorativo; por outro lado, também existe como elemento muito maior. O que, por exemplo, está na base dos tramos das Abóbadas do Românico-Gótico (como é uma das imagens deste post)

 

Estamos a escrever ainda a propósito do fantástico Portal da Igreja da Misericórdia de IDANHA-A-VELHA.

Vimo-lo talvez no dia 22 de Agosto (?), mas levámos tempo de mais, até completar post anterior,  que lhe dedicámos.

Estava na nossa cabeça, mas, embora tivesse sido uma imensa euforia - bem contida! - o facto de termos encontrado vários ideogramas dispostos no portal da Igreja da Misericórdia de Idanha-a-Velha, também precisámos de ir assimilando esta nova "trouvaille".

FANTÁSTICA!, como acima se disse, e vamos repetir...

Porque ela foi a resposta a muitos questionamentos, que sempre nos colocámos: por sabermos que, em geral, aquilo a que chamamos ideogramas medievais, deram forma a grandes elementos da arquitectura. Não aos pequenos detalhes arquitectónicos, ou até mesmo, exclusivamente, aos motivos decorativos menores, de peças usadas nos serviços litúrgicos:

Os ideogramas (quase) por regra, estão nas peças de maior envergadura. À escala da Arquitectura, e por isso nos fascinaram tanto, deixando perceber a existência de uma outra História da Arquitectura. De que ninguém tem querido saber, a começar pelos supostos responsáveis*.

Acontece que, no texto abaixo (na 2ª imagem seguinte), extraída de Carl G. Liungman (do livro - Symbols, Encyclopedia of Western Signs and Ideograms)  encontrámos uma referência ao Rune**. Que foi uma escrita germânica, de que nada sabemos.

Por isso fomos indagar. E essa é, já a seguir, vinda do Merriam Webster Dictionary On line, a primeira imagem dos caracteres rúnicos (equiparados foneticamente, ao «nosso alfabeto»).

Nela reparem na 2ª linha a contar de baixo, no 7º caractere a contar da esquerda: aquele que entre duas linhas paralelas parece conter um X. Esse sinal completo, pela indicação do Merriam.Webster Dictionary, teria o som de um "d".

Mas, o que nos interessa - porque se trata de uma escrita ideográfica -, é a sua forma e não o som que lhe correspondia.

Uma noção que aceitamos, ou achamos perfeitamente possível, no âmbito dos imensos sincretismos a que se assiste, ao longo da história da cultura e da história das religiões, é a re-utilização dessa forma.

Sim, aceitamos que a referida forma gráfica tenha prevalecido, ganhando um dia valor significante: noutros contextos culturais, diferentes daqueles em que surgiu inicialmente. Aceitamos, porque vemos que existiram imensos sincretismos, embora nem sempre se saiba como é que certos «desvios», ou evoluções, aconteceram...

Rune-Alphabet.jpg

(informação sobre o alfabeto rúnico vinda daqui)

Assim, e de acordo com o que acima se registou, Carl G. Liungman explica essa forma (o ideograma seguinte), como tendo tido origem num caratere rúnico

lIUNG-IDEOGRAMS 001-b.jpg

(ampliar)

Ora o mesmo ideograma - a Cruz em Aspa - que está «decorativamente» nas ombreiras do portal da Igreja da Misericórdia de Idanha-a-Velha, está desde muito cedo nas Igrejas Românico-Góticas, numa escala enorme. Assunto que já abordámos por outros ângulos e perspectivas, incluindo-se, entre eles um colar honorífico do rei D. Manuel I.

Deu forma, e proporção aos tramos das igrejas medievais. Como se vê nesta página (fotografia do lado esquerdo)  proveniente do livro de Mário T. Chicó - A Arquitectura Gótica em Portugal, edição Livros Horizonte.

cruzEMaspA 001-chicó.jpg

(ampliar)

Assim como, também deu forma a um tecto da Basílica dos Mártires em Lisboa (imagem seguinte), fazendo perdurar e prevalecer a mesma ideia. 

(ampliar)

Apesar de serem «praticamente incontáveis» os ideogramas que Carl G. Liungman incluiu no seu livro (Symbols, Encyclopedia of Western Signs and Ideograms - ver a capa aqui), e de inclusivamente, ter incluído no seu trabalho - como nos parece, sinónimos que, provavelmente não o foram -, no entanto, para este caso, e nas associações que faz, deixa-nos perceber que fomos directos ao ponto.

E num próximo post, vamos continuar a demonstrá-lo

~~~~~~~~~~~~~~

* Mesmo que os Catedráticos da Universidade de Lisboa o queiram ignorar. Ou, pelo contrário, que ao ignorando, o que fazem é mostrar toda a sua incompetência...

** Rune - é a designação em inglês dada aos caracteres (em português existem as palavras runa/runas). Caracteres dos mais antigos alfabetos germânicos. 


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