Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
27
Mar 21
publicado por primaluce, às 17:00link do post | comentar

É que se as há bem-vindas, e bem-aparecidas*, também há outras... Oh susto!

 

Pois! É que é mesmo ao próprio susto que metem medo

IMG_20210324_133645.jpg

IMG_20210324_133653.jpg

Mas assim, senão vamos todos para o mesmo lado, e não temos todos o mesmo gosto, pelo menos tem uma vantagem:

O mundo não tomba! E o barquinho deste D. Carlos** não se vira!

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

* Caso da estátua de Camões que antes se referiu

**E este D. Carlos (de tão básico ou feioso que ele é) pode fazer-nos lembrar a abstracção, as alegorias, a simbolização, e a emblematização. Em suma, os recursos artísticos que sempre se usaram para fugir às representações em que o naturalismo, não seria a melhor solução...   


24
Mar 21
publicado por primaluce, às 17:00link do post | comentar

Não só o do Pedro Falcão, mas o meu... sobretudo!

 

E hoje, vista vazia, dá para gozar.

Neste caso um pavimento - foi long, long ago - que o desenhei. 

IMG_20210324_131654.jpg

IMG_20210324_131707.jpg

E que apesar de todo o conjunto ter sido já muito mexido, ainda sobra qualquer coisinha:

de uns estudos nossos feitos para o atelier Gil Graça

Quando no fim - e fica agora porque finalmente (desobstruída) se pode ver! - apareceu uma super-maravilhosa estátua, que veio «completar» a Praça.

IMG_20210324_131631.jpg

Nunca percebi se o autor era/é conhecido?

Verdade é que saiu de um armazém de Mafra - provavelmente de dentro do próprio Convento? - quando se andava a tentar desenhar uma fonte, que celebrasse os Amores de Camões... 

E esse esboço da fonte está, aliás, na nossa maquette: feita de amor e carinho, ou, «à minha moda», para tentar visualizar o que no fim poderia vir a ser?

Se essa rua fosse minha...eu mandava calcetar


22
Mar 21
publicado por primaluce, às 12:30link do post | comentar

Melhor dizendo, num tempo em que até para as pessoas terem saúde e se vacinarem, é necessário desencadear acções de marketing e de propaganda, o referido estudo que fizemos de 2001 a 2005, no IHA da Fac. de Letras de Lisboa, para todos os efeitos**, continua escondido por Vítor Serrão (...)

 

Senão vejamos. Chegou-nos este estudo

VÍTOR SERRÃO.jpg

e dentro dele, sobre o que são valores patrimoniais-culturais, diz-se a certa altura:

"Além de evidentes veículos educacionais, símbolos da história, do génio artístico e dos costumes de um povo, os bens culturais nacionais são também importantes recursos do país."

Mas, já agora, e também porque não estamos aqui para esconder nada:

1. na FLUL agradecemos sempre o apoio que nos deram, quando o mesmo existiu. E tivemos motivos (imensos) para nos sentirmos mais do que realizados; concretamente, quando as nossas investigações deram resultados absolutamente inesperados e fascinantes.  

E (ainda), 2. do referido estudo relativo à Avaliação do Valor Económico e Social do Património (acima), coordenado por Catarina Valença Gonçalves, retira-se o contexto - mais amplo - da citação (ver na p. 27):

"I.1 O Sector Patrimonial em Portugal

I.1.1 Introdução

O legado histórico de Portugal, nação com quase nove séculos de existência, traduz-se hoje numa herança patrimonial diversificada, de significativo valor artístico, cultural e natural: entre manifestações materiais e intangíveis, o património cultural português é constituído por um universo heterogéneo e abrangente, que responde a uma longa evolução dos conceitos patrimoniais e se assume como força motriz da identidade e cultura nacionais e factor fundamental do desenvolvimento económico e social. A par de um longo e progressivo reconhecimento dos valores culturais da nação – do estudo à protecção e à divulgação – que, em cada época, foram valorizados de forma distinta, mas sempre cumulativa, o conjunto dos bens culturais que hoje representa o universo patrimonial do país, constitui também um elemento distintivo local ou regional e um importante factor de atractividade dos territórios. Além de evidentes veículos educacionais, símbolos da história, do génio artístico e dos costumes de um povo, os bens culturais nacionais são também importantes recursos do país. Não obstante a conotação material que a palavra “recurso” muitas vezes assume, a herança patrimonial (enquanto conjunto de bens culturais distintos na sua natureza e dispersos na sua geografia) constitui efectivamente um importante recurso nacional, em múltiplas vertentes: histórico, artístico, científico, ecológico e económico. Acresce que, do ponto de vista económico, os bens culturais são (regra geral) bens heterogéneos (únicos) e intransmissíveis (fixos), cujo valor de mercado não é concretizável e cuja natureza geográfica constitui um factor distintivo. Isto é, encontram-se dispersos de forma aleatória pelo território e fazem parte de uma herança não deslocalizável: constituem, portanto, importantes recursos endógenos , tanto de âmbito local, como nacional."

