... com as minhas palavras, exactamente, mas ditas por uma pantomineira.
E com um tom que nunca seria o meu!
(ampliar e ver em Arquitetura romântica no Palácio de Monserrate - RTP Ensina
Pantomineira que repete as ideias, que são da minha autoria, expressas com palavras que são exactamente as minhas, com as metáforas que (eu *) inventei, para explicar e sobretudo para conseguir «vestir» Monserrate!
Repete como se fossem dela!
Porém, o que está neste vídeo que agora serve à «escolinha da RTP» foi pensado milimetricamente, aqui - onde AGORA estou sentada - mas há 20 anos.
Quando em 2004 consegui a dispensa para escrever, o que iria ser a base (teórica, ou outra !) para a minha progressão na carreira docente.
De facto, são as ironias da vida. O que progredi? Foi o trabalho ter sido escondido, e continuar a estar escondido, como se fosse dela/deles. **
Mas progredi bastante mais, já depois de ter terminado o Mestrado, na FBAUL. Onde também aí, alguém, que afinal também «estava feito» com os Pantomineiros de Letras, lhes fez o favor de boicotar os meus trabalhos, não tendo havido doutoramento...
Por razões familiares e de saúde, dificilmente tenho condições para escrever. No entanto, nos blogues, e ancorado no trabalho inicial - que se chamou mestrado, mas foi uma imensa investigação, original por relacionar imagens mínimas (geométricas), com ideias e palavras ***. Assim, actualmente, temos muito mais escritos publicados nas redes sociais do que aquilo que ficou no livro dedicado a Monserrate.
Embora esse, por tudo o que ainda lhe consegui meter dentro - para fúria do Vítor Serrão, da Maria João Neto, e também do próprio Fernando António Baptista Pereira - para nós Monserrate continua a ser a fonte fantástica.
E em 2017, fez-se no Palácio uma grande exposição, para a qual não fui sequer convidada, ou chamada ... ou nada. Como aconteceu!
Exposição que nos chegou pelas notícias “Monserrate Revisitado – A Coleção Cook em Portugal” em exposição - Sintra Notícias (sintranoticias.pt), já que, a Pantomineira-mor - que foi minha orientadora, e tanto quis que trabalhasse na questão das "Origens do Gótico" - nem sequer nos conhece !!!
Assim para o Observador ****, tão informado, e que resumiu a diversidade de Monserrate, fica a que seria a verdadeira notícia.
Óptima, para que se tenha em mente um pais cheio de gente - oh ironia... - muito culta e sobretudo honestíssima, a começar na UNIVERSIDADE !!!
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*Quanto ao (eu) que está em cima, é preciso acrescentar, que apesar de fora de prazo, no fim de Outubro de 2001, fui aceite na FLUL para fazer um mestrado em Arte Património e Restauro. Entrei fora de prazo, e mais tarde percebi a razão: porque à senhora lhe interessava especialmente o tema. Ela vinha a estudar "As Origens do Gótico", e aquilo que a partir do fim do século XVII e depois no XVIII (no tempo em que viveu Horace Walpole 1717-1797) tanto preocupou os ingleses.
Nesse país, muitos questionavam-se sobre as suas origens, e porque razões estavam, continuadamente, a usar o Estilo Gótico.
Foi, inicialmente, neste contexto, que Monserrate lhe interessou. Depois, ... alguns sabemos a História. É por isso que mais para o fim do filme, que algumas das palavras e explicações lhe pertencem (essas não são minhas), concretamente quando fala dos jovens ingleses, alguns arquitectos, que vieram desenhar e assim estudar o Mosteiro da Batalha.
** Porém, Muito Azar! Houve um editor - o melhor de todos! - que ainda antes de morrer se empenhou na publicação do meu trabalho. Que por exemplo foi lido, por profs normais e honestos, doutras universidades
(assunto a desenvolver logo que possível)
*** Imagens mínimas a que chamamos Ideogramas, e estão por exemplo no que é habitual designar - certa ou erradamente...? - Quinas/ Chagas/ Escudos/ Armilas e Esferas etc., vindas da Iconografia Medieval e em que a Bandeira Nacional se baseia
**** Perguntando-se, aos Observadores que passam: será que vos estamos a esclarecer? Monserrate: o romantismo esclarecido – Observador
Outras ligações, de posts da Glória AC e da BienFaire Et LaisserDire
Termina-se com um excerto da capa do nosso trabalho, defendido na Sala D. Pedro V, na FLUL em 31.01.2005 (quiçá, entre as 14 e as 17 h ?)