Por estranho que pareça, a imagem seguinte - gira, bem esgalhada, síntese apelativa - para celebrar 50 anos; este meio século depois hoje faz-me lembrar … o meu querido pai!
Porque cerca de 2-3 anos antes, não me deixou ficar pelo 5º ano do liceu, e assim acabou por me dirigir para o Curso de Arquitectura.
Por esta razão não fui aluna da FRESS, nem do IADE, acabando por alargar, muito mais do que alguma vez poderia imaginar. todos os (meus) horizontes.
Nessa altura eram muito curtos, sem profundidade de campo, mas apesar de tudo típicos de grande angular: pois sempre gostei de tudo!
E ainda hoje - em que acabo de trazer da BAQ o Boletim nº 55 da DGEMN (dedicado à igreja de Lourosa) - , na verdade, e com toda a franquezinha, vejo nos meus pais, uns grandessíssimos culpados pela minha história.
Veio tudo no ADN, começando pela asma: da menina que tinha que ficar quietinha a fazer desenhos, casinhas e mais casinhas, sempre com baloiço, e um caminho para lá chegar...
E mais tarde - em casa da minha avó Glória (o nome que era o da última rainha quando essa outra menina nasceu) -, passei a brincar, horas e horas com um compasso.
Sei hoje, lembro-me que desenhei vezes - mas vezes sem conta (!), e depois coloria das mais variadas maneiras - aquilo que agora designo por «hexafolios» da cultura romano-visigótica.
Assim, pai e mãe foram designers!