Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
13
Set 23
publicado por primaluce, às 10:40link do post | comentar

... no mínimo temos que dizer, ele há dias divertidos!

 

Depois de vários comentários, e leituras, tudo on line, e relativo a trabalhos que fizemos, alguns há 20 anos, eis que nos chega um texto/artigo de António Ressano Garcia Lamas, vindo de José do Canto: página do Facebook alusiva ao bicentenário do nascimento.

Dado o nosso intreresse (*), vamos copiar o referido artigo que podem consultar aqui directamente

D. Fernando II, Francis Cook e José do Canto - os criadores dos três mais importantes Parques/Jardins Botânicos em Portugal
Nos finais dos anos 1980, como presidente do Instituto Português do Património Cultural (IPPC), visitei todos os imóveis, jardins e parques classificados sob gestão do Instituto, e impressionaram-me para sempre algumas casas rodeadas de jardins ou parques concebidos em simultâneo e em gestos decididos, pela harmonia que transmitiam e pelo que revelavam sobre as personalidades dos seus construtores.
Os casos mais notáveis pela escala e pela sua génese como projetos totais e indissociáveis, eram os Palácios e Parques da Pena e de Monserrate, em Sintra, cuja relevância universal foi o principal motivo da classificação de Sintra pela UNESCO, em 1995, como a primeira Paisagem Cultural na Europa.
Não é que essa indissociabilidade e harmonia fossem reconhecidas pelo Estado, que entregara os Palácios à guarda do IPPC (Cultura) e os Jardins e Parques envolventes à guarda das Florestas (Agricultura). Na altura não foi possível convencer o ministério da Agricultura de que os dois conjuntos de Palácios e Parques deveriam ser restaurados e geridos de forma integrada, o que só consegui vinte anos mais tarde, quando fui nomeado para gerir a empresa de capitais exclusivamente públicos Parques de Sintra - Monte da Lua SA, responsável pela sua gestão.
O Palácio e o Parque da Pena foram construídos pelo Rei D. Fernando II (1816-1885) a partir da aquisição, em 1836, do convento e cerca da Pena, e de sucessivas aquisições de propriedades anexas, quase até à sua morte. Como colecionador botânico importou espécies de várias partes do mundo para o projeto paisagístico do Parque, interessado no seu estudo e divulgação, desde sequóias americanas a fetos arbóreos da Austrália e Nova Zelândia, mas, também, de eucaliptos, acácias e pitósporos que motivaram na época a admiração de visitantes europeus mas que se revelaram espécies infestantes de difícil controlo.
Em 1790, a Quinta de Monserrate, morgadio da Família Mello e Castro, foi arrendada a Gerard De Visme, rico comerciante inglês. De Visme construiu um “castelo neo-gótico” e um jardim envolvente que ainda hoje mantem a forma pitoresca da época nos caminhos, muros e vistas. Subarrendou a propriedade a William Beckford em 1794. Tal bastou para que Sintra e Monserrate passassem a fazer parte do grand-tour português de ilustres visitantes britânicos. A casa já estava abandonada e em ruínas quando, em 1809, o poeta Lord Byron veio conhecer o “glorious Eden” onde Beckford permanecera, e descreve-a no poema “Childe Harold’s Pilgrimage”.
E, em 1841, também o industrial inglês Francis Cook (1817-1901) visitou Monserrate e veio a alugá-la em 1856. Antes mesmo de a poder adquirir, o que só conseguiu em 1863 após a extinção dos morgadios, Cook iniciou a transformação da ruína da casa de De Visme no atual Palácio, e a reformulação e plantação da quinta, enriquecendo-a até ao fim da sua vida.
Aproximadamente com a mesma idade que D. Fernando, Cook, com semelhante paixão e dedicação, embora vinte anos depois, empreendeu a criação de um parque/jardim que viria a rivalizar com a Pena. Alimentado por um sofisticado sistema de captação e distribuição de águas, instalou um relvado inglês frente ao Palácio e moldou e organizou a propriedade em zonas concebidas para aclimatar espécies raras de várias partes do mundo, entre as quais uma destinada a plantas de climas secos (Jardim do México), uma feteira (Vale dos Fetos), um roseiral e raridades botânicas do Japão, China, Brasil e África do Sul (o restauro da sua obra em Monserrate foi contemplado, em 2013, com o prémio European Garden Award).
Conhecia bem os parques da Pena e de Monserrate, mas foi o meu envolvimento na sua recuperação que permitiu apreciar o esforço e talento criativo dos seus autores, o impacto que tiveram na sociedade portuguesa e os excecionais valores patrimoniais que nos deixaram.
Tinha também visitado, no final dos anos 90, o magnífico jardim/arboreto que José do Canto (1820-1898) criou em Ponta Delgada, mas só depois de ter trabalhado na Pena e em Monserrate e lido “Os Canto” de Maria Filomena Mónica, tive consciência da extraordinária coincidência, no tempo e na genialidade, dos três projetos botânicos e paisagísticos. Tal como D. Fernando e Cook, José do Canto era senhor de uma grande fortuna, culto e viajado. A sua paixão pela criação do Jardim, para o qual também importou ao longo da vida raridades botânicas de todo mundo, desenvolveu-se a par da sua obra de modernização da agricultura nos Açores: a ele se deve a introdução das culturas do chá e do ananás ainda hoje com grande impacto na economia local.
Em Portugal, no século XIX e até hoje, não houve realizações semelhantes às destes três homens, pelas quais tenho ilimitada admiração.
E vale a pena lembrar que a propagação das espécies importadas para os seus parques/jardins permitiu embelezar, desde então, inúmeros outros locais, privados e públicos, em Sintra, Açores e um pouco por todo o país.
Na minha última viagem antes da recente pandemia, levei a minha neta mais velha a visitar o Jardim de José do Canto – único dos três em mãos privadas – e a bela paisagem florestal que ele também criou na margem da Lagoa das Furnas para enquadrar a genial localização da Capela neo-gótica de Nossa Senhora das Vitórias. Foi uma viagem para estimular nela o interesse pelos jardins e “transmitir-lhe” essa admiração pela obra de José do Canto, que a Fundação, criada pelo seu descendente, Augusto de Athayde, permitirá preservar, conservar e manter aberta ao público.
António Ressano Garcia Lamas
 

