Hoje produzem-se Informações Visuais - por exemplo sinalizações, obras de design e obras de arte – naturalmente, com base e de acordo, com as lógicas e o Saber actual.
Se quiserem, dito de outro modo, esses elementos visuais são agora produzidos e trabalhados em conformidade com os ensinamentos escolares, ou a Ciência actual que acontece nas Universidades e Escolas
Ora o mesmo se passava há 500 anos, tal como antes, seja há oitocentos anos ou até mesmo há milhares de anos.
É por isso um verdadeiro anacronismo querer entender obras antigas apenas com as lógicas de hoje:
Olhamos para elas - já se escreveu - como que estando infectados pelo PRESENTE; ou, estando imbuídos de um «presentismo» que, simplesmente, ignora o passado.
Claro que é uma atitude ignorante, porque se queremos dialogar - e neste caso de certo modo é como dialogar com um sujeito (que é o) passado – então é forçoso conhecer o outro, esse interlocutor que não se apreende facilmente.
Porém, alguns podem já ter ouvido falar em ARTES LIBERAIS.
E, analogamente, como hoje acontece, perceberem que essas Artes e as disciplinas que as constituem foram minimamente organizadas e estruturadas. Não tanto, e não tão exaustivamente, quanto se passa com as Ciências actuais (veja-se o «catálogo» das áreas cientificas da FCT), mas a verdade é que o foram...
Assim a nossa imagem é alusiva (ou mnemotécnica) desse conjunto de saberes cuja «organização» é atribuída a Martianus Capella.
Já agora, note-se que na organização de Martianus Capella é ainda curiosa ou interessantíssima a analogia que o mesmo fez entre os Conhecimentos e a própria Vida, ao referir-se às Bodas (com o sentido de união/casamento) de Filologia com Mercúrio...
Neste link ver On the Marriage of Philology and Mercury:
no que é uma alegoria muitíssimo completa e elaborada...
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E, por outras razões muito nossas, fica também este outro link