Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
09
Dez 19
publicado por primaluce, às 11:00link do post | comentar

...da Théotokos ao Presépio*

 

Mais uma vez e com a criatividade que o caracteriza, o Papa Francisco fez publicar uma Carta Apostólica. O seu titulo é Admirável Sinal, tratando "Sobre o significado e valor do Presépio"

 

Aqui fica na versão portuguesa

 

Também no site Catholic Daily encontra-se a história (muito abreviada) de S. Francisco de Assis e os objectivos que teve ao criar o primeiro presépio*.

À Carta Apostólica do Papa Francisco estão subjacentes, quer a lembrança de uma tradição (que alguns nunca tiveram, ou perderam...), quer a vontade de recuperação do Presépio.

O mesmo que em Portugal é ainda muitíssimo habitual recriar, em todas as casas, em todos os natais:

"The letter details the story behind St. Francis’ first nativity scene. The saint asked a friend fifteen days before Christmas to help him prepare “to bring to life” the memory of Christ’s birth in Bethlehem.

“When St. Francis arrived, he found a manger full of hay, an ox and a donkey. All those present experienced a new and indescribable joy in the presence of the Christmas scene. The priest then solemnly celebrated the Eucharist over the manger, showing the bond between the Incarnation of the Son of God and the Eucharist. At Greccio there were no statues; the nativity scene was enacted and experienced by all who were present,” the letter explains.

The first biographer of St. Francis, Thomas of Celano, wrote that someone present at the Mass had a vision of the baby Jesus himself lying in the manger.

"In a particular way, from the time of its Franciscan origins, the nativity scene has invited us to ‘feel’ and ‘touch’ the poverty that God’s Son took upon himself in the Incarnation. Implicitly, it summons us to follow him along the path of humility, poverty and self-denial that leads from the manger of Bethlehem to the cross,” Pope Francis wrote."

Tal como consta no início da Carta é a catequização sobre "o mistério da encarnação do Filho de Deus", que está em causa.

Claro, não muito diferente da maioria (quase totalidade) das obras antigas que hoje vemos como obras de arte, e que no mundo laicizado em que estamos, as de maior qualidade passaram a ser vistas como integrantes de um designado património  material. Por terem sido a realização, ou a materialização, do que também se passou a considerar como património imaterial.

Ora o referido "mistério da encarnação do Filho de Deus", como já ontem evidenciámos, não deixou (ainda) de ser - desde há dois mil anos - fonte de dúvidas, de controvérsias, e de questionamentos. Para muitos outros, fonte de emoção e maravilhamento...

 

Há para todos os gostos, dependendo talvez da sensibilidade de cada um?

presépio-POPUP-2016-p1.JPG

 E estes 2000 anos de História, e de «muitas histórias», levam a perguntar: 

 Saberemos nós fundir os sinais antigos com os actuais? 

 Juntar a tradição à modernidade? 

~~~~~~~~~~~~~~

*E no fim outros sinais, porque no Cristianismo muito é signum: já que foi, ou é, sinal de Deus.

**Francesco, e também o que ficou conhecido como S. Bernardino de Sienna, usaram uma «estratégia» especial para falar das coisas divinas e de Deus. Pois preferiam o silêncio, e uma certa teatralizaçao. Por exemplo, S. Bernardino tinha uma placa com as letras IHS; as mesmas que depois Santo Inácio e os jesuítas vieram a usar como sinal da sua ordem religiosa.


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