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(*) Foi António Lamas, enquanto presidente do IPPAR, e depois de uma pós-graduação feita no IST, quem nos convidou para estudar Monserrate, em 1987-88. Uma parte desse trabalho entrou depois na tese de mestrado, i. e., no estudo publicado pela Livros Horizonte (com o título) Monserrate uma Nova História.
Note-se que na Faculdade de Letras o titulo foi mais longo e especifico: A PROPÓSITO DO PALÁCIO DE MONSERRATE EM SINTRA: OBRA INGLESA DO SÉCULO XIX : PERSPECTIVAS SOBRE A HISTORIOGRAFIA DA ARQUITECTURA GÓTICA , e como ficou registado na BNP

11
Set 23
publicado por primaluce, às 12:00link do post | comentar

... fica cada vez mais fácil cruzá-las

 

Para um novo post de hoje no Facebook, e com as nossas frequentes e permanentes preocupações de explicar, «inesperadamente» cruzámos informações que já temos há muito tempo. 

Não apenas as vindas da Geometria (e que pululam na nossa cabeça - por óbvia deformação profissional) e ainda as dos monumentos que temos visitado; e cruzámo-las com outras, que nos vêm do estudo de diferentes autores.

Hoje, concretamente, com informações de James Ackerman, e com base no seu artigo Ars Sine Scientia Nihil Est

Um post que foi escrito em 10 de maio de 2015 agora acrescido com imagens de guardas de varandas (que se empregaram muito para além da época medieval).

E em cuja iconografia, tal como num túmulo de Alcobaça, acreditamos, quiseram reunir e representar, o Ad Quadratum e o Ad Triangulum, que tinham sido discutidos em Miláo...

A de cima vinda de uma ilustração de Classical Architectural, a Complete Handbook, por Robert Adam, com ilustrações de Derek Brentnall. Vking 1992 (*)

A varanda seguinte, em betão armado, fotografada em Portalegre (ver aqui)

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(*) Existe em pedra, casa neomedieval do Estoril - Chalet Barros

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Acrescentado hoje neste post, mais algumas, porque nos interessa reunir imagens que são da mesma família (e temos imensas)

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Malha_pág.264(7).jpg

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 Estejam atentos, porque, estamos a tentar organizar estas imagens - daquilo a que chamamos uma ICONOTEOLOGIA por famílias.

Não as familias de uma taxonomia biológica (pois aqui não há DNAs!). Ou ainda, como se as imagens fossem resultado de leis da natureza, como é o caso dos elementos quimicos de uma tabela periódica; também não!

