E os 78 mil milhões da Crise, que, ... já os esqueceram?
Mais todos os que são empurrados para fora, pelos medíocres que não querem perder os seus lugares?
Como se pode ver, apesar de querermos estar mais dedicados ao design das formas arquitectónicas e de como as mesmas, ao longo de séculos foram surgindo aplicadas/apostas na arquitectura; apesar desse objectivo - aqui tantas vezes tornado escrita -, continuamos (mesmo que levezinho, noblesse oblige...) interessados no cenário mais panorâmico do que é a nossa arquitectura, e a construção em Portugal.
E uma prova desse nosso interesse, se quiserem ler o que já se escreveu, está aqui, vindo de longe [1].
Mais recentemente, face à desmesura do que se vai anunciando (e praticando) na praça pública, de imediato tivemos o impulso de registar este novo, e ameaçador, rol de asneiras. Instrumentos com os quais, em plano inclinado, vamos todos empobrecendo.
E assim nada diferente do que vem de trás [2], prova de que se as políticas não vão sendo aferidas e avaliadas - por Observatórios, que deviam ter essas missões - isso faz com que se vá vivendo em sucessivas ondas de exageros; de modas sobre modas, que não trazem reformas de fundo, mas que, cronicamente, aos solavancos mudam as superfícies (aparentes) das coisas:
Um dia, todos os que podem transformam os seus edifícios, antigos, arruinados, em AL, a tal ponto que essa oferta leva um esgotamento de todas as outras situações alternativas.
Ou seja, as normais ofertas de casas, para habitação das famílias, onde estas precisam de viver.
E noutro dia - como agora acontece - só se fala na necessidade de construir mais habitação, porque, de repente, os (des)governantes (des)atentos acordaram em cima do precipício de asneiras, que os próprios criaram.
Há-de seguir-se, muito em breve, alguma outra moda que queira edificações feitas mais rapidamente, outras mais industrializadas, até pode ser menos pensadas: com menor qualidade, pois claro, e o etc., etc., etc, já dito e repetido, de fazer desaparecer os processos administrativos das aprovações camarárias. Culpando-os pelos atrasos, queixando-se de burocracia...
Só que, não esquecemos, é o próprio Estado central (cada vez mais autocracia, e a esquecer-se da democracia) que está por detrás deste país – onde, diga-se a verdade, também a Justiça não funciona. Onde a Saúde é cada vez mais o ter de recorrer aos privados; onde, inclusivamente, as manutenções dos equipamentos nacionais e de defesa, nem se fazem...
E, cúmulo dos cúmulos, na razão da maioria dos males: o Ensino é completamente descurado!
Com o nosso próprio exemplo no Ensino Superior, de alguém que é posto a fazer uma importante descoberta, e, exactamente porque a concretiza, é posto fora[3] !
Em suma, de tanta desgraça, sobre este panorama geral que conhecemos, vale a pena ler:
- - O que diz a construção, e ainda
- – O que a história nos permitiu saber, por exemplo sobre a honestidade de cada edificação (mesmo que este seja um valor há muito esquecido)
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[1] Por sabermos o que se escreveu, também nos lembramos onde está; e dá imenso jeito, pois as memórias tendem a ser curtas. Havendo ainda as preocupações relativas a uma casa que uma CM maltratou, e para a qual prometeu mundos e fundos (que iriam chegar da Europa…), e que assentariam que nem uma luva para esse caso concreto. Mas, à maneira do Governo Central, também o governo local, prometeu, prometeu e nada fez!
[2] Entretanto já passou a Lei-Cartaz, lembrando que é para anunciar o que não se faz!
[3] Razão para sabermos que é melhor sair – sim para a Emigração – em vez de ter que aturar um país, onde não há regras. Porque cada vez mais quer estar em plano inclinado: a auto-destruir-se, pela acção dos governos, que querem tudo para si e para o Partido, e nada para os outros…
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