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

* E tudo o que o mesmo inclui (embora descoberto por acaso)

**Ou, para os efeitos que normalmente levam a que haja ensino, e que algum dele seja superior. Ou ainda, que no âmbito do mesmo se faça investigação... Sendo que, obviamente, não é para silenciar os resultados.

Ou seja, apesar de publicado, não é por simplesmente ser mais uma capa, ou mais uma lombada numa estante, que um estudo, por melhor que seja, influi nas lógicas - no modo de agir, ou no enriquecimento cultural - de um país. O que descobrimos, graças a Vítor Serrão, infelizmente - e para maior pobreza do país -, não é para esta geração...   

 

S·T·T·L 


11
Mar 21
publicado por primaluce, às 18:30link do post | comentar

De Marcel Proust, sobre o ler, terminando com a ideia de: "...sabemos apreciar os traços de cada um deles (...) pois é um grande prazer para o espírito distinguir pinturas profundas  e amar com uma amizade sem egoísmo, sem frases, como dentro de nós mesmos." 

Ler-MarcelProust.jpg

"Dans la lecture, l’amitié est soudain ramenée à sa pureté première. Avec les livres, pas d’amabilité. Ces amis-là, si nous passons la soirée avec eux, c’est vraiment que nous en avons envie. Eux, du moins, nous ne les quittons souvent qu’à regret. Et quand nous les avons quittés, aucune de ces pensées qui gâtent l’amitié : Qu’ont-ils pensé de nous ? – N’avons-nous pas manqué de tact ? – Avons-nous plu ? – et la peur d’être oublié pour tel autre.

Toutes ces agitations de l’amitié expirent au seuil de cette amitié pure et calme qu’est la lecture. Pas de déférence non plus ; nous ne rions de ce que dit Molière que dans la mesure exacte où nous le trouvons drôle ; quand il nous ennuie nous n’avons pas peur d’avoir l’air ennuyé, et quand nous avons décidément assez d’être avec lui, nous le remettons à sa place aussi brusquement que s’il n’avait ni génie ni célébrité.
L’atmosphère de cette pure amitié est le silence, plus pur que la parole. Car nous parlons pour les autres, mais nous nous taisons pour nous-mêmes. Aussi le silence ne porte pas, comme la parole, la trace de nos défauts, de nos grimaces. Il est pur, il est vraiment une atmosphère. Entre la pensée de l’auteur et la nôtre il n’interpose pas ces éléments irréductibles, réfractaires à la pensée, de nos égoïsmes différents.
Le langage même du livre est pur (si le livre mérite ce nom), rendu transparent par la pensée de l’auteur qui en a retiré tout ce qui n’était pas elle-même jusqu’à le rendre son image fidèle, chaque phrase, au fond, ressemblant aux autres, car toutes sont dites par l’inflexion unique d’une personnalité ; de là une sorte de continuité, que les rapports de la vie et ce qu’ils mêlent à la pensée d’éléments qui lui sont étrangers excluent et qui permet très vite de suivre la ligne même de la pensée de l’auteur, les traits de sa physionomie qui se reflètent dans ce calme miroir. Nous savons nous plaire tour à tour aux traits de chacun sans avoir besoin qu’ils soient admirables, car c’est un grand plaisir pour l’esprit de distinguer ces peintures profondes et d’aimer d’une amitié sans égoïsme, sans phrases, comme en soi-même.”

Vindo daqui


07
Mar 21
publicado por primaluce, às 19:30link do post | comentar

HOJE TRAZEMOS ISTO

E SIM, COM TODO O GOSTO, UMA VIDA DEDICADA ÀS IMAGENS (de todos os tipos, porque muitos conceitos tomam, e tomaram, formas)

MAS também porque há imagens que já as explicámos noutros posts: como se passou  aqui  e ainda neste outro caso. Quase iguais, ao usarem os mesmos Ideogramas.

VillardDeHonnecourt.jpg

Razão para terminar com outras imagens, também geradas pela Iconoteologia, vindas de Villard de Honnecourt


mais sobre mim
Março 2021
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6

7
8
9
10
12
13

14
15
16
17
18
19
20

21
23
25
26

28
29
30
31


arquivos
pesquisar neste blog
 
tags

todas as tags

subscrever feeds
blogs SAPO