Porque, estas imagens que alguns podem pensar terem sido Aqueiropoéticas {no hecha por la mano del hombre... - ver aqui}, na verdade estas imagens sairam, naturalmente (como uma língua natural, por exemplo, nasceu nalgumas onomatopeias...).

Sim, elas sairam de mentes humanas, segundo lógicas geométricas. Mais, dizemos que a Geometria foi/é a sua Gramática

(a continuar)


10
Set 23
publicado por primaluce, às 11:00link do post | comentar

Encontrámos este blog, e nele particularmente um post com a árvore genealógica dos reis de Portugal (*)

 

Acontece que desde 1057 - data em que nasceu Henrique, Conde da Borgonha - até 1910, quase decorreu um milénio. E nós só vivemos depois dele.

Quando se estuda a História de Portugal, vêem-se as vicissitudes - que foram imensas. Mas isto permite-nos compreender que em 2020 (e agora), em plena República, num blog dedicado à Monarquia Portuguesa, se pretenda, ainda, "manter viva uma chama" : dando-lhe rostos e protagonistas (ou personagens)...

 

Como aliás aconteceu no direito romano em que existiu a figura do      REX SACRORUM

 

Sugere-se que procurem e leiam: para se entender como mesmo nas repúblicas, para algumas funções e rituais antigos, continuaram a ser necessários «alguns personangens»

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(*) E esta lista dos reis de Portugal, que fica aqui, de certeza que nos vai dar jeito...  


07
Set 23
publicado por primaluce, às 13:00link do post | comentar

... que passaram para a História da Arte (e o seu ensino, que está ainda repleto de paradoxos)

 

Um comentário demasiado longo que deixámos aqui:

"UMA REFLEXÃO: Conhecemos os museus, da sua constituição inicial, para apresentarem obras de arte, de artes que eram produções humanas. Mas também, os gabinetes de curiosidades, em que muitas dessas obras/produtos foram produzidas pela própria natureza: sem intervenção humana. A única, terá sido o facto de os homens terem recolhido ou retirado da natureza esses objectos, levando-os para espaços onde eventualmente uns - objectos criados pelos humanos, e outros - produções naturais, passaram a estar juntas... E da não separação (ou junção que se fez) entre uns e outros, também nasceram, os «métodos» com que se olha para as obras de arte. E as taxonomias das ciências naturais, por vezes bem, e de uma maneira útil (mas nem sempre), foram transpostas para os objectos das artes criadas pelos humanos. É ainda agora uma pecha, que os estilos (decorativos, arquitectónicos, artísticos) sejam vistos, como funcionando de modo muito análogo, às variantes naturais, encontradas na natureza/na biologia. Enfim, sabemos que, lamentavelmente, nas universidades ainda há professores (e ideias feitas, que estão nas cabeças dos alunos que seria necessário desmontar) que espalham a noção daquilo que se encontra nas obras de arte, obedecer a regras semelhantes às que existem na natureza... Sem se evidenciar (e ensinar) que essas normas, que levaram a que muitas obras fossem tão semelhantes (às vezes quais iguais), são o resultado de regras e normas - neste lado ocidental do mundo, em que nascemos - são regras difundidas pela Igreja (IIº Conc. de Niceia, e Conc. de Trento... sendo que pelo meio devem/podem ter existido eventos que mantiveram, confirmaram essas regras). Era útil que os museus, pelo papel que desempenham na divulgação cultural, começassem a introduzir estas ideias, no que expõem. Que não é tudo a mesma coisa! Se passasse a distinguir, o que é a inovação em ciências e em artes, do que é a «inovação» na natureza... Essencial, para ajudar a compreender, que, no que nos rodeia (produções humanas), não há automatismos: ninguém se deitou numa noite numa cama gótica, e acordou no dia seguinte numa cama renascentista. Isso é vicio de historiador - fatiar o tempo -, como encontrei toda a minha vida, e aos 50 anos (ainda) no Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa!"

Claro que ao lermos o que se transcreve abaixo, dando quase a ideia que para ensinar alguma nova matéria ou fazer passar algum assunto de verdadeiro interesse para todos, não se escreve um livro, com imagens a ilustrar, mas que se faz um museu (porque estes são interactivos e muito mais apelativos...).

E que ainda. perante a ideia da plena consciência poder acontecer (mais facilmente?) dentro de um museu, foi quando nos lembrámos que, cada vez mais, é preciso um Museu que conte a história de como se tem feito a História da Arte. Os valores e os vícios que hoje a caracterizam.

