Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
08
Mar 19
publicado por primaluce, às 21:00link do post | comentar

A DISCRIMINAÇÃO CONTINUA, E, ACREDITEM, está para durar:


I. e., o direito (ou a obrigação de todos, pois é o que também parece ser…?) de tratar as mulheres com modos diferentes; umas vezes ao empurrão, outras com menos 17% nas remunerações mensais, ou ainda outras, como sendo só elas as «máquina de lavar loiça lá de casa»…
Mas ainda noutras situações, como sendo as escravas da família, tanto para os pequenos servicinhos como para os grandes...
Ou seja, as únicas competentes, desde ajudar a mãe idosa na higiene pessoal, assim como para irem - com a devida paciência, que é normalmente o seu apanágio – tratar dos assuntos da Segurança Social, ou de todo o secretariado do pessoal doméstico da Casa e da família, pagar contas, impostos, seguros, etc., etc., etc.
É sabido, esta persistência, e estas imensas versatilidades, são femininas e das suas melhores qualidades. E só não as vêem, eles - e ainda algumas mulheres que se acham grandes trabalhadoras e por isso também elas machistas... - os que não querem verem.
Sempre os mesmos, os que sabem que elas (as outras) não deixam cair os braços!
Que não fazem como as crianças (-homens) que quando brincam no recreio, se há jogos/trabalhos mais difíceis, e contrariedades; ou se há uma mudança das regras do jogo – o que sempre vai dando jeito nas empresas grandes e pequenas, ou nas famílias, para repor e recriar «novas direcções» - , elas, as ditas que se discriminarão sempre, e ainda durante muitos mais anos, essas mantêm a capacidade de não desistir.
Elas, e porque se focam no essencial, antes que tudo descambe, aguentam…
Estas escravas, que para todos os servicinhos, e para não haver mau ambiente nas famílias se vão encolhendo – e ainda me lembro do tempo em que as meninas nas férias das criadas* tinham de fazer as camas dos rapazes! – hoje, Aleluia, hoje (dia 8 de Março) para elas a discriminação é cor de rosa.
É de flores…

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E já hoje me ofereceram 3 flores – há até um balde de flores na Junta de Freguesia do Estoril, para distribuir (o que significa que hoje houve esta verba especial…, e por isso até estavam a chamar o pessoal); flores que as dispensei, menos a 3ª que ainda conseguiu chegar a casa mais inteira, no meio dos vários afazeres (e com quase todas as pétalas)!
Eis portanto - e dado este lado tão bom de ser mulher, raramente respeitada (mas hoje nos píncaros, por isso toma lá flores!) -, hoje ao escrever este post lembro-me ainda do meu orientador de doutoramento:

O Senhor Professor Doutor Fernando António Baptista Pereira.
O mesmo que numa discussão altamente cientifica, e metodológica (obviamente centrada nas questões de género, ou igualmente estéril…) achou por bem explicar-me, com todas as suas letras e forças, e tão bons argumentos, que os homens têm mais capacidades para organizar/esquematizar os temas da História da Arte, por capítulos e por períodos. Enquanto as mulheres, na sua designação tão «inspirada e brilhante» que não esqueço, e por isso logo escrevi sobre ela {https://primaluce.blogs.sapo.pt/174061.html}.

Para este PROF., as que hoje têm direito a flores: "AS MULHERES SÃO UMA ONDA!"

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*As que hoje nalguns casos são designadas “colaboradoras do serviço doméstico”, mas que, se forem estrangeiras podem ser ainda brindadas (dentro das famílias) com os tais empurrões/ «tentativas de escravização». Sobretudo caso sejam pessoas prestáveis, ou tenham alguma tendência para a normal humildade, e uma vontade sincera de colaborar com as suas entidades patronais. E sim, sim:

Isto acontece no serviço doméstico!
Mas não muito diferente do que acontece em escolas superiores, mesmo estrangeiras ou de multinacionais, que ao chegarem aqui ao «torrão português» logo adoptam os «referidos modos» discriminatórios, que a nós nos fazem lembrar D. Francisco Manuel de Mello, e a sua Cartilha (repleta de boas intenções, é verdade, mas) mais que muito ultrapassada!

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