Porque, e em suma, o desafio é enorme:

Compreender e pensar o pensamento (desdobrando-nos...) que pensou a história da arte. Atingir a plena consciência, não só do que nos rodeia, mas também as razões da evolução que foi feita para se chegar à cultura contemporânea. Em que as artes têm um papel do maior relevo, também para nos conhecermos, incluindo aquilo que está dentro de nós, vindo de tempos ancestrais 

blog-txt.jpg

"L’idée de la pleine conscience dans les musées nous semble être un concept utile. Janes (2010) décrit la pleine conscience comme le fait d’être pleinement dans l’instant présent et de prêter une attention délibérée et explicite aux choses, aux personnes ou aux événements qui se produisent autour de nous, à la fois localement et globalement – des événements que nous pourrions autrement ignorer. Il s’agit de comprendre ce que nous choisissons de faire et les raisons qui nous poussent à le faire. La pleine conscience muséale n’implique pas que nous abandonnions les traditions qui ont historiquement soutenu et caractérisé les musées scientifiques du monde entier. Au contraire, nous devons également assumer le rôle de la pleine conscience pour aborder des questions plus vastes et repenser les identités et les rôles des musées scientifiques dans les sociétés contemporaines.Dans le monde des musées des sciences, nous commençons à voir des plaidoyers et des appels qui reflètent des perspectives critiques et agentielles (Pedretti & Navas Iannini, 2020). Par exemple, la Déclaration de Toronto (Science Centre World Congress, 2008), le Protocole de Tokyo (Science Centre World Congress, 2017a) et la Déclaration de Malines (Science Centre World Congress, 2017b) témoignent d’une présence mondiale plus large et d’un travail qui dépasse les murs des musées des sciences, à mesure que des coalitions et des objectifs communs d’action et de responsabilité civique se mettent en place." (*)

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(*) Vindo daqui e também de: Vers des musées scientifiques de quatrième génération : changer les objectifs, changer les rôles (openedition.org)


04
Set 23
publicado por primaluce, às 15:30link do post | comentar

... é quando - sem dúvida - nos apercebemos do (péssimo) estado em que estão os serviços do país. Aos quais compete zelar pela realização das tarefas relativas ao cumprimento dos direitos fundamentais dos cidadãos. Tarefas definidas na Constituição da República Portuguesa, e por isso designadas tarefas fundamentais do Estado (*)

 

É também quando nos apercebemos que andamos todos a dormir, embalados por um quotidiano cada vez mais alienante, esquecidos uns - e desconhecedores a maioria (incluindo quiçá o primeiro dos governantes?); esquecidos sim, daquilo que nos liga, entre obrigações e direitos. Porque não tem que haver apenas os impostos...

O primeiro dos governantes a quem competia, antes de escrever a pedir ajuda (ou «queixando-se» de inoperacionalidade funcional do Estado...), deveria indagar aquilo que os departamentos ministeriais, e os das autarquias locais têm: saber o que existe, e o que se tem feito. Isso seria competência e responsabilidade.

Queixar-se de que o país não está a funcionar, e pedir ajuda exterior, para a resolução daquilo em que deveria ser soberano, é no mínimo estranhíssimo (**).   

Tanto mais, que o Conhecimento, a Ciência,  neste caso também o desenvolvimento do ensino superior e da investigação, garantem hoje a disponibilidade de informação, métodos e tecnologias, para se conhecerem as situações, e, consequentemente ter meios para poder actuar.

Naturalmente que as noticias ouvidas são demasiado perturbantes, remetendo-nos para um tempo em que, tudo aquilo que hoje existe - e que são os meios para actuar - estava só a dar os primeiros passos...

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(ampliar)

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(ampliar)

Enfim, colectivamente, estamos claramente a regredir, felizes e contentes, alheados! 

Só que, pessoalmente não é o nosso caso. Queremos contribuir para soluções, que como se escreveu acima podem ir muito mais além do simples pagamento de impostos: dinheiro que se vê ser mal-empregue, num total desrespeito pelos contribuintes.

E se é verdade que a nível nacional abdicámos de poderes soberanos, não consta que o simples «arrumar da casa», tenha passado a ser uma tarefa da esfera comunitária?

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Artigo 9.

Tarefas fundamentais do Estado

São tarefas fundamentais do Estado:

a) Garantir a independência nacional e criar as condições políticas, económicas, sociais e culturais que a promovam;

b) Garantir os direitos e liberdades fundamentais e o respeito pelos princípios do Estado de direito democrático;

c) Defender a democracia política, assegurar e incentivar a participação democrática dos cidadãos na resolução dos problemas nacionais;

d) Promover o bem-estar e a qualidade de vida do povo e a igualdade real entre os portugueses, bem como a efetivação dos direitos económicos, sociais, culturais e ambientais, mediante a transformação e modernização das estruturas económicas e sociais;

e) Proteger e valorizar o património cultural do povo português, defender a natureza e o ambiente, preservar os recursos naturais e assegurar um correto ordenamento do território;

f) Assegurar o ensino e a valorização permanente, defender o uso e promover a difusão internacional da língua portuguesa;

g) Promover o desenvolvimento harmonioso de todo o território nacional, tendo em conta, designadamente, o carácter ultraperiférico dos arquipélagos dos Açores e da Madeira;

h) Promover a igualdade entre homens e mulheres. {ver https://www.parlamento.pt/Legislacao/Paginas/ConstituicaoRepublicaPortuguesa.aspx}

** Já num outro site {http://bdjur.almedina.net/citem.php?field=node_id&value=858292}  obtêm-se informações que confirmam o que acima escrevemos:

Constituição da República Portuguesa

PARTE I - Direitos e deveres fundamentais

TÍTULO III - Direitos e deveres económicos, sociais e culturais

CAPÍTULO II - Direitos e deveres sociais

----------

Artigo 65.º - (Habitação e urbanismo)

       1. Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar.
       2. Para assegurar o direito à habitação, incumbe ao Estado:

              a) Programar e executar uma política de habitação inserida em planos de ordenamento geral do território e apoiada em planos de urbanização que garantam a existência de uma rede adequada de transportes e de equipamento social;
              b) Promover, em colaboração com as regiões autónomas e com as autarquias locais, a construção de habitações económicas e sociais;
              c) Estimular a construção privada, com subordinação ao interesse geral, e o acesso à habitação própria ou arrendada;
              d) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populações, tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criação de cooperativas de habitação e a autoconstrução.

       3. O Estado adoptará uma política tendente a estabelecer um sistema de renda compatível com o rendimento familiar e de acesso à habitação própria.
       4. O Estado, as regiões autónomas e as autarquias locais definem as regras de ocupação, uso e transformação dos solos urbanos, designadamente através de instrumentos de planeamento, no quadro das leis respeitantes ao ordenamento do território e ao urbanismo, e procedem às expropriações dos solos que se revelem necessárias à satisfação de fins de utilidade pública urbanística.
       5. É garantida a participação dos interessados na elaboração dos instrumentos de planeamento urbanístico e de quaisquer outros instrumentos de planeamento físico do território.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Capa e primeiras páginas do I Volume de Arquitectura Popular em Portugal, edição do Sindicato Nacional dos Arquitectos, Lisboa 1961.

~~~~~~~~~~~~~~

E, preocupados como todos estamos com a questão da habitação (talvez mais do que o PM...?), por isso vão-se encontrando sinais (escritos), dos que pensam poder ser útil dar ideias, ou fazer sugestões. 

Acrescentámos a nossa opinião:

"... Dizem os ingleses - "the greenest building is the one already built" Portanto, na aflição nacional em que se está, percebe-se que todos queiram dar ideias e apontar soluções. Só que o governo parece não querer ter nada a ver com o assunto. Os terrenos dos arredores das cidades, nem sempre devem ser ocupados, num tipo de crescimento que se tem chamado em «mancha de óleo». Pelo contrário, alguns até convém que fiquem livres, funcionando como tampões desse tipo de crescimento. Claro que é preciso construir, e de novo. Mas também é preciso aproveitar o muito/imenso que existe, com mais ou menos valor cultural, e dar vida às cidades, em vez de deixar que o espaço esteja ocupado com carcaças mortas... Como ainda há dias, num comentário breve foi explicado por João Duque. Isto são questões de arquitectura, mas sobretudo de urbanismo, de desenvolvimento do país/ocupação do território, e economia. São assuntos que estão na mesma linha das indecisões, semelhante ao que se passa com o aeroporto de Lisboa: entre expectativas, corrupção, ignorância; e também, a situação dos sábios, especialistas, alguns considerados mangas de alpaca, a quem os políticos e os chefões não querem dar voz. O mérito?, a existir é só para esses... Quem governa, na prática DESGOVERNA, e de propósito! Este país continua, de há longos anos um "pot pourri" de pobreza e maldade!

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